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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Há perguntas que não são sérias

Corre por aí um vídeo em que um médico pergunta : "porquê pagar 600,00 euros por um exame no privado se no público se paga 8,00 euros ?"

Há perguntas que não são sérias e que põem em causa a respeitabilidade de uma reportagem. Esta é uma: "porquê pagar 600 euros a um privado por um exame que custa 8 euros no público". E a pergunta não é séria porque confunde os custos que o utente paga num hospital público com os custos reais dos serviços hospitalares (muitíssimo superiores) -- para sugerir que os privados se enchem de dinheiro à conta do Estado, multiplicando quase por 100 o custo dos serviços que presta. Note-se que a discordância faz parte dos debates civilizados, é normal não estarmos todo de acordo e é igualmente normal que tenhamos visões diferentes sobre quais são as melhores formas de contribuir para o bem público na área da Saúde. Mas colocar a questão nos termos da pergunta lançada na reportagem é manipulação da informação.

PS :

Brexit com sol na eira e chuva no nabal

Sol na eira e chuva no nabal.

Estes ingleses, tornaram-se numa comédia, e motivo de chacota na Europa.

Então quiseram abandonar a UE para não terem obrigações, mas querem manter os benefícios?

Querem sair da UE mas pretendem lá manter, importantes institutos de investigação financiados pela UE, querem lá manter a base das operações europeias do euro, sem sequer terem aderido à moeda única, e querem manter agências europeias, com milhares de postos de trabalho, altamente qualificados, e que é pago com os impostos de todos os outros países membros da UE?

Estes ingleses, já começam a fazer lembrar as nossas esquerdas, que querem manter as regalias e benefícios da UE, mas não querem nenhumas das obrigações daí decorrentes. Querem usufruir do poder de compra, a credibilidade, e o enorme benefício de termos uma moeda mundialmente convertível, mas depois não querem ter que cumprir as obrigações partilhadas, que uma moeda comum obriga a todos os seus membros.

É preciso ter muita lata, pois vergonha começam a demonstrar que já não têm muita.

PS : O ‘ministro do Brexit’ não aceita que o regulador europeu bancário e financeiro e Agência Europeia de Medicamentos façam as malas e abandonem Canary Wharf, em Londres.

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A treta do custo da escola estatal

Os socialistas são exímios a calcular custos . Não sabemos o que mais admirar se a matemática da secretária de estado se a avaliação do ministro pelo Mário Nogueira . Uma coisa sabemos, estão errados, mas isso é pouca coisa. E na equação não entra o factor qualidade nem o factor preferência dos alunos e das famílias. Isso também não interessa nada. Mas há quem faça umas continhas, uns chatos, que se opõem ao domínio estatal do ensino no país pelo PCP via FENPROF

Um chato ainda mais chato pensou dois minutos e arranjou estas contas que não passam nem pela cabeça do porteiro do ministério ( já que pela cabeça da secretária de estado e do ministro estamos conversados). E lembrou-se de ir ver as contas feitas pelo Tribunal de Contas que, imaginem, chegou à conclusão que o custo por aluno na escola com contrato é bem menor.

Tudo gente que o Mário, injuriado, vai meter em tribunal. Esta gente do ministério da Educação não presta mas a gente diverte-se muito.

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Em Espanha o megawatt/hora custa 45 euros em Portugal 108 euros

Um escândalo! As rendas excessivas continuam intocadas. o Governo "em vez do corte das rendas e redução de custos, o Governo aumentou os preços da energia aos consumidores".

Também de responsabilidade falou Hélder Amaral já que, em seu entender, os preços da energia são dos mais elevados na Europa por conta das rendas excessivas que o Governo PS atribuiu às empresas e, por conta, do IVA que o actual governo se viu obrigado a aumentar, disse, porque estava inscrito no memorando com a troika uma verba para o IVA que o Governo se viu obrigado a cumprir.

Entretanto, o custo social não chega aos mais pobres porque as empresas fornecedoras de energia se aproveitam do desconhecimento dos cidadãos para o negarem, tudo debaixo dos olhos dos reguladores.

Rendas excessivas e sobra-lhes tempo. Basta!

Qual delas é empresa pública ?

 Hoje foi notícia que os resultados da TAP para o primeiro semestre do corrente ano foram de 84 milhões de euros… de prejuízo. Cerca de um mês atrás a Ryanair apresentou os resultados para o primeiro trimestre fiscal (Abril a Julho): 197 milhões de euros… de lucro.

A TAP que sempre foi considerada uma das empresas mais seguras teve nos últimos meses seis incidentes. Não desdenhem porque isto tem muito a ver com os resultados actuais e futuros. E a TAP pratica preços bem mais altos . O que pode fazer a TAP para chegar aos lucros se não pode elevar mais os preços dos bilhetes e não pode reduzir mais os custos operacionais? Se a deixassem vendia a manutenção no Brasil, que só dá prejuízos, e reduzia o número de pessoal indirecto por avião. Como não a deixam, foge para a frente, compra aviões que não são entregues  a tempo e abre mais rotas para onde possa voar. Resultado? Ficam centenas de clientes em terra.

O code share representa 80% do negócio do transporte aéreo. As grandes empresas de transporte aéreo juntaram-se em grandes agrupamentos para partilhar custos. Será que a TAP voa sozinha em rota própria? É que que quem lá está como presidente sabe do negócio. Ou a questão em aberto é a privatização? 

