Como se adivinhava a redução dos preços dos passes dos transportes públicos atraiu cerca de 160 000 utentes (só em Lisboa) mas não atraiu mais barcos, comboios ou autocarros. Resultado ? O caos .
Trata-se de uma fraude, acenar com um preço mais baixo para atrair cidadãos para um serviço que não existe.
As desculpas são as do velho charlatão apanhado com a boca na botija ( tipo Joe Berardo...). A culpa, bem entendido, é dos trabalhadores e das suas greves, os investimentos que não se fizeram e que deixaram apodrecer comboios e barcos são agora alegremente previstos lá para 2022 porque não há stocks deste tipo de maquinaria. Há que produzi-los primeiro coisa, claro, que não era possível prever.
Num país decente o que é que aconteceria a um governo que vende um serviço que não existe ? E que leva ao engano 200 000 utentes em todo o país ? E que lhes fica com o dinheiro dos passes ?
Com cobrador mas sem maquinista. Esta não lembrava ao Joe...
Em menos de 24 horas dois ministros pediram desculpa ao país. Ontem a ministra da Justiça hoje, o ministro da Educação. Em democracia é assim. Em ambos os casos pediram desculpa por erros técnicos cometidos pelos respectivos ministérios. O gigantismo explica muitas coisas , incluindo o recurso cada vez mais frequente aos serviços externos. O outsourcing é uma boa medida de gestão porque troca custos fixos por custos variáveis, só se paga quando há resultados. Nestes dois casos o estado até podia pedir uma indemnização se o trabalho tivesse sido entregue a empresas privadas. Mas como no estado não há despedimentos vamos continuar a pagar estruturas técnicas que não são eficientes. Como ficou provado.
Catroga diz que Sócrates está mais uma vez a tentar enganar os Portugueses. Em vez de pedir desculpa ao povo vem autoelogiar-se. Deixou o país na bancarrota apesar de todos os avisos : "«está a tentar enganar uma vez mais os portugueses, ao dizer que foi este Governo que excedeu a dívida, quando a dívida já existia, estava oculta e estava desorçamentada."
Sócrates continua em estado de negação : "o período de negação de José Sócrates foi suportado pelos bancos, que financiaram o Estado português" quando já não havia alternativa. "Qualquer pessoa que olhe para a situação vê que há um momento em que enfrentámos o maior défice público e privado. Em 2009 estes défices não foram combatidos por causa de medidas eleitoralistas e o Orçamento de 2010 propunha um endividamento superior ao de 2009".
Como é que há gente bem intencionada que perante a bancarrota, os números, os gráficos embarca nesta história que só existe na cabeça deste individuo ?