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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Sem alternância no governo o compadrio é inevitável

O caso do Hospital da Cruz Vermelha é exemplar quanto à forma como o PS ocupa o poder há 20 anos nos últimos 25.

Esta não é só uma história exemplar sobre a colonização estatal de instituições alegadamente independentes. É também um exemplo prático de como são sempre os mesmos nomes, em todo o lado.

A polémica em torno da demissão de Francisco Ramos colocou o Hospital da Cruz Vermelha (HCV) na ordem do dia. Vale a pena olhar para ele, para percebermos a forma como o Estado tudo coloniza, como o Partido Socialista tudo controla (sim, se o PSD estivesse há tanto tempo no governo era igual), e como o poder neste país se exerce sempre em circuito fechado, com base em conhecimentos, amizades e compadrio.

E o caso das vacinas usadas em gente não prioritária que mostra como os beneficiados são pais, mães, filhos e primos. A família que tomou conta da Administração Pública e do poder seja ele nacional ou local.

Não vale a pena ter pena dos idosos que morrem nos lares pobres e pouco dignos se o país não enfrentar de vez o empobrecimento que nos envergonha.

Uma inovação do hospital da Cruz Vermelha no ataque ao vírus

Julgo que é inovador e que é a primeira vez que se faz. Pelo menos nunca li nada sobre o assunto.

Basicamente trata-se de despistar através de uma análise ao sangue quem tem uma qualquer infecção. Isso vê-se pela "velocidade de sedimentação" e pelo aumento de certos componentes do sangue.

Feita a despistagem, os infectados seguem para uma segunda análise que se dirige objectivamente à detecção do coronavírus. Vantagens ? 

A análise ao sangue faz-se em 10 minutos ( com resultados) e reduz enormemente o universo de pessoas a analisar para o coronavírus.

Nos últimos dias houve uma disputa entre o corpo médico do hospital - que defendia que o hospital devia continuar a prestar os cuidados para que está direccionado e continuar limpo do vírus - e a administração que decidiu avançar com esta inovação.

Se assim é não está mal visto não senhor e é um exemplo notório da tal capacidade de desenrascanço dos Lusos.