Com uma espada diariamente apontada ao corpo é assim que a jornalista se sente. Os métodos socráticos são cada vez mais usados por este primeiro ministro. Segue imparável o controlo da comunicação social.
E um patrão pode dizer que " é-se trabalhador da empresa enquanto a administração quiser ?"
O PCP diz todos os dias que não, que a empresa tem que cumprir a Lei Laboral mas vem dizer agora que "a Lei laboral não está acima das normas internas do partido" . E esta , hem ?
Corre no tribunal uma acção de um ex- funcionário do PCP que foi despedido por não estar de acordo com a formação da " geringonça". Despedido ! E esta, hem ?
Numa palavra, o PCP está acima da Lei Laboral que se aplica a todas as empresas ou organizações sejam elas comerciais, sociais ou políticas em que exista um vínculo laboral .
Esta podia lembrar a todos menos ao Partido Comunista Português . Digo eu...
O PCP e o BE estão perante um cenário que só é novo para eles. A CAIXA vai fechar balcões e despedir 2 500 pessoas.
Os próprios sindicalistas do banco público nunca tiveram dúvidas.
O BE está preocupado mas não adianta o que pensa fazer . Claro que protestar sempre pode protestar mas está preparado para mais um sapo dos gordos que terá que engolir.
Quanto ao PCP a sua preocupação é que nos lugares onde os balcões da CAIXA fechem, abram os balcões da banca privada. Se assim for (o que me parece pouco provável atendendo a que o principal critério para o fecho é o económico) era bem bom para as populações que teriam sempre à mão um balcão bancário. Mas para os comunistas isso não é importante . A privada é que é o diabo...
Já ninguém está preocupado com os professores das escolas em associação que serão despedidos. Num ápice, a Fenprof mostra bem que o que a motiva não são os professores. É o controlo monopolista da escola pública.
“A parte que me toca mais não é só o problema dos alunos, dos pais ou dos proprietários, é a de que não há uma preocupação prioritária com o número de professores que de um momento para o outro podem ser despedidos. E vão ser despedidos, não tenho dúvidas”
Afirma David Justino, para quem os contratos de associação têm de ser avaliados caso a caso e com cuidado. “Se vou fechar uma escola com bom desempenho, embora seja privada com contrato de associação, e tenho ao lado uma pública que não tem esse desempenho, tenho que pensar seriamente o que vou fazer”,
Está em causa a viabilidade económica do Porto de Lisboa com as sucessivas greves dos estivadores. A paralisação é quase total desde 20 de Abril e as negociações entre a Liscount e os sindicatos não foram conclusivas.
Há milhares de toneladas de mercadorias paradas a deteriorarem-se e os operadores marítimos estão paulatinamente a abandonar o porto num movimento que se iniciou há muito.
A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de abril com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins-de-semana e dias feriados.
De acordo com o último pré-aviso, a greve vai prolongar-se até 16 de Junho.
Carlos Caldas Simões, representante da AOP - Associação Marítima e Portuária, realçou que "os armadores estão a perder 300 mil euros por dia" e que as sucessivas greves e mais de 100 pré-avisos de greve causaram "danos irreversíveis".
"Já perdemos mais de 50% das cargas. Levaria meses ou até anos a retomar", acrescentou.
Para negociar é preciso ter vontade de resolver os problemas
António José Seguro foi despedido por ganhar "por poucochinho". Édson Athayde está quase no desemprego porque a campanha está a correr mal. O próximo será um António, embora ainda não se saiba qual.
É que há sempre um responsável mas nunca é o Costa. Esteve com Sócrates nos governos que atiraram o país para a bancarrota, mas os culpados não estão no PS.
O cartaz ( de Édson que António Costa não gosta) não é só propaganda, o que já seria irónico. É o PS. Um cartaz que tenta esconder um passado e oferecer um futuro radioso. Mas não é possível apagar o passado. O PS e António Costa teriam andado bem melhor se tivessem resistido à tentação.
O novo cartaz mostra uma jovem a tentar esconder com uma cortina um céu carregado de nuvens negras ao mesmo tempo que abre para um sol radioso em fundo de céu azul .
Parece inspirado na melhor tradição da propaganda cultural maoísta ou no "realismo socialista" da era soviética (Luis Marques - Expresso)
O Governo de Cuba vai avançar com o despedimento de "pelo menos" 500 mil funcionários dos quadros estatais durante os próximos seis meses e permitir que esses trabalhadores se dediquem a outras actividades no sector privado, anunciou ontem a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), a federação oficial de sindicatos do país.
A pérola maior é que "o governo vai permitir" que os desempegados se possam dedicar a actividades privadas. Se há uma lição a tirar deste conceito de sociedade é que nunca sai da miséria exactamente porque impede a iniciativa livre dos cidadãos.
Parece que os despedimentos na função pública são possíveis mas não com esta lei. Temos o caldo entornado. Só falta o Tribunal de Contas dizer como é que se faz (parece que já disse no acórdão). O Vital Moreira bem avisou que o governo se estava a marimbar para o tribunal Constitucional. Será? A forma decidida pelo governo é que é inconstitucional.
O Tribunal Constitucional vai ter que optar entre um estado pesado e privilegiado que não se deixa governar e um país governável. E terminar com o maior tabu que amordaça o país desde o 25 de Abril. Os despedimentos na função pública.
Os juízes do Constitucional vão decidir se os funcionários que entraram para a Administração Pública até ao fim de 2008, a esmagadora maioria, têm um vínculo que impede o seu despedimento devido a uma garantia contratual dada na altura. Está em cima da mesa uma questão de confiança entre o Estado e os seus funcionários. Do outro lado, está a necessidade de equilibrar as contas públicas e atacar o endividamento do Estado, o principal problema económico do País neste momento e a razão por que fomos obrigados a chamar a ‘troika'.
Sem a possibilidade de mexer nos vencimentos, tem de ser possível despedir funcionários públicos num regime semelhante ao do sector privado. Caso contrário, vai repetir-se o que tivemos pelo menos desde o Governo de Durão Barroso: Executivos a brincarem às reformas do Estado sem que nada mude estruturalmente.