“Portugal enfrenta um problema demográfico duplo: uma quebra sustentada da natalidade e o envelhecimento progressivo da população”, salienta o PSD e, perante esse quadro, Rui Rio definiu como prioridade o desenvolvimento de “condições favoráveis à maternidade e, em paralelo, atenuar e reduzir drasticamente a pobreza infantil, que existe muito mais do que o que se possa pensar”.
As taxas de risco de pobreza para a população com menos de 6 anos estão acima dos 20%.
Em 1966, recorda o líder do PSD, Portugal registou 206.940 nados vivos; em 2016, o número de nascimentos cifrou-se nos 87.126 indivíduos. O Presidente social-democrata defende também que é preciso “reduzir drasticamente a pobreza infantil”.
Rui Rio critica o Governo por não apresentar medidas que respondam ao desafio demográfico. “Este Governo nesta matéria tem resposta zero. Há um vazio completo relativamente a este problema demográfico, ao apoio à maternidade e incentivo à natalidade. Há soluções zero”, sublinhou.
“O Partido Socialista e o Governo em concreto dizem que a solução para este problema [natalidade] passa pela imigração. Nós entendemos que a solução tem de estar ao nível da taxa de natalidade. Temos de criar condições para que nasçam mais crianças”, acrescentou o Presidente do PSD.
As crianças merecem tudo até uma creche para que os pais possam trabalhar aos sábados. Nada a dizer . Mas quando esta creche é o resultado da "greve histórica" e das manifestações dos sindicatos na Autoeuropa lembra a "montanha que pariu um rato ".
Os sindicatos em assembleias onde compareciam 500 dos 5 000 trabalhadores recusavam os acordos conseguidos pela administração da empresa e a comissão de trabalhadores, e exigiam ao governo que negociasse com o Grupo alemão a estratégia para a produção futura dos modelos eléctricos, exibindo uma petulância que roçou o ridículo.
Não só pelo que a empresa representa para o país em termos de PIB, exportações e emprego mas, também, porque a Volkswagem jamais aceitaria jogar os seus princípios e regras com sindicatos que visam objectivos políticos. Não cedendo a AutoEuropa reduziu o problema a uma creche que a Segurança Social paga ( os contribuintes pagam).
Os sindicatos ( da CGTP) julgam que salvaram a face com a esmola mas na verdade sofreram uma derrota histórica. O secretário geral da UGT, sensatamente, veio criticar a CGTP por andar a brincar com o emprego de milhares de trabalhadores e a confirmar a batota que se fazia nas assembleias gerais de trabalhadores.
A táctica é mais que conhecida e até as palavras e a entoação são as mesmas. Todos nos lembramos e a memória não se apaga com ridículas demonstrações de força que não se possui .
A Autoeuropa é uma empresa privada não depende do Estado. E o governo paga a creche a estas crianças filhas de trabalhadores bem remunerados o que não faz com as crianças de trabalhadores menos afortunados.