"Tem algum sentido comparar duas escolas que distam 1 Km, onde numa os alunos são escolhidos e fazem exame de 12º ano 26 alunos, na outra estão lá todos e fazem exames do 12º ano 680 alunos."
Se não fosse a publicação dos rankings das escolas nunca saberíamos o que foi deixado na caixa dos comentários e está ai em cima reproduzido.. Se for verdade e propositado então temos que exigir que o Ministério da Educação faça uma auditoria ao que se passa naquelas duas escolas. É o futuro dos alunos que se joga em práticas dolosas. Quem são os responsáveis para haver tamanha desigualdade entre duas escolas que distam 1 km uma da outra ?
O Ministério não sabe, o município não sabe, os pais não sabem, os professores não sabem, os dirigentes não sabem ? Se não sabem o que andam lá a fazer ? Se sabem porque não tomam medidas ?
E, agora, que não podem dizer que não sabem porque os rankings tornaram pública a situação o que se propõem fazer para corrigir ? Ou preferem continuar com a cabeça metida na areia para terem um argumento para esgrimir sempre que se publiquem os rankings ?
Aqueles que estão contra os rankings são os que melhor realçam o valor de uma informação pública, aberta a análise e debate. É que o valor dos rankings não termina com a sua publicação, pelo contrário, inicia a análise de proximidade das situações detectadas e a sua correcção.
Sem rankings não há análise, não há debate, não há correcção, não há responsáveis. E aos alunos é-lhes sonegado o futuro.
Uma sondagem logo após o debate aponta para a vitória de Macron com 63% dos votos contra 37% de Le Pen. Afinal os valores esperados para as eleições de domingo próximo.
Uma anterior sondagem indicava que 91% dos que votam Macron não tinham intenção de mudar o sentido do voto, o que se confirma com esta última sondagem .
Foi um debate feroz . Le Pen mostrou-se muito mal preparada na vertente económica, não sendo capaz de ultrapassar intenções vagas e inconsistentes. Já Macron teve dificuldades quando deixou o debate resvalar para a discussão de temas gerais .
O centro do debate foi a União Europeia. Le Pen não conseguiu ser convincente e não apresentou alternativas sólidas. O seu grande deslize foi quando colocou a hipótese de a França ter duas moedas. O Euro para as relações exteriores e o Franco para circular dentro de portas. Ora, isto levaria a um aumento de preço generalizado das importações o que Macron assinalou de imediato. Le Pen ficou nas covas.
Esperemos agora que a União Europeia siga esta via com as próximas eleições na Alemanha onde os dois candidatos são pró-europeus.
Itália pode vir a ser o próximo problema e a Grécia lá vai atravessando a via sacra executando os programas de austeridade que a extrema esquerda sempre disse que não faria.
Não se sabe bem porque carga de água o PS se atirou como gato a bofe ao dinheiro da Segurança Social. Está a dar dores de cabeça a Costa como é mais que evidente. É verdade que não há muito por onde buscar dinheiro mas esta de, com uma mão, congelar a despesa com pensões e, com a outra, retirar milhões à receita dá que pensar.
Hoje, Costa meteu as mãos pelos pés com uma pergunta simples de uma jornalista. Explique lá isso dos mil milhões ? Costa não sabia . Como não sabe se daqui a uns anos a economia cresce o suficiente para repor o dinheiro que lá quer ir tirar . Leve agora pague depois.
As trapalhadas do PS na Segurança Social dão o mote para o resto do programa socialista . Não dão confiança nenhuma . Quem é que vai trocar o caminho actual que está a dar resultados por promessas mal explicadas ? E Holland, Enzo Rizi e o Syriza não chegam como exemplos de falhanços ?
Costa está tão incomodado que já utilizou o facebook para tentar reduzir o prejuízo. E a explicação é patética. É pouco, é só 4%, não sei explicar mas o prejuízo não é muito .
