Outra grande vitória de António Costa e do seu governo era a criação de emprego .Como o governo não tinha feito nada para beneficiar as empresas e chamar investimento estrangeiro logo se percebeu que era emprego precário . Assim veio assim se foi.
O Turismo cresceu em Portugal devido à insegurança nos países nossos concorrentes. Crescia o turismo crescia o emprego, precário, mal pago e de baixa formação. Os jovens formados com altas competências continuaram a emigrar.
Foi esta a vitória que Costa e seus muchachos nos venderam. Veio a primeira rabanada de vento e logo tudo se desmoronou.
Num país onde a iniciativa privada é vista como parente pobre, carregada de impostos e de barreiras, só conseguirá crescer economicamente de forma sustentável com reformas estruturais difíceis de fazer, contra os inimigos da criação de riqueza. E não será este partido socialista que se associa a partidos contrários à liberalização da economia que alguma vez o fará.
O PS, PCP e BE que enchem a boca com emprego precário deviam ter a honestidade de pedir perdão a estes 400 000 desempregados.
Começa agora a apanha de fruta que normalmente é feita por trabalhadores imigrantes asiáticos que por estes dias estão impedidos de entrar no país. Ora, a verdade, é que mão de obra disponivel é algo que não falta. Trabalhadores desempregados e estudantes deveriam ter estímulos para executar estas tarefas na agricultura.
Os estudantes não pagam IRS, é para já uma boa notícia. E o plano de emergência para o setor agrícola prevê, entre outros pontos, que os colaboradores em regime de 'lay-off' (redução do horário ou suspensão dos contratos de trabalho) simplificado poderão trabalhar na agricultura, nomeadamente, "nas áreas de produção alimentar, apoio social, saúde, logística e distribuição".
Por sua vez, os títulos de residência dos trabalhadores imigrantes empregados na agricultura, que terminem durante este período, mantêm-se válidos "para efeitos de celebração de contratos de trabalho, acesso ao serviço nacional de saúde e prestações sociais de apoio.
Somos uma sociedade livre, somos responsáveis pelas próprias decisões, seguimos o que queremos e o que gostamos.
Vivemos numa sociedade livre, mas parece que iremos suspender essa liberdade por um par de meses. E essa perda é para garantir que os cidadãos alcancem os bens de que necessitam. Se vivêssemos numa economia planeada este seria o nosso dia-a-dia: comprávamos o que alguém decidia que comprássemos, na quantidade que achariam adequado, no local em que alguém decidiu. Mas não vivemos. E por isso a mudança nas nossas vidas vai ser muito dura. E será mais dura porque temos memória e sabemos como é boa a vida que tínhamos há um mês atrás!
Muitas empresas irão soçobrar, muitos trabalhadores irão ficar desempregados. Há que garantir que continuam a ter acesso aos bens necessários, ou seja, que têm poder aquisitivo nas suas contas de depósito de forma muito rápida. Isso consegue-se salvando as empresas com injeções de liquidez imediata (não com linhas de crédito de acesso retardado e difícil) ou com dinheiro direto para as mãos dos trabalhadores. Porém, há que o fazer sem arrastar o problema para o sistema financeiro de modo a fazê-lo implodir.
Temos que ganhar a guerra na frente sanitária sem perder a guerra na economia.
E os outros ? Quando os professores agora reclamam que devem ser repostos automaticamente os nove anos em que a progressão das carreiras esteve suspensa, que pensarão os que tiveram de sofrer o desemprego? Os que quando retomaram a atividade viram os seus salários baixar muito em relação ao que tinham no passado? Que dirão as centenas de milhares que tiveram de emigrar? A pretensão de recuperar o que se perdeu com a crise é legítima, mas não só é irrealista e irresponsável em termos do equilíbrio das finanças públicas como é profundamente injusta em termos sociais.
Se os professores se acham no direito de recuperar o tempo em que as suas carreiras estiveram congeladas que dizer dos cerca de 400 000 trabalhadores do privado que foram despedidos ?
É que os professores viram as suas carreiras congeladas pelas mesmas razões que os trabalhadores que foram para o desemprego .Estes perderam o salário, as carreiras, os descontos para a Segurança Social . Então onde é que está a tal justiça social tão querida dos partidos da extrema esquerda ?
E dinheiro, há ? Claro que não, contas feitas a reposição das carreiras aos cerca de 150 000 professores é incomportável orçamentalmente, sem prejuízo de maior défice e maior dívida.
O governo já o disse pela boca do primeiro ministro e ministro das finanças. Chantagem, como afirmam os sindicatos ? Estamos conversados .
A economia cresce na Zona Euro o que é uma bênção para Portugal . Há menos 1,5 milhões de desempregados e como esses países são o destino principal das nossas exportações (principalmente turismo), é sopa no mel . E apesar do Brexit o Algarve está cheio de ingleses e no verão continuará cheio de ingleses. Razões que explicam a queda do desemprego por cá.
Portugal está a beneficiar ( melhor : continua a beneficiar) por pertencer à Zona Euro . Além dos turistas estão a caminho os subsídios para o investimento . Mas como o investimento na base dos subsídios europeus exige uma comparticipação de 20/25% nacional, vai continuar a ser cortado ou sujeito a chico-espertices. Nada pior para uma economia que corre para os níveis de 2004.
