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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Banco de Portugal emite sinal de alarme

A economia desacelerou em 2018 e vai continuar a desacelerar em 2019, 2020 e 2021. António Costa e Centeno deviam explicar porque continuam a sorrir .

Estas projeções do BdP seguem-se a duas outras notícias negativas: a revisão em baixa das previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa e dados do INE, segundo os quais a qualidade da vida das famílias portuguesas “piorou face ao resto da Europa”.

E falta ainda o impacto das greves dos estivadores em Setúbal e dos trabalhadores das refinarias da GALP em Sines, Leixões e Matosinhos .

Está lindo, António .

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O melhor dos mundos

O artigo de hoje: Há seis meses Pierre Moscovici era todo elogios para Portugal, particularmente na frente orçamental. Ontem mudou o discurso: alerta para risco significativo de desvio da meta orçamental de 2018 e 2019, recomendação para manter a despesa primária (sem juros) a crescer no máximo 0,7% e sugestão de novos cortes na despesa. Onde? na Saúde, por exemplo.
É uma alteração importante na forma como o Comissário Moscovici olha para Portugal. Porquê? Porque os serviços técnicos da Comissão devem estar a pressioná-lo, alertando-o para os riscos da economia portuguesa: uma desaceleração da economia europeia terá um impacte significativo no crescimento do PIB em Portugal e, com ele, um deslize orçamental grave.
Cá no burgo, António Costa e Mário Centeno ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Já o Presidente, instado a pronunciar-se, disse não ter lido o documento. Mas sempre foi avançando que está de acordo com o governo.
Costa e Centeno vão começar a engolir, se a economia desacelerar, a teoria de que vivemos no melhor dos mundos. Moscovici já percebeu isso (coisa que se sauda). Já Marcelo parece continuar a domir

2018 e 2019 serão bem mais complicados

Neste momento mais favorável o orçamento devia ser cauteloso e de poupança. Mas não é. Pressionado por PCP e BE vai distribuir o que não há e que no futuro próximo vai ser um quebra cabeças.

Não há nenhuma instituição financeira que estime para o próximo ano um maior crescimento da economia ( bem à sua maneira António Costa já lhe anda a chamar o maior crescimento do século).

Já foi sinalizado o fim dos estímulos às economias, o que quer dizer que, sem grandes surpresas, as taxas de juro vão começar a subir . O petróleo começa a testar com regularidade os 60 dólares quando até meados deste ano andou nos 40 e os 50 dólares. E quatro das maiores economias do euro vão desacelerar - Espanha ( principal destino das exportações portuguesas) Holanda, Itália e Alemanha ( terceiro destino das exportações portuguesas). A excepção será a França ( segundo destino das exportações ).

Em contrapartida vamos contar com a produção e exportação do novo veículo da Autoeuropa, com a manutenção do forte crescimento do turismo, com a continuação do sólido investimento na construção, com a vinda de estudantes estrangeiros e com a animação das empresas na área das tecnologias de informação com a realização da Web summit em 2018 e 2019.

E tudo isto não deixa dúvidas que dificulta a redução do défice,  com a orientação da redução do IRS e o aumento da folha de salários da função pública. Tudo compensado com o aumento da derrama sobre as grandes empresas o que é um péssimo sinal para a economia que necessita de investimento privado para manter bons níveis de crescimento.

Mas a geringonça irá encontrar, seguramente, um culpado sob a batuta desse génio da táctica que dá pelo nome de António Costa.

(PS : a partir de texto de Nicolau santos - Expresso)

 

 

 

Este crescimento do PIB não é sustentável

O crescimento do PIB desacelerou fortemente e vai continuar. Mesmo em 2018 .

“O PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta ligeira, de 2,8% para 2,9%, embora a sua composição não seja inteiramente tranquilizadora. O crescimento em cadeia desacelerou fortemente, de 1,0% para 0,3%, com queda das exportações e consumo privado, compensada pela subida do investimento”.

A equipa de economistas liderada por Pedro Ferraz da Costa diz ainda que, com o crescimento de emprego (3,5%), “o PIB deveria estar a crescer claramente acima dos 4%”.

O que isto quer dizer é que o emprego é pouco produtivo e a economia está a produzir para armazém à espera que apareçam compradores .  

Um sinal de clara desaceleração da economia

Uma economia pequena e frágil como a nossa pode sofrer impactos negativos com resultados surpreendentes. Pode acontecer já em no 2º semestre de 2017. Aliás, o próprio governo aponta para uma desaceleração já em 2018 e 2019.

Quanto ao crescimento do PIB para 2017 e depois de conhecidos estes dados, dificilmente ultrapassará os 2,5%. Ainda assim bastante positivo tendo em conta o passado recente da economia portuguesa. No entanto, ao contrário do ano passado, a segunda metade do ano deverá já revelar uma clara tendência de desaceleração. O primeiro semestre, com um crescimento de 2,8%, deverá ser o mais forte do ano, sendo provável que próximos trimestres registem uma desaceleração, já que o termo de comparação com o final do ano passado será menos favorável. Já o crescimento em cadeia não deverá voltar a um ritmo acima dos 0,4% por trimestre — a não ser que por algum motivo pontual as existências ou as exportações, liquidas (por via das importações) voltem a ajudar — deverá abrandar, já que grande parte do impacto dos estímulos internos (reposição de salários e pensões) e externos (efeito desfasado das politicas do BCE e recuperação europeia) irá diminuir.

O que é mau continua presente, sem reformas estruturais a economia é uma geringonça. PCP e BE bloqueiam as medidas necessárias.

Quase quatro anos de crescimento

Afinal o crescimento da economia ficou-se pelos 2,8% o mesmo que no trimestre anterior.

De acordo com o INE, o PIB cresceu apenas 0,2% quando comparado com o que havia acontecido nos primeiros três meses do ano, um abrandamento significativo face ao que aconteceu nos últimos três trimestres. No primeiro trimestre do ano, a economia cresceu 1% face ao trimestre anterior. Há um ano que o ritmo de crescimento em cadeia não era tão baixo.

Os valores divulgados esta segunda-feira, 14 de Agosto, saíram abaixo da expectativa dos analistas que apontavam para um crescimento de cerca de 3% (0,4% em cadeia). Segundo o INE, o comércio internacional pressionou negativamente o andamento da economia, enquanto o investimento puxou pela economia, permitindo a estabilização do crescimento em termos homólogos.

Comparando com os primeiros três meses do ano, o crescimento do PIB desacelerou para 0,2%. Este valor é o mais baixo desde o segundo trimestre de 2016 e representa uma desaceleração forte, quando comparado com o crescimento trimestral de 1% que tinha sido registado entre janeiro e março.

Mas Portugal está a crescer acima da Zona Euro