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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A enorme dívida que Portugal passou a vida a ignorar

É uma enorme vulnerabilidade o nível de dívida que temos e que vai prejudicar imenso a capacidade de recuperação económica do país.

Portugal tem uma dívida de 117% do PIB e a média dos países da UE é de 86%. A folga do nosso país não é nenhuma e assim se percebe porque Costa anda a fazer dos holandeses o inimigo externo.

A culpa não é dos holandeses é do nível da dívida que passamos a vida a ignorar.

Portugal passou "a vida a ignorar" que tem um problema de dívida pública e esse problema vai dificultar o combate à crise económica decorrente da covid-19, alerta o economista. Apesar de a atual crise de saúde atingir todos os países de igual forma, quando for tempo de ajudar à recuperação económica, nem todos terão as mesmas condições para o fazer em virtude dos níveis de dívida pública que apresentam.

"Isso é verdade", mas "o único problema que temos foi ter passado a vida e ignorá-lo", lamenta Vítor Bento, lembrando que "há muito tempo, muita gente alertou para esse facto, que [esse nível de dívida] constituiria uma vulnerabilidade muito grande e que seria sentida em particular numa altura de uma crise imprevisível".

Ou seja, conclui o economista, "estamos a ser confrontados mais uma vez com a dura realidade face às escolhas que fizemos e que deixam um lastro pesado".

Bem podem António Costa e Mário Centeno vender a ideia que não haverá austeridade apesar do muito dinheiro que a União Europeia nos dará. A situação do país não ajuda em nada e iremos ficar novamente para trás.

 

A dívida é um céu de chumbo que paira sobre nós

Todos têm razão perante a degradação evidente dos serviços públicos mas a sua melhoria tem que ser conseguida em paralelo com a redução agressiva da dívida pública .

Sem isso não resistimos ao próximo choque, não podemos garantir um estado funcional e muito menos sonhar com uma menor carga fiscal.

Até 2022 continuaremos esmagados por esse céu de chumbo que condiciona a vida de todos nós. Desde 2011 são 11 anos da nossa vida que carregamos um peso superior a 100% do PIB. Desde o humilhante resgate pedido externamente .

E é também o maior travão ao investimento, que condiciona no presente e no futuro o crescimento da economia e nos obriga a um esforço brutal em juros , bem como a recorrer aos mercados para nos financiarmos.

Até lá dependemos de factores externos que não controlamos.

Não há investimento público por causa da dívida diz António Costa

O primeiro ministro em Espanha diz a verdade que esconde em Portugal. Não há investimento público porque não há dinheiro e a dívida não deixa contrair mais empréstimos. Mas se assim é, e se a dívida precisa de 40 anos para se reduzir até aos 90% do PIB ( no mínimo) e exige que a economia  cresça acima de 3%, qual é afinal o futuro do país ? E é o próprio governo que assinala que a economia vai arrefecer em 2018 e 2019.

“O acerto de António Costa” passa despercebido por cá, a comunicação social só falou no TGV e no novo aeroporto. Mas como é óbvio a questão é bem mais complexa . O cutelo permanece sobre as nossas cabeças.

 

O crescimento da economia não está para durar mas a dívida, sim

dívida continua a crescer já vai nos 132,4% do PIB .A dívida pública aumentou até junho, para os 132,4% do Produto Interno Bruto (PIB), acima dos 130,5% registados no primeiro trimestre e dos 130,3% verificados no final de 2016, segundo o Banco de Portugal.

Apesar da economia Portuguesa ter melhorado em alguns aspetos (contas públicas mais disciplinadas e setor exportador e de turismo mais dinâmicos), e de até se prever que continue para já a crescer, penso as coisas não vão correr bem. O atual crescimento é em grande parte resultado de uma recuperação a partir de um nível de PIB anormalmente baixo (e de desemprego alto), e de uma conjuntura externa favorável. A Espanha, por exemplo, também cresceu acima das expectativas. Eu não desejo um mau resultado para a economia portuguesa, pelo contrário. Fico feliz se errar, porque seria melhor para o país. Mas não deixa de ser esta a minha previsão. (E também a de Nuno Garoupa.)

Os que acham que o recente crescimento da economia portuguesa está para durar vão ter que comer o seu chapéu. Nessa altura culparão tudo e todos, menos a si próprios.

E de repente começou-se a falar da dívida

A dívida pública não reduz e a privada cresce e já está aos níveis pré-crise. Foi assim que tudo começou. A dívida pública é, neste momento, o maior calcanhar de Aquiles da economia portuguesa.

A sua evolução merece reservas e preocupações à Comissão Europeia, FMI, mercados - e até a presidente do IGDP já veio dizer que o país só sairá da notação "lixo" lá para Setembro de 2018.

Vamos pagando ao FMI ( juros mais altos) com nova dívida o que interna e externamente passa a imagem que Portugal não está a conseguir reduzir a dívida.

E o BCE já está a reduzir a compra de dívida e vai mesmo terminar com o programa o que fará subir os juros .

A Comissão Europeia já veio dizer que Portugal só conseguirá atingir uma dívida de 60% do PIB em 2031, o que obrigará o Estado a um esforço de contenção em todos os domínios, desde salários e apoios sociais até ao investimento público.

