Os nossos deputados convidaram a criança
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Já se percebeu que todas as semanas há um novo caso a atacar a liderança de Rui Rio. E o objectivo é esquecer o escândalo de Tancos que, como já é óbvio, atinge gente importante do governo e das forças armadas.
As mesmas forças que atacam a estupidez do deputado do PSD ( estupidez recorrente e há muito conhecida como prática habitual entre os deputados) organizaram-se na defesa do pintar de unhas da deputada Isabel Moreira do PS.
Agora é a primeira página do Expresso a trazer a público a voz autorizada de Ferro Rodrigues o que se caga para a justiça.
Basta ter 116 deputados no Parlamento . Um dos resultados da ruptura de António Costa com a prática habitual é que o Bloco Central ( PS+PSD ) pode governar para sempre ou quase o que seria muito mau para a Democracia.
Temos assim dois blocos, um à esquerda outro à direita. À esquerda o PCP já sofreu um rude golpe por ter saído do seu casulo. Autarcas e sindicalistas não gostam e o partido já deu muitos sinais de que não está disposto a continuar a perder influência nas autarquias e na rua . E não pode deixar a posição contrária à União Europeia o que em tempos positivos mais deixa o partido a falar sozinho.
Já o BE está mortinho para ter ministros, vai vender a inocência para estar no governo .Após esta experiência governamental ao BE vai-lhe acontecer o que aconteceu aos partidos irmãos em toda a Europa . Em que é que se distingue do PS ? Estar contra a União Europeia e a Zona Europeia dá votos ? Os mais de 80% da população que apoiam a integração na Europa não gosta dessa posição.
Já à direita a ligação de CDS com o PSD é natural pois não há grandes diferenças que ponham em dúvida um entendimento. A Geringonça dependia muito da liderança de Passos Coelho como líder da oposição e isso agora já não acontece .
O filme pode virar já em 2019 e como muitas vezes o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro . Mas é claro que o às de trunfo é que a economia da Zona Euro continue ou não a portar-se positivamente
O PS ao não conseguir fazer as reformas que se impõem não depende de si próprio .
Nestas coisas há o percurso político e jurídico e há o processo administrativo, como seja afastar os euro-deputados do Reino Unido das tarefas habituais.
Alguns deles aceitarão o desconforto como inevitável e outros farão pressão sobre o governo do seu país para apressar o processo político e jurídico para a saída oficial . A UE não vai estar à espera dos prazos de saída que convêm aos ingleses. O vazio seria rapidamente ocupado pelos populistas para propor referendos e colocar outros pedregulhos no andar da carruagem europeia.
E a UE já tomou a iniciativa. Só não precisa de ser ao pontapé.
O PS , na mais recente sondagem, tem mais 1,5% na intenção de votos mas a Coligação, com 34% dos votos elege mais deputados. Quem deverá formar governo se for este o resultados em 4 de Outubro ?
É evidente que quem forma governo é quem tem mais deputados como, aliás, afirmam os constitucionalistas, Jorge Miranda, Manuel Tiago e Paulo Otero .
"Seria pouco aceitável que o partido que tivesse mais deputados - ainda que sem maioria absoluta - não fosse Governo", disse à Lusa o constitucionalista Tiago Duarte.
Ressalvando que quem tem de fazer a interpretação dos resultados eleitorais é o Presidente da República, Tiago Duarte defendeu que do seu ponto de vista o critério que deve 'guiar' o chefe de Estado é "o da governabilidade e estabilidade do governo perante o parlamento", ou seja, deve nomear o primeiro-ministro que apresente "uma solução governativa que tenha mais hipóteses de durar e cumprir a legislatura".
"Em caso de soluções igualmente instáveis - Governo minoritário da coligação ou do PS, por exemplo - deve privilegiar o partido ou coligação que tenha eleito mais deputados, mesmo se não teve mais votos", referiu, sustentando que nas votações parlamentares, como a aprovação de orçamentos ou moções de censura, "o que conta são os deputados eleitos e não os votos".
PS com 35,5% e a coligação com 34%, já depois do debate televisivo mas já não apanha o debate radiofónico.
No estudo da Eurosondagem feito para o Expresso e para a SIC, o partido socialista consegue 35,5% das intenções de voto elegendo entre 95 a 101 deputados. Já a coligação arrecada 34% conseguindo 99 a 102 lugares no Parlamento. Ou seja, se os resultados das legislativas fossem estes, os dois blocos podem facilmente reclamar vitória.
Era só o que nos faltava ter um governo PS prisioneiro do PCP e do BE que querem sair da UE, do Euro e do Tratado Orçamental. Um governo nas mãos de dois partidos comunistas numa UE social democrata e socialista