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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Mais um direitolas preocupado e já em 2017

Mais um direitolas preocupado com o défice

Vital MoreiraComo já aqui se tinha assinalado há algum tempo, o excedente comercial externo - que é uma façanha recente da economia portuguesa - está a reduzir-se a ritmo acelerado, apesar do considerável aumento do saldo positivo do comércio de serviços (mercê do boom do turismo), uma vez que ele é superado pelo défice crescente do comércio de mercadorias, consequência do crescimento económico interno, e em especial do consumo interno, alimentado pelo aumento do poder de compra e do crédito.
Por este andar - bastará o arrefecimento da invasão turística -, não tardará muito a regressarmos à tradicional situação deficitária da balança comercial global, retomando o endividamento externo da economia portuguesa.

Não conseguimos sair do ciclo crescimento-dependência-crise?

As contas externas estão numa situação bem mais periclitante do que parece. Devíamos estar a acumular reservas para pagar a dívida.

O crescimento potencial da economia depende do aumento do investimento, o que só pode ser conseguido: I) ou com aumento da poupança, para o que é necessário que o consumo, privado e público, cresça menos do que o PIB, e assim se preserve o equilíbrio externo e, desejavelmente, se consiga reduzir a dívida externa; II) ou se continua a estimular os consumos e voltam a acumular-se défices externos, aumentando a dívida externa, a vulnerabilidade do país e a sua dependência do exterior.

Saldo comercial externo melhora na Europa mas piora em Portugal

Cá estamos nós a divergir da Europa .E, no caso, um indicador preciso que nos indica que estamos a empobrecer. Andamos a pagar os salários dos trabalhadores estrangeiros.

O mesmo acontece no crescimento da economia que cresce menos que a média europeia. A divergir, portanto. 

uma análise aos primeiros nove meses do ano mostra que, em Portugal, as importações cresceram 13% enquanto as exportações cresceram 11%. O défice comercial piorou de oito mil milhões de euros, no mesmo período do ano passado, para dez mil milhões de euros de janeiro a setembro de 2017.

É preciso que os subsídios europeus e as remessas dos emigrantes equilibrem as coisas.

Apesar das maiores vitórias do século, repetidamente anunciadas pelo primeiro ministro, é disto que se trata. Empobrecer .

 

 

Défice da conta corrente o que sempre nos levou à bancarrota

Entre Abril e Julho Portugal teve um défice de 1 100 mlhões. O segundo mais elevado da Zona Euro .

No segundo trimestre, o saldo da balança de transacções correntes em Portugal foi negativo em 1,1 mil milhões de euros. Portugal é assim dos poucos países da União Europeia com um saldo negativo neste indicador das contas externas no segundo trimestre.

Uma posição no ranking que, apesar de já ter acontecido no passado mais recente, ganha relevância dada a dimensão da economia portuguesa (os dados apresentados são em valor e não em função do PIB) e a tendência de saldos positivos registados recentemente.

A deterioração do saldo de conta corrente de Portugal deve-se sobretudo à evolução negativa da balança comercial, já que as importações têm nos últimos meses crescido de forma mais acentuada do que as exportações. Um desequilíbrio que não tem sido possível compensar com a evolução positiva nos serviços, que beneficiam com o bom momento no turismo.

As exportações são uma treta segundo o BE

Quando a Catarina Martins se saiu com essa boutade grotesca já sabia que as exportações tinham iniciado uma trajectória descendente. Nada como dizer o que for preciso para desvalorizar. O consumo interno é que é.

Mas o ministro da Economia que sabe um bocado mais destas coisas mostra-se preocupado com a deterioração das contas externas. É preciso inverter a tendência diz. Manuel Caldeira Cabral também sabe que este é o primeiro sinal negativo, esta semana vamos ter outros. No investimento, no crescimento do PIB, na criação de emprego...

Défice em 3% sem os efeitos do Banif em 2015

Há quarenta anos que não tínhamos quatro anos seguidos de contas externas positivas feito conseguido com um aumento nas exportações de 28% do PIB para 46% . A Catarina Martins, ignorante, é que diz que o crescimento da economia através das exportações é uma treta. Mas a economia cresceu 1,5%.

