Crianças já sinalizadas e que mesmo assim morrem às mãos de quem as devia proteger . A família e o Estado .
A mais injusta desigualdade acontece logo ao nascer, ninguém escolhe nascer numa família destruturada, a maioria das vezes pobre em que os adultos sofrem de doenças mentais não diagnosticadas. A droga, o álcool e a incapacidade de partilhar carinho e afectos faz o resto.
Estas crianças precisam de cuidados e vigilância que só a proximidade pode dar.
A proximidade pode ser dada pela vizinhança, pela família mais próxima, pela junta de freguesia, apoiada em técnicos sociais, e as escolas . Pagar a " cuidadores informais" para seguir estas crianças em perigo.
A proximidade que o estado não oferece, mesmo os casos sinalizados são perdidos na burocracia dos gabinetes dos técnicos, nos relatórios que ninguém lê, na tragédia que ninguém adivinha.
Descentralizem-se estes apoios sociais para instituições de bairro, para as juntas de freguesia que estão próximas e que conhecem o pesadelo que é a vida destas crianças.
O Estado não pode estar em todo o lado e esquecer estas crianças não é uma burocracia. É também um crime que devia ter consequências.
Já aconteceu o mesmo com a gripe A. As crianças, não se sabe porquê são mais resistentes que os adultos. São da mesma forma infectadas mas de uma forma muito mais leve. Não há conhecimento de situações graves em crianças dos 0 aos 10 anos.
Com o conhecimento que se vai fazendo do vírus, são os idosos com mais de 80 anos e com patologias associadas os que mais morrem. Com uma incidêndia muito menor, ao nível do que acontece com as gripes vulgares, vem o grupo dos 10 aos 40 anos.
Um estudo realizado pela Universidade de Shenzen, na China confirma exatamente tudo isto. As crianças são infetadas, mas não desenvolvem sintomas graves associados ao coronavírus. A taxa de letalidade é muito baixa dos 10 aos 19 anos, 0,2%, e abaixo dos zero aos 10 não há sequer no mundo um caso de morte.
Isto levanta um pobrema. Com o fecho das escolas muitas crianças assintomáticas ficam à guarda dos avós. Ora, os números mostram que estando todos muito preocupados com as crianças o problema centra-se nos lares de idosos.
Francisco Abecasis afirma: "Está tudo muito preocupado com as criança, mas já se percebeu que elas vão ser as mais poupadas a esta epidemia, como já o foram a outras, caso da gripe A. Devíamos era estar preocupados com os idosos, com os lares, etc."
O pediatra referiu ao DN que não é a primeira vez que os mais novos, sobretudo até aos 10 anos, são poupados às epidemias e até a outras doenças, como a legionela, "agora exatamente porquê? Não se sabe". Francisco Abecasis exemplifica: "A doença do legionário não atinge crianças e jovens abaixo dos 16 anos e, tanto quanto sei, ainda não se sabe porquê."
Alunos no ensino superior sem propinas depois de todo o secundário sem propinas. Mas as crianças até aos seis anos não têm creches gratuitas e mesmo a pagar são poucas e más. Será porque não votam ?
Quem puder pagar deve pagar até porque ninguém é obrigado a ir para o ensino superior e porque a licenciatura dá acesso a carreiras profissionais melhor remuneradas.
Bem melhor seria ajudar as famílias com residências, cantinas e livros. No Orçamento de Estado não há verbas para residências e acção social, muito dependente de fundos comunitários, não aumenta .
Eliminar as propinas é pedir aos pobres para financiarem os estudos dos mais ricos . Não é possível governar com dogmas ideológicos .
Rabetas, lésbicas e meninas e meninos fracturantes. O estado, por iniciativa do ministério da educação ( tudo com letra pequena) não pergunta nada aos pais nem aos avós . É pelo cu que entram as coisas ? Aí vai, escolhido para ser lido a crianças de sete anos ou menos. Diz que é cultura e progressista.
Também é progressista e culto respeitar as crianças e as famílias o que esta paneleiragem nunca tem em mente. Toda a merda em que se afundam querem partilhar com quem pensa de outra forma. Mal da Igreja quando defende a inocência das nossas crianças e a tranquilidade das famílias. Fogueiras lentas, santa inquisição .
A Educação é importante demais para estar nas mãos destes doentes .É preciso defender as crianças e os jovens que têm o direito de serem respeitadas e de poderem livremente escolher o seu caminho . O vitor da mãe tem a obrigação de colocar uma bola vermelha nos seus livros pornográficos, sujos e vulgares.
O que mais incomoda é que este livro "escolhido" foi-o por ser sujo e vulgar, pois o autor tem livros que podem e devem ser lidos. Eu não aceito que o estado, este estado, tal como faz na economia queira que todos sejam medíocres, vulgares e pobres, também na Educação.
São uns filhos da mãe para não dizer que são uns filhos da puta. Agora digam que eles são cultos e progressistas e eu sou de direita e reaccionário.
Diz Marcelo Rebelo de Sousa e diz bem. A estabilidade educativa das crianças dos jovens das famílias e das estruturas escolares é o fundamental. Tudo o resto é ideologia, monopólio, tentação pelo poder.
Os sindicatos o PCP e o BE falam na educação como se não tivessem interesses próprios à margem do interesse dos alunos. E inventam e mentem, em relação aos custos, aos rankings, às razões de escolas públicas estarem vazias e as privadas cheias. São uns cordeirinhos...
