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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Eutanásia não é a única solução

Cuidados paliativos : Quando, nos últimos dias de vida, o sofrimento é intenso e refratário à intervenção de uma equipa de cuidados paliativos, poderá ser oferecida ao doente a possibilidade de ficar a dormir através de uma sedação se ele assim desejar para o seu conforto. O grau de sedação é ajustado proporcionalmente de acordo com as necessidades de alívio de sintomas e vontade do doente. Estudos recentes referem que a sedação não antecipa a morte dos doentes.

Tem-se feito alguma confusão entre a utilização de morfina para o alívio da dor de doentes terminais e a morfina como causadora da morte. Pode explicar as diferenças?

A morfina é um dos medicamentos mais seguros que existe. Morrem mais doentes com anti-inflamatórios do que com morfina, seguramente. Se não existissem opioides o sofrimento seria insuportável. A questão é que a morfina está envolta numa série de mitos que levam a que demasiadas vezes a sua prescrição ocorra tardiamente quando o doente tem dores intensas ou não seja mesmo prescrita. Pode ser usada para controlar a dor em qualquer fase da vida e não apenas no fim da vida. A morfina não antecipa a morte dos doentes se for usada por médicos experientes em doses adequadas.

PS : Dr. Eduardo Oliveira - Hospital de S. João no Porto

Se olharmos para o interesse do doente é tão simples

Por cá sempre que se fala em encerrar uma qualquer unidade de saúde, ou reduzir camas, logo aparecem espontaneamente, ora essa, os cordões de solidariedade. "Foi aqui que eu nasci" é um dos argumentos . Mas há países modernos e progressistas, que olham para a mudança como uma inevitabilidade a bem dos serviços prestados à população.

Há por aí uma discussão sobre o encerramento dos Hospitais Centrais de Lisboa. Uma das posições é mantê-los abertos mesmo depois da inauguração do Hospital de Todos os Santos. Como se fosse sustentável. Como se com isso se melhorassem os cuidados prestados. 

Porque é preciso fechar algumas camas para abrir outras e isso gera receios e resistências. Por cada cama de situações agudas que fechamos nos hospitais abrimos três nos cuidados continuados, entre eles os paliativos.

 

 

Mas tem de abrir e tem de ser transparente. Uma cama de internamento num hospital agudo custa 1100 dólares por dia, podemos abrir com esse dinheiro quase três camas numa unidade de cuidados continuados. Os doentes são referenciados e libertam-se três camas dos cuidados agudos. Como só fechámos uma, ganham-se duas. É vantajoso para o doente e para o sistema de saúde.

Se olharmos para o interesse dos doentes é tão simples.