Não é uma equação fácil de resolver sem uma nova abordagem europeia à questão da dívida pública dos estados-membros. (Nicolau Santos - Expresso)

Portugal economia endividada, 2017. Um país indiferente ao tema. Como se a dívida fosse um tema abstracto da macroeconomia. É cansativo, sim, mas não é abstracto . O que estará o ministro a fazer de errado para que gostem dele ? 

Se o Banco de Portugal não cria limites ao endividamento dos particulares e o governo resume a política económica e a política financeira a cativações, então estamos perante uma bola de neve que rolará para um futuro que conhecemos do passado.

Foi só há dez anos ainda não é bastante para esquecer (Pedro Santos Guerreiro - Expresso )

PS : o texto foi composto por mim a partir de textos dos jornalistas citados

 

Olha o PEC salvador de Sócrates

O governo vai ter que pagar 23,5 mil milhões de obrigações de dívida toda ela contraída pelo governo de Sócrates. Olha se não fosse o PEC IV.

Quem o diz é o IGDP que tem como tutela um governo PS. Parece não haver dúvidas.

Toda a dívida pública de médio e longo prazo contraída junto de bancos e fundos de investimento que o atual governo do PS tem de pagar até final da legislatura foi herdada do executivo, também PS, liderado por José Sócrates, no poder entre 2005 e início de 2011.

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 Leiam, leiam o texto seguindo o link...

A dívida é o somatório de todos os défices

E os défices resultam da despesa ser maior que a receita. Mas os que querem mais despesa são os que querem renegociar a dívida para ficar com mais margem para gastar , o que aumenta a dívida...

A dívida é a memória do comportamento da execução orçamental ao longo de muitos anos, ao contrário do défice que resulta do exercício de um só ano. Os portugueses deviam ter medo de uma dívida monstra que não para de crescer .

A dívida é o sinal mais importante do comportamento da economia e não se paga sem uma execução orçamental sustentada e sem crescimento da economia. E não, não há credores dispostos a emprestar mais dinheiro a quem anda de mão estendida a pedir e não faz o trabalho de casa.

"A divida pública é um problema grande. Nós temos mesmo que fazer diminuir a divida porque essa é que demonstra o nosso comportamento constante ao longo do tempo e os problemas estruturais que o país tem e que fez com que a divida acumulada tivesse crescido tanto", afirmou a vice-presidente do PSD.

O Banco de Portugal (BdP) divulgou hoje que a dívida pública aumentou em Março para 243,5 mil milhões de euros, crescendo 23 milhões de euros face a Fevereiro e cerca 10 mil milhões face ao mês homólogo do ano passado."

Catarina Martins já veio dizer que lançando mão da almofada financeira do Banco de Portugal podemos de imediato gastar mais.

Aumentar despesa e conter o défice implica aumentar impostos e/ou fazer fazer crescer a dívida. E ela cresce...

 

As agências de rating estão a ser injustas mantendo-nos no "lixo" ?

Francisco Veloso diz que as agências também sabem fazer contas. Se as agências vissem reformas estruturais, uma redução do défice sustentável, e a dívida descer alguns pontos , de certeza que o seu outlooking seria melhorado. Mas ao contrário do que o governo nos diz nada disso é visível.

"Mas basta falar com qualquer pessoa que esteja no mercado financeiro, eles também fazem as contas e sabem como é que se chegou a este tipo de resultado e portanto sabem que há factores estruturais que não estão a ser solucionados com o nível de afinco que talvez fosse necessário para mudar o 'outlook' destes investidores internacionais". 

A confirmação do défice histórico de 2,1% não teve qualquer efeito nos mercados

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A política económica de Costa custa 33,6 mil milhões de euros

Para onde enviar a factura ? Uma parte para S. Bento e a outra parte para o PCP e o BE. Reverter o rendimento à custa do aumento da dívida é passar a factura aos vindouros. Porque se a economia não cresce não há como distribuir a não ser aumentando a dívida. É o que o governo está a fazer.

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 E as projecções para a economia dão o crescimento pífio de 1% em 2016 e nos próximos anos, por isso o aumento de impostos é, literalmente, como diz Mariana Mortágua. É preciso ir buscar o dinheiro onde o há. Para já é nos indirectos e quando apertar será nos directos e nessa altura já não haverá diferença entre pobres e ricos. Tal como foi feito nos anos da Troika, sabemo-lo agora.

 As contas são simples. A projecção para a dívida era de 110,3% do PIB mas na realidade vai ficar nos 126,7% do PIB. A diferença é igual a 33,6 mil milhões. Fora os juros cuja taxa não para de crescer. Quem vem atrás que apague a luz.

 

Controlar o défice aumentando a dívida pública

Não haverá resgate graças à Europa. Graças à política de compras do BCE, e à agenda política eleitoral em 2017 com eleições na Alemanha e na Holanda. Costa e Centeno têm pouco a ver com o único resultado positivo que conseguem apresentar.

Mas o governo está a cometer erros enormes. Como tem sido dito, escrito e repetido, não faz reformas, insiste num modelo errado de crescimento económico, agrava a ditadura fiscal sobre os portugueses, ataca a propriedade privada, reforça o poder das corporações que querem um Portugal pobre e dependente, e usa e abusa de habilidades orçamentais para “controlar” o défice, aumentando a dívida pública. Ou seja, o governo está a promover uma tripla transferência de recursos: das poupanças para o consumo, dos sectores privados para a função pública, e das futuras gerações para as actuais. Mau, injusto e imoral.