Pessoalmente, pago a frequência das minhas netas num colégio privado e pago impostos que por sua vez pagam a escola pública. Eu sim, estou a pagar em duplicado mas não me queixo. Não quero é que as más escolas públicas estejam cheias de alunos pobres e sem oportunidade de frequentarem uma boa escola, seja ela pública ou privada. Não quero subsídios nem vantagem nenhuma. O mesmo não se passa com os nogueiras deste mundo e com actrizes convertidas em maus políticos.
O resultado de ser grande, de estar em toda a parte, de não lhe serem imputadas responsabilidades, de haver sempre dinheiro, está todo nesta notícia. O Estado, ou melhor, os serviços do Estado deixaram morrer estas duas crianças. Todos sabiam mas ninguém teve coragem e bondade para resolver esta questão. Porque estas questões resolvem-se com amor e carinho, duas virtudes que o Estado nunca terá. E os gabinetes com ar condicionado lá continuarão o "faz de conta". Ainda se fossem chamados à responsabilidade...
Estão "sinalizadas" pelos serviços do estado mas morrem na mesma. Quantas ? Procedimentos que sinalizam crianças e famílias em ruptura e que, mesmo assim, as deixam morrer não deveriam ser revistos ?
Por exemplo, os serviços do estado serão capazes de se aproximarem fisicamente das vitimas no sentido de captar indícios de agravamento da situação? Parece que não. É também o que se passa com os idosos "sinalizados" que morrem sozinhos. Quem vive perto, sejam amigos ou familiares, são quem primeiro dá o alarme. As vítimas deixam de ser vistos no dia a dia, há rotinas quebradas, há sinais de violência. Não basta estar perto, é certo, é preciso ter olhos e alma para ver. Mas é bem mais difícil para quem está longe, prisioneiro de gabinetes e burocracia. Não vê, não ouve e não ajuda mas sinaliza.
Nasceram mais crianças em Portugal no ano passado. Desde 2008 que o número de partos vinha a cair facto atribuído à falta de confiança dos jovens casais. Adivinhavam um futuro pouco promissor. Agora que a tendência se inverteu é porque a confiança num futuro melhor voltou. Há mais emprego.
Lembram-se daquela discussão sobre o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa ? O director do agrupamento hospitalar do médio Tejo ( Abrantes - Tomar - Torres Novas) explica :
O gestor lembrou ainda que, para além da anestesia epidural, a actividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do CHMT passou este mês a ser assegurada pelos meios clínicos existentes na maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes.
A concentração da actividade cirúrgica de uma mesma especialidade, apontou, vai contribuir para "um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na prestação de cuidados" de ginecologia/obstetrícia.
"A medida traz ganhos evidentes, não só em termos de eficiência, como também de segurança para as utentes".
Os hospitais centrais de Lisboa também deviam funcionar em regime complementar de valências até que sejam encerrados e derem lugar a um novo e moderno hospital. Há mesmo quem defenda que os velhos hospitais ( S. José-Santa Marta- Maternidade Alfredo da Costa- Curry Cabral- Capuchos e provavelmente D. Estefânea) não precisam de ser substituídos por um novo hospital face à muito elevada oferta hospitalar existente em Lisboa
Hoje conheci um jovem casal que anda há dois anos a correr para a Maternidade Alfredo da Costa . Querem filhos mas a jovem não consegue engravidar. Já foi operada no Hospital Pediátrico de D. Estefânia . Agora consta de uma lista de jovens mulheres que como ela não conseguem ser mães. O problema é que a lista é tão longa que lhe disseram que só daqui a dois anos será chamada para o tratamento que, apesar do estado comparticipar, custa 900 euros. À cabeça.
O tratamento é a chamada "inseminação artificial". A jovem tem trinta e três anos, daqui a dois anos o prazo começa a escassear . Vi-a ansiosa e revoltada. Se quisesse fazer um aborto era na hora ( mal ela sabe que há mulheres que abortam duas e três vezes no mesmo hospital público. Grátis). Não soube o que lhe dizer mas a verdade é que esta situação resulta das políticas públicas de saúde.
Os que privilegiam o aborto em detrimento dos nascimentos são os mesmos que andam preocupados com a queda da natalidade. E na fiscalidade aplicada às famílias nunca os filhos foram considerados. E não há creches suficientes nem escolas que os pais deviam poder escolher conforme as necessidades das famílias e não por serem públicas ou privadas.
De uma vez por todas, é necessário que a prioridade seja dada às famílias e não ao estado. Enquanto não for assim não venham culpar a falta de investimento público. É que sem a iniciativa dos privados, nesta e noutras áreas, não saímos desta apagada e vil tristeza.
No tempo em que era ministro Correia de Campos nasciam todos os dias crianças em ambulâncias. Logo que o ministro foi substituído nunca mais nasceram crianças em ambulâncias. E, no entanto, poucos terão feito tanto e tão bem pela sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde como Correia de campos. Agora dia sim dia não morrem pessoas por falta de vagas nos cuidados intensivos. E por falta de medicamentos inovadores.
Para além do "sistema" que vai fazendo o "trabalhinho" junto da comunicação social, tudo isto resulta da insustentabilidade do actual SNS.
Apostou-se num esforço muito grande em adequar os recursos às necessidades efectivas, o que significou mudanças na distribuição das cargas horárias, na racionalização da utilização do tempo dos profissionais, no combate ao desperdício em horas extraordinárias que começou no São João muito antes de se falar em termos públicos. Além da definição de políticas de consumo que permitem adquirir produtos equivalente por menor custo, quer na área do medicamento quer na área dos dispositivos médicos e material de consumo clínico.
Tudo isto, sem o que o SNS é insustentável, é apresentado como a causa de casos menos felizes. Como se não fosse nos hospitais onde morre mais gente.