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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Marcelo ao fim de dez anos terá o país mais pobre da Europa

É este o drama de Marcelo. Tiago Mayan Gonçalves fez a Marcelo a mais dura das críticas, e que ficará para os próximos cinco anos: Vai acabar o segundo mandato como o Presidente do país mais pobre da Europa. De tudo o que foi dito, numa campanha eleitoral limitada e que pouco discutiu os poderes presidenciais, o que fica é mesmo este vaticínio. O que fará Marcelo para contrariar uma tendência que nem os fundo comunitários nem o sucesso de uma vacinação parecem poder evitar?

Mas o próximo orçamento será decisivo para perceber que novo Presidente terá o país. Antes, terá mesmo de avaliar um orçamento retificativo, porque o orçamento que está em vigor já está desatualizado. E como disse em entrevista ao ECO, terá de garantir que os fundos comunitários não são consumidos pelas grandes obras públicas e pelo Estado e chegam ao setor privado, às empresas e às famílias. Assim, Marcelo será o mesmo dos últimos cinco anos ou outro, mais exigente, como o próprio diz, a defender a prioridade à competitividade do país, à criação de riqueza, sem esquecer a correção da desigualdade social?

A política que o PS tem que executar sem PC e BE

Não é por acaso que António Costa nos últimos tempos, insistentemente, afasta o cenário de se juntar ao PC e ao BE em nova governação. Há um caminho que os dois partidos da extrema esquerda não aceitam.

No caso de Portugal, convém sempre recordar que o país ainda tem uma dívida pública de cerca de 120% do PIB, enquanto a média da zona Euro está abaixo dos 90%.

Entendo que Portugal tem de aproveitar esta bonança económica para atuar nos grandes problemas estruturais de competitividade da economia nacional. E, simultaneamente, reduzir a sua divida pública rapidamente para valores abaixo dos 100%. Isto com contas públicas equilibradas do ponto de vista estrutural. Reformando a gestão financeira do setor público, tornando os serviços públicos mais eficientes, promovendo investimento público de qualidade e garantindo a sustentabilidade da segurança social.

Se atuarmos do lado da melhoria da competitividade da economia, promovendo reformas e medidas que aumentem a posição de Portugal, e do lado de um setor público mais eficiente, iremos aumentar o nosso PIB potencial, e com isso a nossa capacidade de crescimento económico no médio e longo prazo.

Com tudo isto, e com taxas de juro baixas, reduziremos a divida pública, bem como a despesa com juros, protegendo Portugal de eventuais crises financeiras e tornando a economia nacional mais forte, gerando assim os recursos necessários para uma melhor função de redistribuição, nomeadamente através de serviços públicos na área da saúde e da educação, bem como nas prestações sociais.

Estão todos à nossa frente mas cá faz-se uma festa enorme

Parece que está tudo bem mas não está .

"Portugal tem de ter estratégia de crescimento económico diferente. Tem de crescer acima de 3% ao ano, de outra forma não ganha o desafio europeu", disse. "Vemos o governo a fazer a festa e apanhar as canas. Este crescimento é dos mais baixos entre os 28 na União Europeia. Estão todos à nossa frente e cá faz-se uma festa enorme, alguns estão a crescer o dobro e o triplo como a Irlanda, que cresce 6% ao ano". Para o social-democrata a Irlanda deve ser mesmo o "grande exemplo que Portugal deve seguir na Europa".

Marques Mendes defendeu que é preciso incentivar a competitividade fiscal porque sem ela não há estímulo ao investimento e ao crescimento, tal como apostar na internacionalização da economia. A dívida pública, que considerou "uma bomba ao retardador", deveria em duas legislaturas estar ao nível de 100% do PIB, quando no primeiro semestre deste ano era de mais de 125%.

O PIB potencial pouco ou nada aumentou desde há cinco anos

A curto prazo, enquanto a economia no exterior bombar vamo-nos mantendo o pior é a longo prazo.

Naquilo que é a dinâmica da economia a nível nacional e internacional e também no que diz respeito à própria gestão das finanças publicas, os sinais são globalmente muito positivos. Tenho mais preocupações naquilo que diz respeito ao cenário de médio e longo prazo. E, em particular, naquilo que diz respeito à própria dinâmica de crescimento da economia. Se nós avaliarmos como tem alterado o produto interno bruto (PIB) potencial da economia portuguesa, pouco ou nada aumentou relativamente àquilo que eram as perspetivas de há cinco anos. Por isso, naquilo que diz respeito a uma capacidade da economia portuguesa de crescer mais do que os 2% atuais, teremos de fazer um esforço ainda maior no sentido de reforçar a competitividade da economia e torná-la mais interessante, para quem investe e para quem vê Portugal como potencial destino das suas aplicações.

 

Os problemas de Portugal não acabaram. Estão piores

Os avisos são cada vez mais frequentes e vindos de quem sabe.

