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BandaLarga

as autoestradas da informação

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PC, BE e PS fecharam os olhos aos créditos tóxicos da Caixa pública

O actual governo tudo fez para que não se conhecesse o relatório da auditoria à Caixa . O PCP, o BE e algum PS esconderam até agora a relação dos nomes dos grandes devedores. A razão foi sempre óbvia. A Caixa pública, nossa, não pode chegar aos cidadãos com imagem miserável.

Só uma pequeníssima parte dos créditos milionários concedidos é que obtiveram parecer positivo do conselho de risco do banco, todos os outros foram movidos a palpites, comissões e a influências políticas.

Qualquer banco público tem este enorme problema. Está muito mais sujeito a influências políticas do que um qualquer banco privado, o que é conhecido há muito pelos nossos partidos estatistas. Ser público, a partir de agora, não é argumento para ser "nosso" .  Tem que ser provado.

Crédito e dívida elevados conduzem a recessões

Temos as duas o que mostra que não aprendemos nada. Aliás, instituições internacionais já prevêem que Portugal caminha alegremente para ser o país mais pobre da Europa nos próximos dez anos.

Quando as expectativas extrapolativas são combinadas com um sistema financeiro inerentemente frágil, o resultado é um ciclo previsível de booms e crises. Em algum momento durante os tempos de prosperidade económica, o entusiasmo irracional ganha força e empurra os preços das acções, dos imóveis ou de ambos para a estratosfera. Quando eles inevitavelmente caem, os bancos entram em colapso, arrastando o resto da economia com eles.

Outros documentos encontram uma correlação entre o rápido crescimento do crédito e o aumento do risco de recessão.

Todos esses documentos têm uma coisa em comum - usam a dívida para prever recessões com anos de antecedência. Isso condiz com a sabedoria popular que surgiu depois da crise de que os problemas nos mercados de crédito são a fonte tanto dos colapsos financeiros como das desacelerações económicas que vêm depois.

 

Crédito bancário para comprar carro e habitação

As famílias como não tem onde colocar a poupança ( os juros são negativos) compram carro e habitação com crédito bancário . Mas os juros vão subir (não é "se" é "quando" ) e as famílias dificilmente vão ser capazes de aguentar financeiramente o contrato com o banco.

Nada que não tenha acontecido nestes anos de crise, só cai quem quer . Mas a culpa é especialmente de quem anda a deitar foguetes e a apanhar as canas dando uma imagem errada da situação do país. Tudo é a vitória do século escondendo que a economia está a arrefecer e que vamos voltar a divergir da Europa.

PS : erros de teclado

Logo que nova crise chegue ( não é "se" é "quando" ) Portugal tal como em 2008 vai ser apanhado com as calças na mão, os bancos com crédito mal parado e as famílias a perderem a casa e o automóvel.

A ladainha vem a seguir, a culpa é dos bancos que, certamente, vão ser salvos com o dinheiro dos contribuintes.

 A crise a nós vai-nos atingir com estrondo, aos países que se preparam nos tempos de vacas gordas, toca de raspão.

Tudo como dantes quartel general em Abrantes .

 

Os sinais estão aí mas ninguém os quer ver

crédito às famílias cresce para compra de habitação e a poupança cai a pique. Um "boom" na habitação é cada vez mais previsível. O crédito às empresas não arranca. O orçamento para 2018 é mais uma prova com os partidos a ver "quem dá mais "

Este momento de crescimento deveria servir para nos acautelarmos para a crise que mais tarde ou mais cedo chegará . Os juros irão subir( com o fim do quantative easing) do BCE e com o nível da nossa dívida é um problema que exige contenção e caldos de galinha.

As autárquicas com os resultados medíocres do PCP e do BE vieram atiçar ainda mais as exigências sindicais.

Este era o momento certo para se concretizarem as já cansativas reformas estruturais. É óbvio que as políticas que promovem a eficiência e que em geral têm como consequência a redução do emprego e a moderação do crescimento deviam ser realizadas nos tempos de prosperidade. Infelizmente não existem condições políticas para se concretizarem essas mudanças. Vivemos em permanente campanha eleitoral, com o Governo e os partidos que o suportam no concurso do “quem dá mais”, na expectativa de segurarem e aumentarem o seu eleitorado.

A dívida está de volta é com ela que o país cai nas mãos dos credores

Os erros são os mesmos e os resultados serão os mesmos se não se parar com o processo a tempo. Os últimos dados do Banco de Portugal não enganam.

Apesar da austeridade de “cortes-cativações” no Estado, apesar do crescimento muito dinâmico da economia, apesar da extraordinária redução do desemprego e, ainda mais importante, da criação de emprego, o endividamento continua a aumentar. O maior alerta vem do lado das famílias.

