Um estudante pode pagar matrículas de formas diferentes. Por exemplo prestar serviço público.
O que está a ser proposto é que os jovens médicos sejam obrigados a prestar serviço no Serviço Nacional de Saúde como forma de pagar o curso. Mas quem propõe esta medida são os mesmos que andam a propor propinas zero para os alunos do ensino superior.
Para mim é claríssimo que os alunos do ensino superior devem pagar em todo ou em parte o seu curso. Vão ganhar mais na sua vida profissional do que aqueles que não tirando curso superior lhes anda a pagar o curso.
Pedir um empréstimo bancário para pagar a matrícula e pagá-lo durante a vida profissional é o que se faz em vários países. Abre acesso a todos os que estudam a sério sem discriminação económica.
O que não parece razoável é os economistas terem que trabalhar na Administração pública, os juristas, os sociólogos e todos os que se licenciam nas universidades públicas. Ora é mesmo isso que se propõe para os médicos.
Há um problema com a falta de médicos ? Há, mas então encontre-se uma solução equitativa como se faz nos países que não se governam por ideologias idiotas.
Mais um sinal seguro . A tendência de descida que se verificava nos últimos anos foi agora interrompida com um aumento dos alunos no ensino superior. E verifica-se uma procura mais acentuada dos cursos que têm a ver com os sectores económicos mais dinâmicos.
Claro que não há ainda uma plena correspondência entre a oferta e a procura. Um exemplo são os cursos de enfermagem que foram rapidamente preenchidos apesar da forte emigração destes profissionais. Ou será que é por isso mesmo ? Por encontrarem forte procura em diversos países europeus ? Isto é os nossos jovens procuram enfermagem porque querem emigrar ?
As engenharias, com excepção da engenharia civil que viu uma parte importante dos alunos procurarem as engenharias das novas tecnologias, voltaram a ter uma procura robusta. Bem com a engenharia têxtil .
“Considero o aumento significativo de entradas algo positivo, porque a economia portuguesa precisa de mais gente no Ensino Superior. A tendência dos últimos anos era algo que só podia ser visto como preocupante”, afirmou hoje o presidente do CRUP, António Cunha.
A confiança chegou às pessoas, no caso aos jovens candidatos ao ensino superior. Crescimento da economia faz disparar o número de candidatos ao ensino superior.
Vivem do que criticam aos outros. Por outro lado, o facto de estarmos há cerca de dois anos sem realizar qualquer curso de formação profissional, colocou-nos numa situação muito complicada", explicou Joaquim Daniel Rodrigues.
Invasão do MEC de sindicalistas para exigirem abertura de concursos para contratação de mais pessoal não docente, o fim da precariedade, e a portaria que estabeleceu rácios para a afetação de auxiliares de educação às escolas, com a qual o sindicato não concorda. E que tal umas acções de solidariedade para com os colegas? Custam menos que alugar autocarros para virem à 5 de Outubro.
Passos Coelho afirmou ontem que há universidades portuguesas que mantêm «cursos que não fazem sentido apenas porque não sabem o que hão de fazer aos professores que lá têm e apesar dos pouquíssimos alunos que se inscrevem naqueles cursos».
«Há de haver um dia em que essas instituições chegarão à conclusão de que não faz sentido manterem essa oferta», acrescentou Passos Coelho, na inauguração de um centro de investigação e desenvolvimento na área dos jogos digitais, em Barcelos. «Não tenham dúvida, há hoje uma grande desacerto entre a procura que as empresas fazem de mão de obra qualificada, de oferta diferenciada de tipo superior e aquela que o mercado disponibiliza». Sim, estamos a falar de dinheiros públicos!
Há cursos que não têm interesse, não têm qualidade e não têm alunos. Mas mesmo assim permanecem gastando dinheiro. Chegou agora a vez de racionalizar, de juntar, de melhorar. E de poupar e deixarem de andar a enganar os pobres dos alunos que acabam os cursos e ninguém os quer.
De acordo com João Queiró, a introdução da articulação regional da oferta é outra das medidas que consta no despacho enviado pelo Ministério da Educação.
“Cada instituição pode conversar com as instituições suas vizinhas, regionalmente, no sentido de, supondo que todos oferecem cursos similares, com procura reduzida, podem conversar e manter o curso numa delas”, disse. Com isto “contribui-se”, segundo o governante, para o tema que “tanto se fala” da “racionalização da rede”.