Andam por aí uns camaradas muito preocupados com o negócio das vacinas. Dizem eles que a União Europeia só comprou as vacinas Americanas e Europeias e desdenhou as vacinas chinesa e a russa .
Andam muito preocupados porque as vacinas europeias e americanas são um negócio como se vê com as compras da UE. Já a vacina chinesa está a ser usada nos militares chineses e a vacina russa nos países pobres das América do Sul. Voluntariamente, claro...
As vacinas russa e chinesa saltaram fases essenciais da investigação e apesar disso não há nenhum rebuço em as usar nas pessoas. Os efeitos logo se vê. Há algum europeu que as tome, que tenha nelas confiança ?
Nos países ocidentais a investigação tem que passar por protocolos rigorosos e que em caso algum podem ser atropelados e existem instituições de certificação de medicamentos independentes. Trabalham em rede e conhecem rigorosamente o que cada um está a fazer.
A confiança é absolutamente fundamental mas que falta à vacina russa e chinesa. Na saúde é mais fácil perceber que a ideologia tem limites.
Uma das vacinas que estão em teste produziu uma reacção adversa num dos voluntários o que levou ao cancelamento do teste. É assim no mundo livre onde há critérios e vigilância e que coloca a saúde humana em primeiro.
Nas vacinas produzidas na Rússia e na China a pressa remete a saúde humana para lugar secundário, a propaganda política está primeiro.
Trump já nos anda a vender a vacina contra a opinião dos investigadores americanos usando a vacina como arma política nas eleições presidenciais.
No mundo livre as coisas são todas muito mais difíceis pois há livre expressão e transparência sendo a única forma de manter relações de confiança e não de obediência. A concorrência é a melhor forma de vigilância.
Quem é que se oferece para testar as vacinas que ultrapassaram todas as fases de produção sem efeitos laterais ? ( se é que passaram por todas as fases)
De acordo com os resultados dos primeiros ensaios clínicos, divulgados em julho passado, esta possível vacina "parece segura e gera anticorpos", mostrando então resultados promissores no que diz respeito a segurança e imunidade.
A Organização Mundial da Saúde considerou a vacina da AstraZeneca uma das mais fortes candidatas. Noventa por cento dos 1077 voluntários (entre os 18 e os 55 anos) que participaram na primeira fase do ensaio clínico da "vacina de Oxford", como é conhecida, desenvolveram anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2.
Acredito que esta lição com a Joacine manterá o partido mais longe das utopias . Porque o LIVRE é importante para a democracia vejo com boa vontade a decisão de retirar a confiança política a quem não sabe o que quer dizer "confiança", "partilha" e "lealdade".
Não é mais possível navegar nas águas sujas da vaidade, da prepotência e do racismo. Não é o que se espera de uma deputada de uma Assembleia da República que tem como foco discutir e encontrar soluções políticas para os problemas do país.
A primeira condição para que uma deputada possa realizar o seu trabalho que os eleitores esperam dela é que ame o país e esteja disposta a contribuir para o bem estar da população. Se assim não for deve ter a coragem de se afastar.
Mas como está à vista desde sempre, Joacine não se afastará porque a solução de problemas não é a sua praia. Incentivar o racismo ( sem o qual não tem palco), injuriar a bandeira nacional e a nossa história, levantar problemas com os países africanos é a sua função.
CHEGA, porque é assim que se abrem avenidas a ideologias menos consensuais.
A entrevista de Santana Lopes transmite uma energia, um entusiasmo e uma confiança que é todo um programa.
Percebe que o caminho que António Costa trilha é poucochinho, que sem crescimento económico sustentado e duradouro o resultado será o mesmo de sempre. Aqui ao lado, em Espanha, o PIB cresce 3% há três anos consecutivos. E o que nos vale é Espanha, a França e a Alemanha que crescem e que são os nossos principais compradores . E já agora o BCE com o seu programa de compra de dívida. Logo que estes factores terminem vamos olhar à volta e percebemos que estamos no lugar que sempre ocupamos. O fundo da tabela.
