O que é bom não depende do governo : As remunerações declaradas pouco cresceram desde 2015. Excluído o aumento do salário mínimo, a variação é mesmo negativa.
A 3ª maior dívida pública : No 3º trimestre de 2017, a Dívida Pública de Portugal situou-se em 130,8% do PIB e a da Zona Euro em 89,1%, avançou o Eurostat.
Com a economia a crescer ao ritmo actual vamos precisar de 40 anos para atingir a média da dívida da Zona Euro. No mínimo necessitamos de um crescimento entre 3% e 4% para conseguirmos pagar a dívida e baixá-la para 90%.
Mas o que verificamos pelos números apresentados é que nem os salários cresceram significativamente nem a dívida desceu . E a carga fiscal é a mesma senão mesmo maior.
As exportações que não entravam na estratégia de crescimento do governo cresceram para 42% do PIB . Precisamos de chegar aos 50% . E o governo nada tem a ver com este crescimento .
Resumo : sem as reformas que PCP e BE impedem nem o avô morre nem a gente almoça. Mas António Costa chama-lhes as vitórias do século.
O IRC vai ser alargado de 7% para 9% e é o preço da derrota autárquica do PCP e do BE.
Bem pode o ministro da Economia dizer que são apenas algumas empresas. É verdade. Serão algumas dezenas, as empresas que lucram mais de 35 milhões de euros por ano e que vão pagar cerca de 30% de IRC. Mas não nos iludamos. Este é o número que empresários e gestores conferem quando decidem onde fazer investimentos. Porque a atracção de investimento produtivo dirige-se a grandes projectos, daqueles com dimensão suficiente para optar entre Portugal ou a Hungria, entre a Espanha ou a Roménia. Já agora, olhemos para algumas das taxas de IRC na Europa (já nem é preciso falar dos 12,5% da Irlanda): Hungria, 9%; Chipre, 13%; Lituânia, 15%; Polónia e República Checa, 19%; Reino Unido, 20%.
Dizer que o aumento de IRC é apenas para um pequeno conjunto de empresas sem acrescentar que esse pequeno conjunto é precisamente o alvo da mítica atracção de projectos de investimento é não contar a verdade toda.
Como sempre faz, António Costa desaparece em combate, o seu partido e os seus companheiros perdem e a seguir, aparece como vencedor. É um político que pensa nele próprio e na forma como se apresenta ao partido.
Olha para a direita e vê Marcelo, ex-presidente do PSD, como Presidente da República. Olha para a esquerda e vê uma luta entre PCP e Bloco que os comunistas estão a perder. Olha para o seu próprio partido e vê uma queda eleitoral acentuada.
E o governo e as suas circunstâncias podem-lhe trazer boas novas ? Apertado por Bruxelas e pelas regras orçamentais e por um PCP que vai vender a perda de eleitorado muito cara, exigindo cada vez mais até alguém ceder na "posição comum governamental", só se os milagres orçamentais que Centeno anda a cozinhar se confirmarem.
A partir de hoje, os comunistas precisam de começar a mostrar ao seu eleitorado que são diferentes de tudo o resto que existe à esquerda. Não é teimosia, é sobrevivência. Para António Costa, é um sinal de que as coisas acabam de se tornar mais difíceis.
O PCP teve um resultado dramático porque cerca de metade dos seus fiéis o abandonaram. A explicação tem a ver com o que os comunistas já classificam como a viabilização do governo. Já nem sequer apoiam o governo, viabilizam-no o que é bem diferente.
E a factura vai ser paga, não com um corte abrupto, mas com uma exigência cada vez maior, até ao ponto de Costa não poder ceder. Nessa altura a culpa da queda do governo é de António Costa.
Se há principio que o PCP protege é o seu universo eleitoral, nunca perdendo de vista que os outros partidos comunistas europeus se extinguiram quando se envolveram na governação. É por isso que os dirigentes comunistas sempre estiveram com um pé dentro e outro fora da "posição conjunta".
Para tornar as coisas mais difíceis, o Bloco não para de crescer. Tacticamente mais flexível, e com um universo eleitoral menos doutrinário o BE, pode sobreviver e mesmo ir buscar eleitores ao PCP e ao PS, se apresentar pequenas vitórias. Como as causas fracturantes que não desequilibram o orçamento. O eleitorado urbano que vota no Bloco ( ao contrário do eleitorado do PCP) não espera que o partido consiga que o país saia da UE e do Euro, embora espere ouvir esse discurso.
E, como Jerónimo tem repetidamente declarado, a política deste governo é farinha do mesmo saco
Agora no PS culpam Seguro pela derrota na Madeira, o tal que ganhara as europeias, as autárquicas e nos Açores. O PS prefere as derrotas de Costa às vitórias de Seguro. Gostos não se discutem, não é? Maria João Marques
Quem teve a culpa da derrota do PS na Madeira ? Os seguidores de Costa dizem que foi Seguro. Mas pelo sim pelo não, Costa deixa a Câmara de Lisboa para se dedicar por inteiro às legislativas. Deve ser por estar a correr bem, conforme o previsto. E não dá estudar e conhecer os dossiers a partir da janela da câmara.
António Costa foi recebido por Hollande e por Enzo, socialistas em exercício, que lhe transmitiram que aquela estratégia de investimento público é mais difícil de executar do que anunciar. E veio cá um economista socialista europeu que defendeu medidas tais que levaram João Galamba a acusar o camarada de apoiar o governo PSD/CDS.
Voltar às políticas que nos trouxeram à bancarrota não parece sensato. António Costa está a cair na real.
Uma derrota em que o último jogador a tocar na bola nos três golos é do Sporting faz pensar. Na semana passada a única vez em que o adversário foi à baliza leonina marcou um golo. O Sporting atirou uma bola à trave e viu um golo (mal?) anulado. Isto só para falar na era Jesualdo.
Esta equipa, como tenho aqui dito muitas vezes, tem capacidade para alcançar um lugar com direito a disputar um dos lugares nas competições europeias, mas é preciso persistência.
Na vida das pessoas também é assim, muitas vezes cai-se em situações de onde é difícil sair.É verdade que normalmente a situação resulta de erros acumulados mas não se pode desistir. Esta equipa tem um grande handicap que é a sua baixa estatura e o seu baixo peso corporal. Com espaço joga bem e com técnica mas nas duas áreas, a defender e a atacar, é a "mordedura" de um mosquito.
Os golos do Rio Ave mostram isso mesmo, remates inofensivos que resultam em golos porque a bola bate num dos defesas e em vez de parar ou mudar de direcção para longe vai para a baliza. Se for no nosso ataque é ao contrário, como a potência não é nenhuma não acontece nada.
Há que preparar as coisas para adquirir um ou dois jogadores fisicamente fortes que desgastem a defesa adversária. Há momentos em que os centros dos extremos vão encontrar o Wolswinker emparedado entre cinco defesas adversários.
Não dá ! Temos que persistir, e começar já a partir desta base a trabalhar na próxima época. Com serenidade! Voltar tudo ao principio é dar avanço o que fazemos há pelo menos uma década!