O Estado a eletrocutar a economia

Preços garantidos na produção da energia. Paga-se sempre mesmo que não seja necessária. Contratos em que o estado garante o pagamento do total produzido e o preço. Diz-se no vídeo que na Alemanha o ministro da economia resolveu facilmente a questão. Podem produzir o que quiserem mas os consumidores só pagam o que consomem e o preço é X ( no caso uma rentabilidade de 6%). A biomassa, que é o processo de produção de energia mais barata, fica pelos 120 Euros o Kwts. A eólica ( do vento) porque não há sempre vento e quando há, a energia produzida  pode não ser necessária, sobe para 170 Euros o Kwts . O problema técnico está equacionado mas, politicamente, há quem seja mais poderoso que os governos. E ainda temos que pagar o déficite tarifário que mais tarde ou mais cedo vai ser incorporado na dívida pública. Não deixe de ver o vídeo. É muito pedagógico, pode é estragar-lhe o dia...

Os doentes e as farmacêuticas estão em campos opostos?

Uma pergunta a que não encontro resposta. Por um lado, sem os custos elevadíssimos da investigação não é possível a descoberta de novos medicamentos. Por outro lado como fazer chegar estes novos medicamentos a todos os doentes ? Financeiramente torna-se insustentável para os sistemas de saúde. E ter o medicamento que cura e deixar morrer o doente também não é solução. Serem os estados a investir nacionalizando a indústria é uma perigosa tentação. A burocracia estatal é inimiga da inovação, da iniciativa individual,  da capacidade de  investigação.

Um novo medicamento cura 95% dos casos de cancro do fígado e uma nova geração de medicamentos que actuam estimulando o sistema imunitário, mostram-se capazes de travar os cancros da pele e do pulmão já em estados avançados.

Os doentes querem ter acesso a estes medicamentos mas os accionistas das farmacêuticas querem o seu dinheiro remunerado. Que fazer ? Para já as grandes empresas farmacêuticas andam às compras ou reforçam o outsourcing, junto de pequenas e médias empresas inovadores que chegam primeiro e com menos custos aos novos princípios activos.

Fazer chegar a um número cada vez maior de doentes os medicamentos baixa os custos unitários mas aumenta o montante global a pagar. Como tornar esta equação possível vai exigir muito talento e muita capacidade de negociação. E irá contribuir para encontrar soluções para problemas sociais que actualmente se nos apresentam como contraditórios se não mesmo insolúveis. O mundo tem futuro em liberdade!

Na RTP a elite parasitária defende-se

Custa muito dinheiro e é um merda. Em resumo: a "estratégia" é fazer TV comercial, em vez de alternativa. Não faz qualquer sentido num operador do Estado pago pelos contribuintes. Mas o governo insiste em mudar leis e papéis, enquanto deixa a empresa entregue a incompetentes sem o mínimo sentido de serviço e de respeito pelo povo e seus impostos.

O presidente da BBC, Chris Patten, recomendou que se reduzam a metade as chefias da BBC. A RTP faz ao contrário: deixa sair técnicos e jornalistas competentes, mas nas chefias não toca. A elite parasitária defende-se. E finge: para enganar o governo, há chefias que desapareceram no papel, mas as mesmas pessoas exercem as mesmas funções com os mesmos salários.

Manter esta RTP pública num país pobre e desigual como o nosso é um crime. Quer dizer, mais um!

Os funcionários da RTP deviam ter a coragem de ficarem com a empresa e mostrarem em concorrência e no mercado que são tão capazes como os colegas das privadas. Mas não, querem o melhor dos mundos. Grandes salários e nenhuma audiência.

Fechar boas escolas é uma má ideia

Há que encontrar soluções para ultrapassar desigualdades e encargos. Fechá-las é um desperdício. Não se fecham boas escolas. As escolas caras são as más escolas públicas que, mantendo-se no actual sistema, nunca irão melhorar. As boas escolas devem ser apoiadas embora não de forma a constituírem encargos insuportáveis. Antigos alunos e governo têm que se sentar à mesa e procurar uma solução justa e equilibrada. Não nos podemos dar ao luxo de fechar boas escolas enquanto as más escolas públicas permanecem imutáveis e sem qualquer perspectiva de melhorarem. A má qualidade é que é cara.

 

 

E se lhe cobrarem um copo de água?

Uma parte da explicação pode ser encontrada aqui . O preço estabelece o menu tudo o mais consumido é pago. Se o copo de água não está incluído é pago. Nesta questão há duas visões diferentes. O copo de água como um bem que não se recusa a ninguém e um copo de água que faz parte dos custos de uma conta de exploração.

E há uma terceira visão que é a de o copo de água gratuito se converter a maioria das vezes num desperdício. Não me custa nada, posso deitá-lo fora. Ora desperdiçar água face à sua importância para a vida é um crime ou perto disso. E, assim,  o copo de água gratuito deixa de ter a visão romântica de que "não se recusa a ninguém". Claro que há circunstâncias em que um copo de água não se recusa a ninguém mas na sociedade de abastança e desperdício em que vivemos, um copo de água gratuito corresponde quase sempre a um desperdício que não podemos tolerar. A eterna oposição entre desperdício e lucro.

Só o custo torna o copo de água romântico ao impedir o seu desperdício.