Santana Lopes não se resigna e não consegue aceitar que Portugal pelo menos não seja igual à média europeia. O PS gosta de governar com o PCP e o BE que tudo fazem para que o país saia da União Europeia e da Zona Euro . Governo este que cumpre escrupulosamente os ditames de Bruxelas. Se fossemos ouvir o que dizia António Costa antes das legislativas, o que ele disse dos compromissos de Passos Coelho com Bruxelas.
Os mesmos que aplaudiam o "menino de ouro" são os mesmos que hoje aplaudem este governo que se apoia no PCP e no BE . E quanto ao "menino de ouro" depois viu-se o que foi.
Em vez de um governo poucochinho apoiado em partidos que tudo fazem para que Portugal não tenha sucesso numa Europa de sucesso, o país tem que seguir uma linha de entusiasmo só possível para quem acredita no objectivo que procura alcançar.
A reorganização do território sector de que António Costa foi ministro e que os incêndios e as mortes mostraram a situação caótica a que chegou . A saúde que tem listas de espera de doentes cada vez maiores e que não paga a fornecedores e que tem médicos e enfermeiros indignados. A Segurança Social com um ministro fragilizado e que paga pensões profundamente desiguais. Sem nenhuma reforma estrutural à vista, são sectores que Santana Lopes elege como prioritários.
Este entusiasmo e esta confiança em Portugal e na União Europeia é o caminho certo, percorrendo-o com quem acredita nele e não com quem só o percorre por razões tácticas de curto prazo.
É muito e mais que suficiente para não haver dúvidas . Caso ganhe cá estarei a favor de Santana e contra a geringonça ou quem a substituir.
Costa precisa de ganhar tempo e para isso empurra com a barriga o inquérito para lá das autárquicas. A ideia é evitar ter que assumir que foi a sua criação nos anos em que foi ministro da Administração Interna a principal responsável pelo sucedido .
Mas com o verão que está ainda no inicio a ansiedade é muita e com cada fogo que lavre a confiança das populações terá um abalo . Até lá o primeiro ministro vai manter a ministra para não haver um vazio do poder e não deixar Costa na primeira linha do combate político.
Costa evitou situações que o expusesssem a eventuais vaias - apenas foi ao enterro de uma das 64 vítimas do fogo e não apareceu ao lado de Marcelo no concerto da MEO Arena.
No PS há a percepção nítida que a confiança das pessoas ficou abalada e o recente rouba de armas em Tancos não está a ajudar nada à recuperação da confiança.
O governo não pode arriscar nova tragédia, a intenção é baixar o tom e o assunto ser engolido por outras narrativas.
António Costa correu para as televisões para fazer o "damage control" mas o seu desconforto era visível e a coisa não correu bem. É óbvio que, politicamente, há um antes e um depois do incêndio de Pedrógão Grande .
Catarina Martins reza para que venha chuva e Jerónimo diz que é preciso saber a verdade. A confiança foi-se. António Costa faz perguntas mas o que se exige dele é que dê respostas. Para mais sendo um ex-ministro das florestas.
O PS pela voz do César "pater família" ensaia o discurso do "não é conveniente a partidarite" tentando evitar as perguntas a que o governo terá que responder. A população está em choque e exige a verdade. Já há versões terríveis de testemunhas presenciais do descontrole da coordenação do combate ao incêndio .Veja-se que por enquanto o verão está no início mas todos sabemos que este verão vai ser tão mau como todos os outros. A confiança foi-se.
Num artigo duro sobre o que se está a passar em Portugal, o correspondente do “El Mundo” escrevia que esta tragédia pode por fim à carreira política de António Costa. A profecia parece-me claramente exagerada, mas toca numa questão que está ainda adormecida no debate: quais são as consequências políticas? É lícito concluir que se fosse com outro Governo, e sobretudo com outra oposição, a discussão política já teria subido de tom.
