Sem alternância no governo o compadrio é inevitável
O caso do Hospital da Cruz Vermelha é exemplar quanto à forma como o PS ocupa o poder há 20 anos nos últimos 25.
Esta não é só uma história exemplar sobre a colonização estatal de instituições alegadamente independentes. É também um exemplo prático de como são sempre os mesmos nomes, em todo o lado.
A polémica em torno da demissão de Francisco Ramos colocou o Hospital da Cruz Vermelha (HCV) na ordem do dia. Vale a pena olhar para ele, para percebermos a forma como o Estado tudo coloniza, como o Partido Socialista tudo controla (sim, se o PSD estivesse há tanto tempo no governo era igual), e como o poder neste país se exerce sempre em circuito fechado, com base em conhecimentos, amizades e compadrio.
E o caso das vacinas usadas em gente não prioritária que mostra como os beneficiados são pais, mães, filhos e primos. A família que tomou conta da Administração Pública e do poder seja ele nacional ou local.
Não vale a pena ter pena dos idosos que morrem nos lares pobres e pouco dignos se o país não enfrentar de vez o empobrecimento que nos envergonha.