Palavra dada palavra congelada
O governo congela descontos nas Scuts . Palavra dada palavra honrada. Pois...
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O governo congela descontos nas Scuts . Palavra dada palavra honrada. Pois...
Eis um assunto que tem passado "invisível" aos políticos, (estejam no governo ou na oposição), aos sempre tão reclamantes funcionários e sindicalistas do sector público, e aos analistas, jornalistas e comentadores do nosso país.
Clamam os beneficiários das pensões do sector público, e os actuais trabalhadores, que o seu sistema de reformas, é unicamente o resultado dos seus descontos.
Não é. Nunca foi, e continuará a não ser, se nada for corrigido.
Só em 2014, para que se pudesse pagar aos pensionistas do sector público, o Estado, para além das contribuições resultantes dos normais descontos feitos pelos trabalhadores e respectiva entidade patronal (o Estado) teve que ir sonegar aos impostos dos demais contribuintes (o sector privado), 3,8 mil milhões de euros.
Vou explicar de forma bem simples para todos poderem compreender: todos os meses, após os trabalhadores do Estado descontarem os 11% da TSU e a sua entidade patronal os restantes 23,75%, e o Estado com estas contribuições, proceder ao pagamento aos reformados do sector público, ficam a faltar qualquer coisa como 320 milhões de euros, que o Estado tem que ir retirar aos descontos e impostos de todos os restantes trabalhadores e empresas do sector privado.
Entendem agora porque é que o actual governo só aumentou 60 cêntimos as reformas dos mais pobres e desfavorecidos cidadãos do nosso país, com o argumento de que não tinha dinheiro para aumentar mais?
Ou seja, mais de metade do nosso deficit público actual, e do crescimento anual da nossa dívida pública, vai todinho para pagar um sistema de pensões, em que os seus beneficiários, recebem muito mais que os descontos que fazem e fizeram.
Se isto não é um roubo descarado às gerações actuais, passadas, e futuras, dos trabalhadores e empresas do sector privado, e confisco e transferência abusiva de riqueza do sector privado para o sector público, então o que será?
No entanto, apesar de tal distorção, no nosso sistema de pensões, políticos e governantes, continuam a fazer vista grossa, e em alguns casos, caso do governo actual, que ao retirar a sobretaxa das pensões acima dos 1500 euros, contribuiu para o acentuar deste roubo sobre todo um povo, para sustentar uns tantos, com pensões com valores a que não teriam direito.
Percebem agora, que este país só se irá alguma vez endireitar, à força, e com gente vinda de fora?
Quando se poupam alguns milhões nos transportes nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, é possível estender o desconto social a todo o território.
""O Estado já para este ano de 2015 reservou um montante de até 35 milhões de euros de apoio social para todo o país, em que não só os que moram nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, como até aqui, mas todos vão poder ter descontos nos transportes, em função do rendimento do agregado familiar"
""Compete agora às câmaras fazer a avaliação ao sistema de transportes e contribuir para que as pessoas que estão sobretudo em zonas menos habitadas ou mais distantes da sede de concelho possam ter um transporte, regular ou a pedido, que possa ser subsidiado pelo Estado".
Os órgãos locais municipais têm agora a palavra para implementar o conceito junto das populações mais desprotegidas antes que apareça por aí, mais um referendo contra a municipalização dos serviços do estado, como já está a acontecer na educação
Os trabalhadores das empresas privadas recebem liquido o seu vencimento depois da empresa fazer os descontos e entregar ao estado e à Segurança Social os respectivos descontos. O mesmo se passa com os funcionários públicos. Os trabalhadores recebem liquido de impostos e da taxa da Segurança Social o seu vencimento. Não têm que fazer nada.
Mas os chamados trabalhadores independentes ou a recibo verde são uns escravos do estado. Por cada vez que recebem ( e, pode ser mais que uma vez num mês e de entidades diversas) têm que passar recibo com o calculo do IRS, do IVA e da taxa da Segurança Social. De três em três meses, tenham ou não dinheiro, são obrigados a pagar o IVA. Em cada mês têm que pagar a Segurança Social e no final do ano têm que preparar tudo para preencher a documentação do IRS e pagar meses depois o que estiver em falta.
É, assim, muito natural que os funcionários públicos não tenham atrasos bem como os trabalhadores das empresas privadas. Têm a papinha feita, mas que dizer de quem tem que viver com salários incertos e com relações frequentes com as finanças?
São à volta de 700 000.