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BandaLarga

as autoestradas da informação

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E a culpa do PIB não crescer é do Euro ?

Se se corta no investimento para fazer crescer a despesa pública pode esperar-se que a economia cresça ? O que está a acontecer é que o aumento do rendimento dos portugueses está a fazer crescer as importações três vezes mais que as exportações logo, o défice externo cresce. E este défice da balança comercial vai ser pago - como sempre - pelos subsídios europeus e pelas remessas dos emigrantes.

O PIB portou-se melhor do que o esperado no primeiro trimestre de 2019 devido à importação dos aviões da TAP .  Conta-me histórias, António...

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Já estamos novamente a pagar os salários dos trabalhadores lá de fora

Voltamos ao défice de bens e serviços com o exterior. Importamos mais do que exportamos. Este sinal é talvez o mais significativo de todos. Balança comercial deficitária após nove anos com excedentes.

“Ao longo do horizonte de projeção, e tal como em 2018, o contributo da procura interna para o crescimento do PIB será superior ao das exportações. Neste contexto, o crescimento das importações será maior do que o das exportações, o que se traduz num saldo negativo da balança de bens e serviços a partir de 2020“, diz o boletim publicado pelo banco central."

Apesar de apontar para uma degradação em 2020, a instituição prevê que a balança corrente e de capital mantenha uma posição excedentária até ao final do horizonte de projeção (2021), “com um contributo importante do aumento esperado das transferências da União Europeia (UE) neste período.

E o seguro de vida ( UE) lá nos vai mantendo ligados à máquina

Exportações crescem menos do que as importações durante os três anos da geringonça

Outro sinal assustador. As exportações travam a fundo e as importações crescem. O défice comercial dispara. Cá estamos como sempre a pagar os salários dos trabalhadores dos países a quem compramos.

As exportações estão a crescer menos do que as importações há três anos consecutivos (ver gráfico), o que se tem traduzido num aumento do défice comercial durante a atual legislatura. Este efeito é mais intenso porque o montante de importações é superior ao das exportações (75 mil milhões face a 57,9 mil milhões, respetivamente).

As exportações crescem mas as importações crescem mais

E, claro, a balança comercial de bens e serviços aumenta o défice .Muito mau .

Com as importações a crescerem acima das exportações (o que acontece pelo segundo ano consecutivo), o défice da balança comercial subiu para 13.843 milhões de euros em 2017, o que representa o valor mais elevado desde 2011 (16.723 milhões de euros). Uma evolução que ditou o decréscimo da taxa de cobertura (peso das exportações no total das importações) em 1,8 pontos percentuais, para 79,9%. 2017 é assim o primeiro ano desde 2012 em que a taxa de cobertura se situa abaixo dos 80%.

Faltam os serviços que abrange o turismo e a coisa melhora .

Mais um direitolas preocupado com o défice

Vital MoreiraComo já aqui se tinha assinalado há algum tempo, o excedente comercial externo - que é uma façanha recente da economia portuguesa - está a reduzir-se a ritmo acelerado, apesar do considerável aumento do saldo positivo do comércio de serviços (mercê do boom do turismo), uma vez que ele é superado pelo défice crescente do comércio de mercadorias, consequência do crescimento económico interno, e em especial do consumo interno, alimentado pelo aumento do poder de compra e do crédito.
Por este andar - bastará o arrefecimento da invasão turística -, não tardará muito a regressarmos à tradicional situação deficitária da balança comercial global, retomando o endividamento externo da economia portuguesa.

O défice comercial degradou-se

As exportações crescem mas as importações crescem ainda mais. O défice comercial um dos mais importantes indicadores do comportamento da economia, degrada-se . Estamos novamente a pagar os salários dos países que nos vendem.

Exportações congelam. Importações continuam a acelerar

Como resultado, o saldo comercial de bens agravou-se para os 5.383 milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano, mais 1.280 milhões de euros do que se tinha verificado no mesmo período do ano passado. O défice comercial de bens fica, assim, prejudicado com um aumento de 30% face ao mesmo período de 2016. No primeiro trimestre, o total do excedente comercial (em conjunto com os serviços) tinha também diminuído uma vez que o contributo positivo dos serviços não bastou para compensar o contributo negativo dos bens.

Mas, enfim, como nos dizem que na vertente económica só temos tido boas notícias talvez esta seja uma boa notícia.

E a Mariana Mortágua sabe ou anda a ser enganada ?