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A economia está a melhorar em relação às previsões do governo. O desemprego está a baixar puxado pelas exportações ( ao contrário do governo que apostava na procura interna) . Quer dizer, sem investimento que se veja o que está a acontecer é que o potencial instalado está a recuperar. Por exemplo, uma fábrica que estava a produzir a 70% está agora a 80/90% .É também por isto que o Banco de Portugal já está a apontar para um decréscimo em 2018 e 2019.
Não chega sequer para convergir com a União Europeia . Mas o alvoroço e os foguetes são muitos.
A melhoria das expectativas para a economia portuguesa vem, contudo, acompanhada por um aviso: o “ritmo de crescimento [é] inferior ao necessário para o reinício do processo de convergência real face à área do euro].” É que Portugal cresce mais depressa, mas não ultrapassa o ritmo dos parceiros da união monetária e, por isso, não chega para recuperar o caminho perdido. Aliás, o Banco de Portugal nota que “no final do horizonte de projeção, o PIB situa-se num nível próximo do registado em 2008”.
A instituição frisa “a importância e urgência” de “aprofundar a orientação de recursos para empresas mais expostas à concorrência internacional e mais produtivas”, bem como de “continuar o processo de redução do elevado nível de endividamento dos vários setores, reduzindo a vulnerabilidade da economia portuguesa a choques”. É a repetição do pedido de reformas estruturais, que tem marcado o debate público, já que se mantém uma “elevada incerteza” e persistem “riscos descendentes, a nível interno e externo”, como nota o Banco de Portugal.
Á esquerda quem não é por nós é contra nós. Parece que ao fim de quarenta anos haja quem tenha percebido isso. Já é um avanço. Com purgas e repressões não há solução que nos valha. O problema é que o “meio da esquerda” nunca foi determinante em nenhum dos partidos estabelecidos. No PCP, os críticos foram sendo ciclicamente afastados. No PS, a “ala esquerda” foi por vezes tolerada, por vezes cooptada, mas quase sempre mantida à margem. E, no Bloco, de onde muitos (incluindo eu) esperaram ver resolver-se esta equação, os setores mais sociais-democratas e abertos ao diálogo foram sendo sucessivamente reprimidos, até à saída final.
Não existe um extremo do eleitorado doutrinariamente anti-capitalista e marxista-leninista, de um lado, e um centro compassivo com o carreirismo e o clientelismo do poder, por outro. A maior parte dos eleitores de esquerda estão no meio, procurando pela realização de um país em que as desigualdades sejam combatidas e a pobreza erradicada, onde haja um acesso universal às provisões públicas, e onde uma economia mista e diversificada possa dar hipóteses justas de progresso social e pessoal aos portugueses. Quem pensa assim é apodado de reaccionário.
Estamos todos suspensos. Dizer que há uma divergência insanável e depois não concretizar, não trocar por miúdos, tira seriedade à informação. Temos aí os jornalistas afanosamente , junto das fontes, no tiro ao alvo, desporto nacional a ver se acertam. Ora bastava que Seguro dissesse qual é a tal divergência insanável. Até porque, como todos já perceberam, a divergência só é insanável até ao momento em que PS e PSD tenham que se juntar para formar governo. Nessa altura acaba a divergência. E vamos perceber todos que a haver divergência não serve para nada, até porque o caminho está a ser aberto agora, com a forma como o país sai do ajustamento e com as conversas em Bruxelas e Berlim. E a divergência não entra nas contas. O próximo governo, seja ele qual for, vai ter que se guiar por um guião que está agora a ser preparado. Seguro só arranjou maneira de estar fora da solução.
Tudo aponta que pela primeira vez Portugal possa convergir com a UE em vez de divergir. Há quinze anos que divergimos, a UE cresceu mais do que nós. Portugal deverá crescer entre 1% e 1,3% ao longo deste ano, podendo superar o ritmo de crescimento de 1,2% previsto para a Zona Euro. A única forma de resolver o desemprego, os baixos salários, pagar a dívida é fazer crescer a economia. Falta o consenso entre o governo e o PS, reformar o estado e o Tribunal Constitucional estar à altura do superior interesse do país.
Dizem mentiras e falsidades para não fazer a convergência à esquerda, queixa-se o Rui Tavares. João Semedo que, note-se, foi quadro do PCP durante muitos anos, em que é que se diferencia no essencial do Partido Comunista? O PCP diz que nunca se juntou ao PS com medo do "abraço de urso". Leia-se, ir para o governo com o PS é um suicídio. O BE diz que não "dá a mão ao PS para este governar à direita" .É o mesmo com outras palavras. PCP e BE o que dizem é que só convergem com o PS se este deixar de ser socialista e passar a ser comunista.
Onde é já se viu um partido com 35% dos votos deixar de ser quem é para passar a ser o que são dois partidos que representam, juntos, 17% dos votos?
A verdade é só uma. PCP e BE gostam do lugarzinho de conforto onde estão. Oferecem tudo porque sabem que ninguém lhes exige nada.
Silva Peneda : " Sublinhando que não percebe a dificuldade de entendimento “naquele que é o interesse nacional” – a construção do novo modelo económico –, Silva Peneda recorda que todos os parceiros sociais disseram estar disponíveis. “Nenhum se opôs. Desde a CGTP, UGT, à CIP, CAP, CCP, todos eles, nenhum se opôs. Eu não percebo – e tenho muita dificuldade nisto – por que razão questões de natureza político-partidária, menores seguramente, fazem com que não se enfrente este tipo de realidade, este tipo de necessidade”, acrescenta.
O ex-ministro do Emprego e Segurança social insistiu também, nesta entrevista à RR, na abrangência de um eventual entendimento. “É muito difícil tentar obter um acordo junto dos parceiros sociais apenas numa vertente. O Documento de Estratégia Orçamental – DEO – está muito relacionado com a forma como está a Segurança Social e outros aspectos, com a forma como a economia vai crescer”.
“É preciso uma abrangência mais global. É preciso ter uma visão do país. É preciso ter uma visão acerca do modelo económico que queremos ter para o futuro. Julgo ser fundamental que os parceiros sociais se comprometam também com esse tipo modelo e só na base de uma discussão muito séria e com certeza algo demorada. Mas, eu julgo que há, neste momento, condições para aproveitar esta oportunidade”, diz Silva Peneda.
Deixemo-nos de hipocrisias. Só falta o PS ! PCP e BE nunca farão qualquer acordo! Não precisam dele mas o país também não!
Alberto João Jardim, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix estão todos a favor da inconstitucionalidade da convergência das pensões. Pois claro, são todos pensionistas da CGA. Mas para gente que chegou tão longe é uma razão bem fraquinha para não lhe chamar mesquinha.
Que a oposição esteja contra percebe-se, mais não seja porque quer fazer a vida negra ao governo, agora gente da mesma área política do governo...
E que dizer dos juízes do Tribunal Constitucional que ao fim de dez anos em funções têm direito a reforma ? Já agora, não é inconstitucional os Juízes decidirem em "causa própria" ?
Aqui para nós. Se os juízes se limitassem a produzir o acordão e não dissessem mais nada nós, pronto, diziamos que é assim a democracia. As instituições estão a funcionar, está tudo bem. O pior é quando dizem coisas destas. "
Amanhã temos as taxas de juro a subir, abre-se um caminho de maior empobrecimento mas isso não interessa nada. Tivessem atendido à "forma". Esta explicação para mim é suficiente e se tinha dúvidas deixei de as ter. Este país com esta Constituição não pode ser um país equilibrado financeiramente e vamos continuar a entrar em falência periodicamente. Como, aliás, tem acontecido.