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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Há 10 000 médicos-dentistas e apenas 18 no SNS

30% dos Portugueses só vão ao dentista em SOS. E em oftalmologia passa-se mais ou menos o mesmo. Se precisa de tratar os dentes ou os olhos não conte com o SNS porque na melhor das hipóteses tem que esperar seis meses. Ou então vai ao privado mas aí nem todos podem.

O Estado tem emitido cheques dentista ( 500 mil) dos quais foram utilizados cerca de 477 mil com prioridade para mulheres grávidas e crianças. Mas só cobrem os actos médicos mais simples como extracções. Os actos médicos mais complexos não se fazem contribuindo para a existência das bocas sem dentes. O que pensam o BE e o PCP destas dores alheias ? Com o privado nem pensar.

Com a existência no mercado de oferta privada de milhares de consultórios médicos não cabe na cabeça de ninguém que o estado implemente uma oferta pública paralela. Antes de tudo porque é estúpido e depois porque não é financeiramente sustentável para o estado.

As listas de espera são solução? Para quem pensa nos doentes não são mas os comunistas estão mais interessados no estado . O estado que pode tudo, controla tudo, come tudo.

 

O drama de uma simples dor de dentes

A jovem anda com dor de dentes desde sábado. No Centro de saúde a espera é de vários dias, nos hospitais nem pensar. Os amigos receitam-lhe tudo e mais alguma coisa. Mas a dor de dentes persiste. Na mesma rua há uma clínica que uma jovem médica abriu. Criou três postos de trabalho incluindo o dela. O preçário é menos de metade do habitual. O preço à medida que há mais concorrência vai baixando. É por esta razão que se dificulta tanto a formação de profissionais e o estabelecimento de clínicas. Outro exemplo são as farmácias. Tudo nas mãos do estado que abre e fecha quando lhe apetece e vai fazendo uns concursos manhosos. Algumas famílias têm três e quatro farmácias, todas saídas em concursos públicos, pois então.

Mas voltando à dor de dentes, lá se foi à clínica da jovem dentista. Agenda cheia, uma parte com o cheque dentista e a outra com gente atrapalhada. Mas não foi preciso insistir muito, cabe sempre mais um para quem vive do seu investimento.

Se a sociedade civil continuar a ser impedida de tomar iniciativas de sua livre vontade, a dor de dentes vai continuar a ser um drama para quem não tem dinheiro para ter o "seu" dentista habitual. Um drama que os pobres juntam a muitos mais!