No entanto, o líder socialista continua sem explicar em que prestação social vai incluir ou apertar a condição de recursos (regras mais apertadas para acesso às prestações com base nos rendimentos). Uma tarefa que não é fácil uma vez que as prestações mais pesadas já a têm (Rendimento Social de Inserção e Complemento Solidário para Idosos) e nestes casos, Costa quer aliás aliviar a condição de recursos. Sobra-lhe as pensões mínimas, que não têm condição de recursos.
Tanto entrou na capoeira que ficou lá preso . Ia acontecer mais tarde ou mais cedo.
Por Maria Fátima Bonifácio : No debate televisivo do dia 9, António Costa teve o supremo despudor de afirmar que fora Passos quem chamara a Troika. A mentira, descarnada, é imprópria de um candidato a primeiro-ministro; e autoriza que o achemos capaz de tudo. Frente a frente estavam dois homens de carácter muito diferente.
Costa pensa com a cabeça keynesiana do século XX, quando havia fronteiras, alfândegas e moeda nacional. Passos pensa na globalização do século XXI, que rege um mundo sem distâncias e que já não dorme. O Estado não se ausenta nem se demite, mas já não pode garantir tudo. É para este tempo de incerteza, insegurança e risco que Passos nos quer preparar. Obviamente, voto Passos.
No país invertido que habitamos, houve jornais e analistas que atribuíram ao ex-primeiro-ministro a grande vitória da noite. Falharam por pouco: José Sócrates foi evidentemente o maior derrotado. Viram o que eu vi? O Dr. Passos Coelho ocupou metade do tempo a associar, com legitimidade, o Dr. Costa ao "engenheiro". O Dr. Costa ocupou a metade restante a negar, sem legitimidade, as acusações. E não resistiu a uma graçola que no fundo achincalha menos o destinatário do que o sujeito: "Porque é que não vai lá a casa debater com ele? Tem tantas saudades..." Aliás, depois do debate, diversas "personalidades" socialistas - e conhecidos devotos "socráticos" - aderiram ao folguedo e usaram a insistência em José Sócrates para tentar diminuir o Dr. Passos Coelho. Na verdade, as chalaças plantadas nas ditas "redes sociais" diminuem José Sócrates, que devagarinho alcançou o prestígio da peçonha. Noventa minutos televisivos pareceram sugerir o que nove meses de cadeia e anos de trapalhadas prometiam: a morte política de um homem abaixo de qualquer suspeita. Veremos.
Passos podia ter desferido o golpe de misericórdia. Não conseguiu. Essa é a sua derrota . Costa evitou o golpe de misericórdia. Essa é a sua vitória.
Se quisermos fazer um resumo das propostas de Costa para o futuro temos pela frente um exercício difícil . Afastou-se de Sócrates e das suas políticas mitómanas de obras faraónicas . TGV, aeroporto, terceira travessia do Tejo em Lisboa. E sabemos que quer retirar à Segurança Social 6 mil milhões de euros para relançar o consumo e a reabilitação urbana para criar postos de trabalho. A mesma filosofia socrática. O resto é uma nublosa.
Passos quer continuar com os resultados que estão a aparecer. Sem aventuras e sem riscos. Cresce a economia, as exportações e o emprego. Até 4 de Outubro ainda vão ser publicados os números do emprego, do crescimento da economia e das exportações ( esta bateu recordes em Julho). Se tudo isto for positivo Passos deve voltar ao registo suave.
Costa ontem humilhou Sócrates, deitou-o borda fora. Sócrates não perdoa. A narrativa continua .
Perguntada sobre as diferenças entre o BE e o PCP a porta voz do BE não conseguiu arranjar uma que fosse. É preciso avisar a rapariga que todos os que fizeram isso acabaram engolidos. O último foi o Partido "Os Verdes" que rapidamente foi transformados em CDU. Antes do 25 de Abril os que tiveram coragem de fugir ao controleirismo do PCP acabaram "objectivamente na reacção ".
Atiraram-se ambos como gato a bofe, ao PS que, "objectivamente, governa à direita". E dizia a Catarina toda contente : então o PS para governar à direita precisa de um partido de esquerda ? E com isto lá se foi o que restava dos votos úteis. Efectivamente, o PCP com 10/12% dos votos e o BE com 4/6% separados, não servem para nada. Porque não se juntam se são iguais ? É que com 15/16% dos votos eram capazes de ter um número catita de deputados.