Treta é conseguir crescer significativamente com o aumento do consumo interno como se vê pelas projeções que têm uma trajectória descendente. (1,4%)

Fica patente um trajecto de consolidação orçamental que se seguiu ao "pico do défice em 2011 de 10,2%", trata-se de "um ajustamento muito grande".

Não é perfeito nem para lá caminha mas a comparação está aí para quem estiver de boa vontade.

Exportações em máximos e importações a descer

Este é mesmo o melhor de dois mundos. Convém não estragar porque se trata de um resultado que Portugal nunca teve.

O mérito é das empresas que tiveram capacidade para mudar a agulha e reorientarem-se para os mercados externos. E o governo tem feito um enorme esforço em facilitar, ajudar e contactar ao mais alto nível as entidades desses países compradores.

No inicio da crise tínhamos 15 000 empresas exportadoras agora temos 23 000. É este esforço e esta orientação que são necessários não podemos voltar ao consumo interno e à obra pública que é o que o PS propõe ainda por cima com dinheiro que pertence à Segurança Social .

Estes são os resultados apenas de Julho. Se olharmos para o trimestre terminado nesse mês (Maio a Julho), observa-se o crescimento de 6% das exportações e de 3,8% das importações em comparação com o mesmo período do ano passado. Como consequência, o défice da balança comercial diminuiu 175,4 milhões de euros, tendo-se fixado nos 2.597,1 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 83,9%.

E as exportações que há quatro anos andavam nos 24% do PIB estão agora nos 44% do PIB.

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A "boa imprensa" não fala das Contas Externas

Tavares Moreira acompanha, atento, o comportamento das nossas Contas Externas  (  talvez o mais importante dos índices económicos) que raramente são referidas na imprensa . A razão é simples. São uma boa surpresa.

"Vivemos, efectivamente, num universo mediático em que a mais rematada incoerência e a falta de conhecimento dos assuntos tratados dão as mãos para informar o público da forma mais desastrada e (naturalmente) causadora da maior confusão…"

"Contra toda a expectativa (minha, inclusive), a informação hoje divulgada pelo BdeP relativa à posição das contas externas no corrente ano, até ao final de Setembro, revela uma considerável melhoria face aos valores registados em igual período de 2013."

Um saldo dos saldos, ou seja Balança Corrente + Balança de Capital,  positivo, de € 2.697,3 milhões, superior em 28,4% ao observado em 2013 (€ 2.101,1 milhões).

Não deixa de ser curioso notar que assistimos, na semana passada, a mais um incompreensível exercício de lamentação colectiva, por parte da generalidade dos "media" bem como de boa parte dos "opinion-makers", a propósito do anúncio do agravamento do défice comercial ( de Mercadorias, não considerando os Serviços, que também fazem parte do saldo comercial) até Setembro…

E nós temos culpa que eles produzam carros a que não resistimos?

Já estamos a puxar pela economia da Zona Euro. Compramos carros a granel. Estamos a voltar ao tempo, de que não temos culpa nenhuma, de comprarmos os submarinos e tudo o que os Alemães precisavam para manter  a sua economia à tona de água enquanto a nossa afundava.

Ainda mais curioso é que são os países que estão a sair de programas de austeridade que mais automóveis compram. Mercedes, BMW e Audis...todos importados, evidentemente.

Mas o que leio aqui ainda me baralha mais: Economia portuguesa a "puxar" pela Zona Euro ? Quem diria...

"Deveremos assim concluir que a economia portuguesa, apesar da sua considerável pequenez e das imensas dificuldades com que ainda se defronta para poder crescer de forma sustentada, está já funcionando como uma das (poucas) “locomotivas” da zona Euro, promovendo a procura interna e tentando assim combater os fantasmas da deflação e da estagnação económica que tanto assustam os “media” e os “opinion-makers”…

Pois, assim seja, mas a importar automóveis?