Apesar destas boas notícias e do PCP e do BE se terem convertido no que diz respeito à disciplina orçamental europeia, as agências de rating não se deixam convencer . E a pergunta é : o que se passa em Portugal é sustentável ? As dúvidas são muitas.
Com o fortalecimento da economia da Zona Euro abre-se uma nova oportunidade para Portugal deixar para trás de vez a situação de patinho feio . E da Alemanha, pela voz de Merkel, chegam-nos fortes indícios que é com os países europeus que conta como parceiros na cena mundial. E já percebeu que se abrir os cordões à bolsa ( aumentar o poder de compra dos alemães) todos os países europeus beneficiarão, o seu excedente comercial externo é mais que suficiente.
Assim Portugal esteja à altura das imensas oportunidades que se formam no horizonte.
Na Finlandia entrou-se num teste que vai durar dois anos e que envolve 9 000 pessoas desempregadas. Como é que os envolvidos vão reagir recebendo 560 Euros sem trabalhar ?
Finlândia tornou-se o primeiro país da Europa a pagar aos seus desempregados um rendimento básico mensal, no montante de 560 euros, uma experiência social inédita que pretende cortar a burocracia, reduzir a pobreza e fomentar o emprego.
Vai ser muito interessante observar como as pessoas se vão comportar”. “Vai levá-los a experimentarem diferentes tipos de empregos? Ou, como alguns críticos acusam, vai torná-las preguiçosas, depois de saberem que vão receber um rendimento básico sem fazerem nada?”.
Se não há trabalho para todos o melhor mesmo é deixar as pessoas optar por diferentes formas de estar . É bem melhor do que ter um exército de funcionários públicos a trabalhar a tempo inteiro a controlar , que é uma forma de não fazer nada com custos acrescidos.
Portugal é um bom exemplo, basta contactar por uma vez os serviços de emprego.
Compramos jeans a 5 euros porque na China há trabalhadores que trabalhando em condições horríveis ganham miseravelmente. E esta é a razão primeira do desemprego nos US e na UE.
Foram estes trabalhadores americanos desempregados ou "em perda" que deram a vitória a Trump. Estados tradicionalmente democráticos deram agora a vitória aos republicanos e, não por acaso, constituem a "cintura industrial do lixo " na América.
Entretanto, em cada seis chineses há um milionário , como bem se vê pelas compras milionárias que a China e os chineses fazem por essa europa fora e nos US.
Com o politicamente correcto na agenda fomentamos a globalização, não pelas razões certas mas pelas razões erradas. Cresceram os pobres e os ricos de ambos os lados à custa dos avanços sociais que a classe média dava como adquiridos.
Por cá, pelo quadrado, vemos a classe média ser depenada para encher os bolsos ( antes fosse) de quem tem trabalho certo e seguro . Há cada vez mais excluídos e isso tem consequências mais tarde ou mais cedo. Tudo tendo como pano de fundo uma economia que não cresce, que não cria riqueza. O mesmo dinheiro só muda de mãos. Entre muros e inter-nações.
Sem uma economia capaz de pagar salários decentes e sustentar o estado social o contágio será inevitável na Europa. O populismo à esquerda e à direita fará o resto pouco que falta.
Merkel, a cara da má direita, segundo os progressistas, lidera as soluções para acolher os milhões de migrantes que nos procuram . Passou de besta a bestial .
Caiu o Carmo e a Trindade quando Passos Coelho lembrou que a emigração é uma boa saída para quem não consegue emprego. Sempre foi assim em Portugal E, hoje, a emigração é esclarecida, não vai à sorte nem à aventura, a maioria sai daqui com contrato de trabalho e com apartamento para os primeiros tempos. Acrescem os conterrâneos que já lá estão .
Quem fica muito incomodado são os acomodados, os que têm trabalho certo e que não fazem nada para ajudar quem passa por um momento difícil. E, convenhamos, passar os melhores anos da vida no desemprego ou em empregos medíocres não é coisa que se recomende.
Tanto é assim que é agora António Costa a lembrar aos professores desempregados que o ensino do português em França é uma boa oportunidade para encontrar emprego. Oportunidade sim, sem dramas.
Isto é obviamente muito importante para a difusão da nossa língua. É também uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui, mas é também um grande desafio para a nossa tecnologia e para a capacidade de fomentar o ensino à distância”, considerou.
Um em cada quatro portugueses que estavam desempregados no primeiro trimestre de 2015 conseguiu voltar ao mercado de trabalho no trimestre seguinte. Em Portugal, 25% das pessoas que estavam desempregadas no início de 2015 conseguiram transitar para uma situação de emprego, uma percentagem superior à média de 18,6% da União Europeia. As restantes 58,6% permaneceram desempregadas e 16,3% passaram do desemprego para a inactividade.
Globalmente, a situação portuguesa é melhor do que na média dos 28 países da União Europeia.
O comportamento da criação de emprego é um dos factores que melhor explica o resultado das recentes eleições. Se a situação fosse de calamidade social como por aí se aventa nem por sombras a Coligação no governo teria ganho .