A ADSE tem como prioridades alargar a cobertura a todos os funcionários públicos e alargar e diversificar a rede de prestadores ( convenções com privados)
O instituto público dá protecção na saúde a mais de 1,2 milhões de beneficiários e gere acima de 678 milhões - quase tanto quanto vale o mercado de seguros privados em Portugal.
Enquanto BE e PCP e uma parte do PS clamam contra " a saúde não é um negócio" ( já as listas de espera da vergonha no SNS que alimentam o negócio das funerárias não os incomodam), o governo alarga a parceria com os sectores privados e social. Agora na ADES mas também em parcerias-público-privadas para a concepção/construção/manutenção/gestão dos novos 6 hospitais ( Novo Hospital de Lisboa Oriental- Hospital do Seixal/ Hospital de Évora/Hospital Central do Algarve , hospital de Sintra e Hospital da Madeira).
Demarcar-se dos socialistas, dizer que sozinhos são um perigo porque viram à direta, e enaltecer os feitos conseguidos pelo BE em regime de influência ao PS. “Se com 10% conseguimos isto, imaginem com mais“, chegou a dizer Joana Mortágua. É esse o mote do BE para o ano eleitoral que aí vem: pedir mais votos, mais força, porque o voto útil acabou e cada partido conta. Já se percebeu que a porta para uma nova “geringonça” está aberta, mas desta vez o Bloco será mais exigente, e não vai querer ficar em segundo plano.
É verdade que falta um ano para as eleições legislativas, mas a campanha já está definitivamente no ar. Registamos aqui os muitos momentos em que, no primeiro dia de convenção, os bloquistas atacaram o PS para salvarem a sua pele nas urnas.
Fica claro que, daqui para a frente, e para efeitos de caça ao voto, o PS é mesmo o novo adversário do BE. Ou melhor, a sombra de uma eventual maioria absoluta do PS é o diabo a evitar em 2019.