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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um belo presente para Cavaco Silva

Hoje na Assembleia da República vai a discussão, por iniciativa do PSD, a resolução no sentido de reafirmar os compromissos europeus. PS vai votar ao lado do PSD e CDS e contra o PCP e o BE.

Por um lado fica confirmado que PCP e BE não atendem à exigência do Presidente da República de haver um alinhamento com os tratados internacionais, razão bastante para não considerar os acordos de apoio ao governo PS, estáveis. Por outro abre-se uma grave fractura a que se seguirão outras, entre o PS e o PCP e BE . Cavaco Silva vai coleccionando razões para não embarcar nas pressas da esquerda.

O texto da direita quer a “reafirmação” de sete pontos com que o PS concorda: União Económica e Monetária, cumprimento dos tratados, união bancária, os tratados de Lisboa e Orçamental, o Pacto de Estabilidade e Crescimento e a rejeição de propostas de reestruturação unilateral da dívida.

No BE, Jorge Costa insiste que há uma “agenda de empobrecimento” da UE e “o PS fez um acordo (com PCP e BE) onde assegura a interrupção desse ciclo. Isso significará pressões fortes das instituições europeias que o BE assegura que o governo (apoiado pela esquerda) tem maioria no parlamento para travar”

É só o principio.

Máxima flexibilidade táctica com máxima rigidez estratégica

Enquanto negoceiam em Lisboa com o PS a viabilidade de um governo, em Bruxelas subscrevem uma petição para que a UE garanta apoios a quem queira sair do Euro. É isto sério ? Um partido que se comporta assim dá garantias de estabilidade ? Fazer parte de um governo europeísta que garante cumprir os compromissos europeus ( apoiando-o ou integrando-o) e ao mesmo tempo minar em Bruxelas esses compromissos?

O PS que precisa do PCP para garantir maioria numérica nunca conseguirá um governo que dê garantias de estabilidade direi mesmo de lealdade institucional . Como dizia Lenine ( ou foi Estaline? ) "máxima flexibilidade táctica com máxima rigidez estratégica". Nada de novo, pois.

Na justificação que enviaram aos colegas do Parlamento Europeu, João Ferreira, Inês Zuber e Miguel Viegas ( eurodeputados comunistas ) argumentam que a zona euro promove as ''assimetrias'' entre os Estados-membros da União, contribuindo para ''a sua degradação económica e social''. E acrescentam que as intervenções da UE e do FMI não só não resolvem os problemas como, ''pelo contrário, os agravam'