O pessoal anda a gastar a toda a força. Isto está a ir para muito melhor é preciso bombar desde já . O crédito ao consumo voltou e a confiança acelera . Poupança, nem vê-la . O Prof Daniel Bessa avisa :
O comportamento é perigoso, a DECO publica números assustadores , a coisa não é sensata mas o pessoal não aprendeu nada . É o caso das famílias sobreendividadas que pedem ajuda - 30 000, só à DECO - número que não cessa de aumentar desde 2011 . Há coisas que não batem certo diz Daniel Bessa.
O artigo de hoje: O Presidente da República disse duas coisas completamente diferentes entre 5a e 2a feira. Na primeira jurou por Mário Centeno. Na segunda disse que o segurava porque isso é importante para o sistema financeiro. Marcelo sentiu-se enganadom (só não se sabe se foi por Costa se por Centeno). De tal forma disse expressamente que tomou essa decisão porque o primeiro-ministro mantinha a confiança no ministro das Finanças. Mas Costa virou o bico ao prego e disse, explicitamente, que Centeno só continuava no governo depois de saber que o Presidente lhe mantinha o apoio. É verdade que o comunicado da Presidência, onde Marcelo fez aquelas declarações (manter a confiança em Centeno), saiu a altas horas de 2a feira. Ou seja, já depois de Costa ter falado. Mas o que passou para a opinião pública foi a ideia de que o primeiro-ministro segura Centeno porque Marcelo o segurou também. Grande jogada do primeiro-ministro
Quem o diz é Teodora Cardoso, economista reputada e independente que chefia a Comissão das Finanças Públicas. E não são as variáveis externas que explicam os juros muito mais altos que Portugal suporta em relação aos outros países que saíram de intervenções externas .
O governo não tem apoio bastante que restaure a confiança e faça baixar os juros como se vê nesta situação da TSU. Não, PCP e BE são anti-União Europeia não oferecem confiança aos credores. E cada vez mais o governo não terá apoio nos seus apoios parlamentares. Estão a chegar as medidas que exigem a tomada de opções políticas e aí, tudo passará pela fractura pró - anti- União Europeia e Zona Euro.
"Este elemento da confiança que é uma coisa difusa, mas [a subida das taxas de juros] significará que os mercados não estão convencidos de que aquilo que estamos a fazer seja suficiente para garantir que a nossa dívida é sustentável", reforçou.
E acrescentou: "O facto de neste ajustamento orçamental haja uma parte muito importante que efetivamente vem de despesas de investimento e ao mesmo tempo haja despesas muito rígidas, como é o caso das despesas com o pessoal que estão a subir, não é um fator de confiança na sustentabilidade da dívida portuguesa".
É isto o que este governo está a fazer desde que tomou posse e foi desde aí que os juros subiram numa trajectória permanente. Não há coincidências e é melhor não dar cabo do futuro com o corte no investimento público. Outro crime.
Tempestade perfeita : Juros altos, dívida monstruosa, economia que não cresce por falta de investimento e descontrolo orçamental . Depois digam que é o PEC IV...
Todos os dias se fala de perigos, de sanções, de falhanços, de mais medidas. Onde está a estabilidade ?
A narrativa chega ao ponto de os porta vozes do governo começarem a apontar para "indicadores positivos" na economia. Isto quando o governo foi baixando a estimativa de crescimento de 2,1% para 1,8% e a realidade apontar para 1% senão menos. Querem dizer que vai ser melhor que o pior estimado ?
Saímos bem das sanções mas já se apontam mais medidas adicionais para chegarmos ao défice de 2,5%, meta generosa da Comissão Europeia. Ao aceitar um défice de 2,5% em vez de 2,3% a Comissão enviou um importante sinal de mudança nas políticas europeias. Este sim muito importante mas que mesmo assim exige mais austeridade embora mais confortável.
Mas para o PCP uma austeridade menos exigente é aceitável ?