Um ano a mudar para que tudo fique na mesma
Bruxelas prevê que a próxima será uma década perdida e que em 2027 teremos uma dívida de 131% do PIB.
Num cenário de base (central), que assume a manutenção das políticas e medidas já aprovadas ou prestes a serem-no por parte da maioria que apoia o governo, as perspetivas não são propriamente animadoras. A nível do crescimento médio real da economia, os próximos dez anos serão um género de década quase perdida, com o PIB a crescer em torno dos 0,9% ao ano.
No último ano muito mudou para que tudo fique na mesma .
Os funcionários públicos recuperaram rendimento, mas a classe média continua à espera do fim da sobretaxa. O emprego aumentou ao mesmo tempo que aumentou a precariedade e diminuiu o salário médio. O investimento, público e privado, continua mais ou menos parado. Os juros da dívida aumentaram e levam-nos mais ou menos 5% de tudo o que produzimos anualmente no país. Amortizar dívida continua a ser uma miragem.
Mas por enquanto há a estranha sensação de que vivemos todos melhor .