Países como a Alemanha, os USA e o Japão é que devem arcar com os custos da investigação de projectos tipo hidrogénio ainda imaturos . Portugal não pode arcar com custos que são semelhantes aos custos suportados pela Alemanha país que fabrica a maioria dos equipamentos e que os irá exportar para todo o mundo.
O que nós precisamos é de investimento produtivo virado para as exportações ou para infraestruturas estratégicas que aumentem a produtividade e o crescimento, assegurando melhores salários e assim evitar o caminho que estamos a abrir nos últimos 20 anos rumo à cauda da Europa.
A Estratégia do Hidrogénio proposta é o maior projecto já lançado em Portugal que absorverá uma parte substancial dos fundos europeus, com uma baixa produtividade e alta perigosidade e cuja massificação é incerta.
Primeiro — Sem UE, Banco Central Europeu, fundos, medidas de emergência, etc., não teríamos, nem teria país algum na Europa, a quem recorrer. Há 30 anos, um estudo avaliou o custo da “não-Europa”. Era enorme. Imagine-se hoje: não haver mercado interno. Moeda única. Liberdade de circulação. Padrões regulatórios comuns. Qualquer voz europeia nos areópagos internacionais. Projectos comuns. Ou investigação europeia. E tanto mais que nenhum artigo comporta. Não haver nada disso, como querem populistas e políticos mal informados. E, já agora, se não houvesse Europa, e Bruxelas, e a Comissão, quem acusariam os seus inimigos de todos os males? Segundo — Falta mais e não menos Europa. Se a UE não vai mais longe na saúde, é por não ter poderes. Se não aprova instrumentos financeiros em poucas horas (demora umas semanas...), é por essa aprovação depender da unanimidade dos 27 Estados-membros. Basta um não querer... Terceiro — Apesar de tudo, a UE faz mais pelo conjunto dos seus membros do que qualquer outra organização, país ou conjunto de países. Não é suficiente?
Os custos da não-Europa Caso a integração europeia cessasse, o que ficaria em seu lugar? No lugar do mercado interno, em que mercadorias, serviços e capitais circulam livremente? Do euro, uma das moedas mais influentes do mundo, que impede a armadilha da desvalorização constante responsável pelo empobrecimento de países como Portugal antes da UE? Da regulação comum em actividades por natureza desenvolvidas além das fronteiras nacionais, como as compras online, a concorrência internacional, a aviação ou o ambiente? E o que ficaria da livre circulação das pessoas, senão fronteiras fechadas, intransponíveis riscos traçados no mapa? São exemplos. Talvez bastem duas palavras: Ficaria o Vazio. Proteccionismo e guerra comercial, sendo os países mais pobres mais prejudicados; dezenas de moedas, a custar milhões a empresas, governos e cidadãos; uma confusão de normas regulatórias, com recurso acrescido a mecanismos internacionais de resolução de litígios em detrimento do contencioso institucional ou de Estado, maná para certas profissões; e de novo um continente fechado, onde viajar voltaria a ser difícil. Mais Europa s.f.f. — e depressa
A França fala em 100 mil milhões de euros que o Reino Unido terá que devolver à União Europeia. A ajuda a Portugal ficou-se pelos 78 mil milhões de euros.
Há por aí uns pândegos que queriam a saída de Portugal da UE . Até lançaram uma campanha para preparar a saída, mas que morreu à nascença. Mostra bem que o que move esta gente é o ódio à Europa. Nem contas fazem e se fazem escondem-nas ou vão dizendo que não pagam.
"Podemos sempre debater o montante, mas o facto de o Reino Unido ter de pagar o que deve ao orçamento da União Europeia é um pré-requisito não negociável no início das negociações", adiantou ainda o ministro das Finanças da França.
Queremos o nosso dinheiro de volta. Lembram-se de quem disse esta frase ?
Sabe-se que é insaciável mas não se pode medir. E isso assusta quem tem decisões a tomar no plano do investimento. O que vão querer mais aqueles dois partidos ? E o PS cede até onde e até quando ?
O apoio do Bloco e do PCP ao governo PS terá que espécie de custo? Não se trata de um risco quantificável - por exemplo, o regresso das 35 horas na função pública tem um preço a pagar pelo Orçamento, mas as contas estão feitas, é uma questão de encontrar compensações (mais impostos, outros cortes?). O apoio regateado ao Bloco e ao PCP, partidos com intolerância visceral à economia de mercado, não é apenas um risco que se resolve com uma medida, é uma incerteza absoluta e genérica - e isso faz toda a diferença. As exigências constantes que têm sido feitas por estes partidos ameaçam tornar-se uma espécie de chantagem sem fim. Ninguém sabe ao certo quais serão as de amanhã e as do dia seguinte e as que virão depois e a seguir outra vez. Ninguém sabe quanto podem custar e que danos vão provocar pelo caminho. É esta a diferença entre risco (mensurável e até desejável) e incerteza (o desconhecido), o inimigo número um da criação de riqueza.
Só haverá reversão das privatizações se não derem lugar ao aumento de custos para o estado. O que, obviamente, não é possível. Há custos associados aos concursos que têm que ser ressarcidos. E há lugar a indemnizações por incumprimentos de contratos. E há lugar à devolução de pagamentos já efectuados ao estado como no caso da TAP.
Esta é a posição do PS, com custos acrescidos não há reversão das meninas dos olhos da CGTP. Vamos assistir às primeiras escaramuças violentas com o estalinista Arménio Carlos.
O PS entende que os acordos nestas áreas têm de ser geridos segundo o princípio de que mudanças no que está feito não tragam custos adicionais para o Estado. O partido parece deixar em aberto a possibilidade de votar contra propostas de reversão que, na sua perspectiva, não sejam compensadoras para o Estado. O PCP já apresentou na Assembleia da República uma proposta para reverter as subconcessões dos transportes de Lisboa e Porto, bem como as privatizações da CP Carga e a fusão da Refer com a Estradas de Portugal.
Sempre que conhecemos mais pormenores dos acordos ficamos a perceber porque são secretos e foram assinados envergonhadamente.
Mais uma obra pública à maneira. Partiram do pressuposto que o novo museu teria um milhão de visitantes por ano quando o actual, embora sendo dos mais visitados a nível nacional, não passe dos 200 000 visitantes.
Os custos de manutenção e operação anuais andam pelos 3,5 milhões euros o que constitui mais um pesado encargo para o estado.
Adjudicado durante o Governo de José Sócrates, e finalizado no ano passado, destinava-se à execução das contrapartidas do Casino Lisboa, num investimento de 35 milhões de euros. «A opção de construir este museu foi um erro colossal de política cultural», considerou o presidente do ICOM Portugal, defendendo que poderia ter sido construído um espaço museológico com menor dimensão, e menos custos de manutenção. «Desde o início que advertimos para os custos de construção descomunais, e a não prioridade da construção deste museu que agora irá constituir um grande encargo financeiro para o Estado», opinou. O ICOM receia ainda que os custos de manutenção do museu - 3,5 milhões de euros por ano segundo as estimativas da Secretaria de Estado da Cultura (SEC) - venham a retirar verbas para os museus e monumentos do país.