Depende do que for o crescimento da economia nos anos que se seguem. É um bom começo, mas se não começarmos a amortizar seriamente a dívida estamos nas mãos do destino, da próxima crise que é sempre certa.

O panorama é menos animador nas famílias. A confiança regressou e com ela o endividamento. Os empréstimos concedidos às famílias para consumo e outros fins estão com uma taxa de crescimento anual de 5%. O que significa que está a crescer bastante acima do rendimento disponível.

Crédito à habitação em máximo de sete anos. Crédito ao consumo mais alto do que em 2010, antes da troika. Deco alerta para risco de famílias e Banca estarem a repetir erros.

 

As razões para o resgate já estão aí todas

A entrar em 2017 sem aprender nada com 2010. Os portugueses começaram a alargar o cinto. O consumo está a crescer à custa do crédito bancário pessoal . Crédito para compra da habitação, de automóveis já colocaram as compras ao nível de 2010. Em contrapartida, os indicadores de actividade económica e de clima económico que traduz a confiança dos empresários, estão a degradar-se.

Este novo aumento da procura está novamente a fazer-se à custa das importações . E os desequilíbrios daí resultantes levaram-nos ao pedido de ajuda internacional.

Não há ninguém ao nível do Ministério das Finanças ou do banco de Portugal que alerte quem de direito para este estado de coisas e que implemente medidas ao nível fiscal ou bancário que travem o excesso de consumo que está de regresso e em força ?

Com uma previsível subida das taxas de juro e o eventual fim da compra de títulos da dívida pública por parte do BCE vamos ter problemas sérios em 2017 - o que quer dizer que não aprendemos nada em 2010 .

PS : com Nicolau Santos -Expresso

Então sempre é verdade ?

O insuspeito Nicolau Santos pergunta : como é possível que se esteja a repetir o quadro macroeconómico que nos levou ao pedido de ajuda internacional em 2011 ?

Há vários factores que concorrem para tal adianta o jornalista do Expresso. Primeiro a devolução de salários na Função Pública e outro tipo de rendimentos ( nomeadamente  pensões e reformas)  a par de algum desagravamento fiscal colocou mais dinheiro nas mãos das famílias e assim voltaram à compra de produtos importados . Contudo parte do dinheiro não é delas resulta de crédito bancário. Com efeito o crédito pessoal está a crescer 29%, o crédito para carros novos sobe igualmente 29% e para compra para carros usados vai nos 26% .

A poupança das famílias está em mínimos históricos, o crédito em risco vai nos 15% e a compra de automóveis cresce ao dobro na União Europeia. (14,4%).

Que isto é preocupante não há duvidas . O governador do Banco de Portugal já veio dizer que " a festa vai animada" e que no futuro o BdP vai ser um desmancha prazeres, "impondo restrições às bebidas no momento do bar aberto ". Pois bem, a pergunta é : até quando é que o governador do Banco de Portugal vai deixar o bar aberto, se considera que grande parte dos participantes na festa já estão bêbados ?

Não chega falar é preciso agir .

 

 

 

 

Os contribuintes vão receber devolução de impostos

O objectivo de aumento da receita de 5,1% em relação a 2014 está a cumprir-se segundo dados relativos a Julho. Como se pode ver aqui : lucro das empresas faz disparar arrecadação de impostos

"Dos 760 milhões de euros que os trabalhadores e pensionistas pagam anualmente de sobretaxa do IRS de 3,5%, o Governo prepara-se para lhes devolver 190 milhões de euros em 2016. Com base nos dados da execução orçamental até Julho, os contribuintes poderão reaver 25% da sobretaxa uma vez que a receita de impostos está acima dos valores previstos, sabe o Económico. Contas feitas, a nova estimativa do crédito fiscal permite antecipar um corte da sobretaxa de 0,875 pontos percentuais para 2,625%."

A economia está mais robusta. Mais lucros, mais emprego, mais impostos.

Os portugueses voltam a endividar-se para consumir

Para a compra de automóveis e para fins não específicos, leia-se consumo de bens correntes, os portugueses voltam a endividar-se. A confiança em tempos melhores voltou. Novos máximos em Junho.

 Em termos homólogos registou-se, segundo os dados do Banco de Portugal, um crescimento de 21,48%. face ao mesmo mês de 2014. No caso dos créditos para automóvel, o aumento é ainda mais expressivo: 42%.

Este forte aumento, numa base homóloga, é explicado pelos créditos pessoais e os empréstimos para a compra de carros. Os financiamentos pessoais, sem finalidade específica, continuam a dominar estes créditos, totalizando 174,2 milhões (42,6% do total), apresentando um aumento de 14,8% .

É mesmo preciso incentivar o consumo das pessoas e das famílias ?