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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Construção - desemprego recuou 21,8% no 1º trimestre

Desde 2002 que não havia indicadores tão positivos no sector da construção civil .O investimento cresceu 8,5% e o valor acrescentado bruto aumentou 7,6%, indicadores que estavam em queda consecutiva desde o primeiro trimestre de 2002. Mais importante ainda, o desemprego do sector recuou 21,8%, em Abril, enquanto o número de insolvências diminuiu 20,6%.

Já se está, de novo, a construir habitação nova em Portugal. Pela primeira vez em 13 anos, o número de novos fogos em construção cresceu. No primeiro trimestre do ano construíram-se 1797 habitações novas, um aumento de 14,6% face a igual período do ano passado.

Estes indicadores estão em sintonia com as transacções do imobiliário. O programa  "Vistos Gold" ajudou em muito a esgotar o stock existente depois do rebentamento da "bolha" do imobiliário em 2008 .

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Se voltarmos ao betão criamos no imediato 90 000 postos de trabalho

Há que dizer que a reabilitação urbana é mesmo necessária e que há muitos investidores interessados. Essa aposta é hoje visível em todo o centro de Lisboa. E já há quem aponte baterias para o Porto. Há necessidade, há dinheiro e há investidores. Falta o governo dar prioridade já que as câmaras também estão interessadas.

Mas o "canto da sereia" envolve a construção das barragens previstas no plano nacional e a construção de mais umas tantas auto-estradas. Mais um poucochinho e estamos novamente na política do betão. Porque há que dizê-lo, o dinheiro que for investido no betão vai faltar noutras actividades. E nós já todos vimos no que deu essa política.

Segundo o sindicato, “estes 90 mil postos de trabalho seriam criados no imediato, mas, dado o avançado estado de degradação de esquadras da PSP, de quartéis da GNR e de bombeiros e da via férrea, poderiam ainda ser criados, a médio prazo, mais 30 mil postos de trabalho”.

Assegurando que “há dinheiro para isto”, Albano Ribeiro admite que “uma ou outra” obra venha a avançar na sequência deste alerta do sindicato, mas adverte que “todas devem ser lançadas o mais rapidamente possível e não só na véspera das eleições, por uma questão de votos”.

Ora, por uma questão de votos, era bem mais fácil dar à manivela à betoneira desde já.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muito optimismo no sector imobiliário

A previsão do montante no sector imobiliário para 2015 é superior a mil milhões. E o factor preponderante deverá ser a componente da reabilitação urbana no centro das grandes e médias cidades. Segundo alguns agentes, só no sector da reabilitação urbana há trabalho para 30 anos. Este sector, fará mexer todo o cluster da construção civil, com uma grande componente de emprego e arrastamento de empresas a montante - matérias primas, engenharias, arquitectura - e a jusante.

Apesar de o sector da construção continuar muito contraído, a previsão da equipa da PLMJ é que vão existir alguns sinais de retoma no decurso deste ano. Também neste segmento os advogados asseguram que é possível observar uma nova dinâmica, sobretudo no sector da reabilitação urbana de edifícios degradados, que regista uma fortíssima aceleração, com dezenas de obras de reabilitação em curso ou que serão iniciadas em 2015.

Nunca percebi porque se deixou afundar este sector da reabilitação urbana. Teria substituído a redução nas obras públicas e sustentado o emprego num sector que absorve muita mão de obra. Mas mais vale tarde que nunca.

Investimento privado cria 17 000 postos de trabalho

Tem-se falado muito dos vistos "gold" mas não se fala na construção de fábrica e armazéns industriais. Estão a aparecer muitas encomendas privadas de investidores estrangeiros e que nos primeiros três meses deste ano já criaram 17 000 empregos na construção civil e no imobiliário. Segundo a CPCI ( Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário ) estes postos de trabalho englobam toda a fileira desde os projectistas aos construtores, passando pelos fabricantes de materiais de construção aos serralheiros ou aos mediadores imobiliários.

Mas continua a faltar o financiamento à reabilitação e as verbas do QREN que ainda não foram usadas o que dará mais folgo a um sector que teve nos últimos cinco anos um período negro. 

 

Para relançar este ano a construção civil 3 700 milhões de investimento

Foi hoje assinado o compromisso entre o governo e a Associação de empresas do sector, embora as verbas já estejam inscritas no Orçamento para este ano.  São 52 medidas, desde a formação profissional , passando pela reabilitação urbana,  a manutenção de estradas e escolas e hospitais . Criará 50 000 empregos directos e com arrastamento de várias actividades económicas a jusante.

O Governo assina hoje com a CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário um pacote de 52 medidas para apoiar o sector, que inclui apoios de 3,7 mil milhões de euros de verbas do QREN e outras ajudas, designadamente ao financiamento das empresas.
Reis Campos, presidente da CPCI, escusou-se a quantificar o valor total do programa de apoio, reivindicado há muito tempo pelo sector. O presidente da CPCI, recentemente reeleito para o cargo, admite que na base das preocupações do Governo e da agenda da União Europeia está a escalada da taxa de desemprego, que a manter o ritmo de crescimento actual pode atingir rapidamente os 20%.

A construção civil também se exporta

Como já não há por onde construir autoestradas e casas por habitar são às dezenas de milhar, e as betoneiras precisam de continuar a trabalhar, o governo arranjou trabalho na Argélia. Setenta e cinco mil habitações correspondem a cerca de 4 mil milhões de euros. Trabalho para arquitectos, engenheiros, pessoal qualificado e materiais de construção.

As construtoras Prebuild, Abrantina e Paínhas assinam amanhã em Argel, capital da Argélia, contratos para a construção de 65 mil casas, ao longo dos próximos cinco anos. Um negócio que deverá ascender a 4000 milhões de euros.

"O governo argelino convidou Portugal e mais dois países para executar esta enorme tarefa. Eles têm os recursos, nós temos o 'saber fazer'. Desafiaram-nos e aceitámos", sublinha Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia.

Os centros das cidades cairão de pôdre

A reabilitação urbana é urgente por todas as razões. Desde logo porque os centros das grandes cidades - Lisboa. Porto, Coimbra,Évora - estão literalmente a cair. Depois porque na Europa a reabilitação urbana há muito que contribui para o emprego e para o PIB.

Dá muito emprego - a construção civil perdeu 300 000 empregos - e tem um efeito de arrastamento na economia a montante. Pode chamar pessoas para os agora desertos centros das cidades e acabar com o trânsito diário de entrada e saída .

"Somos um país onde a reabilitação urbana representa cerca de 6,5 por cento quando esta é de 30 por cento na Europa", afirmou Reis Campos, defendendo que "a reabilitação deve ser um desígnio nacional, uma prioridade".

Mas, apontou que o Governo "não tem esta sensibilidade", o que, em sua opinião, tem reflexos na legislação, que atualmente está "desajustada" para com as necessidades do setor.

"No próximo Quadro Referência Estratégica Nacional (2014 - 2020) a Comissão Europeia definiu a reabilitação urbana como grande projeto para a Europa. Portugal continua a ignorar esta resolução e ainda não a refletiu na legislação portuguesa".

Bem se sabe que é necessário legislar, enfrentar interesses mas o pior de tudo é esperar que o construído caia. Como está a acontecer cada vez com mais frequência.