E o que têm a dizer sobre o Syriza e a Grécia ? E da saída do euro e da União Europeia ? E o que faziam depois ?
Que essas questões fazem parte de um pacote, não podem ser tratadas em separado . Esclarecidos !
Por isso, entendo dever jurar que não assisti aos tão falados debates, como prometo solenemente não assistir ao próximo.
Os tais debates para cujas datas os candidatos demoraram vários meses a lograr consenso, facto que, por si só, deveria destituí-los de qualquer credibilidade para ocupar um cargo político sério, ainda que secundário.
Porém, como ouvinte assíduo dos serviços noticiosos das estações de rádio, não pude deixar de tomar conhecimento. E ouvi. Com estes dois, que a terra só não há-de comer porque providenciei há muito para que o meu tanato siga, se possível ainda morno, para a Faculdade de Medicina da Minha Cidade.
Pois, tanto António como António prometem não aumentar impostos, mas não prometem baixar.
E ouvi bem, porque a perplexidade da primeira escuta demandou confirmação do serviço noticioso imediato.
Assim sendo, como indiscutivelmente é, uma dedução lógica avulta ao raciocínio do normal cidadão, ainda que pouco letrado - se não prometem baixar impostos é porque entendem que os vigentes são necessários ou, pelo menos, admitem que o sejam.
Não sou jornalista. Mas, até me deu vontade de o ser e estar a moderar o debate, para fazer umas perguntinhas simples: 1 - Se é assim, porque se têm manifestado, repetidamente contra as alterações às leis fiscais? 2 - Porque têm votado contra as leis do Orçamento de Estado? 3 - Vão manter mesmo aqueles impostos cuja inconstitucionalidade arguiram, mas que o TC não declarou? 4 - Ao fim e ao cabo, se admitem manter os impostos vigentes, caso empossados, têm vindo a deduzir oposição ao quê?
Depois, cai em mim. Se fosse jornalista, claro que não saberia fazer perguntas destas. Ou faria de conta que o não sabia, não fosse o chefe ficar chateado.
Confuso ? Olhe que não. Desde logo porque os nossos imparciais jornalistas e comentadores já tinham decidido e o "escolhido" foi António Costa. Ora isto é imperdoável. A que título é que Seguro apertou com "o escolhido" ? O que é isso de traição entre camaradas ? E o governo anterior é que deixou o país neste estado miserável ?
Perdeu mais do que ganhou porque a partir de agora nem precisa de abrir a boca para ser prejudicado. A D. Constança está numa fúria. A Fernandinha tem um aperto no coração. O Dr. Maltez azedou de vez. E os sábios que apoiaram ( imparcialmente, está bem de ver) o Costa estão indignados. O Seguro não deixou que a conversa fosse política porque aí o Costa arrasava-o com o "programa a longo prazo" e com "o imperativo de consciência". Mas quem é que se rala com coisas tão sem jeito como a dívida e o déficite? Aquela Judite também anda perturbada, coitada. Foi tudo contra " o escolhido" mas hoje...
Seguro queixou-se. Costa defendeu-se. Sobre política nada. Perderam os dois. Como se resolve a dívida? E o déficite ? Como crescer na economia e industrializar o país ? Não disseram e todos sabíamos que não diriam. Se não querem olhar para Portugal, olhem para França, Itália, Espanha, Grécia...
"No que importa, no campo da política, perderam os dois. Nenhuma ideia, nenhuma proposta, sobre aquilo que verdadeiramente conta para a nossa vida. Nem uma palavra sobre o que fazer à dívida que nos sufoca, ou como garantir a sustentabilidade da Segurança Social que faz das pensões uma incógnita, ou como lidar com um Tratado Orçamental injusto e incumprível numa Europa germanizada, ou como devolver o País à rota do crescimento sustentável, ou como atalhar o flagelo do desemprego, ou... Nada, a não ser generalidades, alguma demagogia e muita vacuidade. " Passos Coelho pode dormir mais descansado.