Quando, finalmente, as taxas de juro subirem, Portugal caminha para ser “um dos países que mais vão sofrer com isso”, porque “a competitividade ganha nos últimos anos já está a ser prejudicada pelas políticas” de um Governo que está a fazer com que Portugal esteja a “voltar à tendência pouco saudável que só foi interrompida momentaneamente pela crise financeira“.

Ralph Solveen sublinha que “as melhorias ao nível da competitividade (de preço) que foram conseguidas nos últimos anos já estão a começar a perder-se, sobretudo devido à ação do Governo“.

O ajustamento pôs fim a um modelo de economia retrógado

Abrir a economia ao exterior e torná-la competitiva apostando na concorrência que as exportações exigem foi um dos mais importantes resultados do ajustamento

"Pedro Ferraz da Costa lembra que o programa de ajustamento pôs fim a um modelo de crescimento baseado no sector dos bens não-transacionáveis, no financiamento bancário de curto prazo e na criação de condições de excepção para um número restrito de grandes empresas viradas para o mercado interno e abriu caminho para o acesso concorrencial aos mercados externos como estratégia de crescimento. “Como aliás tinha acontecido quando o País se abriu ao exterior com a entrada na EFTA e depois na CEE, com grande sucesso”, avança.

“Existem actualmente condições ímpares para o crescimento: segurança; infraestruturas de qualidade; taxas de juro aceitáveis; taxa de câmbio favorável e preço baixo do petróleo, ao contrário do que aconteceu nos dois ajustamentos anteriores”, referiu.

Chega de faz de conta com as taxas de juro

As empresas perdem competitividade e só não percebe isso quem não quer ou anda na política a fazer de conta .

“Não interessa se temos juros a quatro por cento. O que interessa é que os juros sobem mais em Portugal do que noutros países, como Espanha e Itália. E isso vai encarecer os custos das empresas e perdemos competitividade”, afirmou.

O também presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP  mostrou-se ainda preocupado com a falta de atenção ao rating da república pelas agências de notação financeira, que está no nível conhecido como “lixo” nos mercados financeiros. “A taxa de juro ainda está baixa, mas ninguém se preocupa por subir para Investment grade”, afirmou.

Basta olhar para a trajectória da taxa de juro, sempre a subir, para se compreender que está ali uma bomba armadilhada pronta a rebentar. O BCE ajuda, mas a baixa inflação, a débil economia, e a monstruosa dívida são um detonador eficaz. Rebenta quando menos se espera. 

E mesmo pagando mais é cada vez mais dificil a colocação de dívida .

Ainda a subida de Portugal no ranking da competitividade

Entre tantas notícias inquietantes uma há que compensa :  "  A importância deste tipo de índices foi, há tempos, estudada por André Azevedo Alves, colaborador do Observador, num pequeno ensaio publicado na revista XXI, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, ensaio esse onde analisa a evolução da posição do nosso país em dois indicadores diferentes do agora divulgado mas igualmente importantes: o Index of Economic Freedom (IEF) e o Economic Freedom of the World Index (EFWI). E conclui o seguinte:
Os países com mais liberdade económica tendem a ser aqueles que
 mais se desenvolvem e também os que crescem com mais equilíbrio 
social e bem-estar. Portugal evoluiu muito positivamente nos índices de liberdade económica entre 1985 e 1995, mas depois começou a recuar. 
Mais: a estagnação económica da última década coincidiu com uma rápida deterioração da nossa posição relativa nos rankings da liberdade económica.
No que respeita a comentários, estes resultados justificaram um editorial no Diário de Notícias – “O salto em frente” – e dois artigos no Diário Económico. A subdirectora Helena Cristina Coelho defendeu que “a verdade é que, apesar de tudo o que ainda corre mal, o país começa a reconstruir a sua economia e a recuperar pontos na competitividade

Portugal é mais bem visto lá fora do que cá dentro

Portugal subiu da 51ª posição para a 26ª no ranking da produtividade. O mais importante é que esta avaliação foi feita em confronto a nível mundial com todos os outros países. Quer se queira quer não, isto no mínimo quer dizer que fizemos mais e melhor do que os outros.

Os trabalhos feitos na área do mercado de trabalho e de produto foram essenciais para mudar a percepção que os investidores têm do País. E, claro, o encerramento do programa da ‘troika' com sucesso, leia-se com a recuperação da capacidade do Estado de se financiar no mercado, fizeram o resto. Na verdade, Portugal é mais bem visto no estrangeiro do que no próprio país, e isso é da responsabilidade do Governo, pelo que fez nos primeiros três anos de governação, pelos sinais que está agora a dar.

O País continua a ter problemas, e muitos deles são directamente dependentes do poder político, dos políticos que estão no exercício da governação e dos que estão na oposição. Um exemplo: a elevada carga fiscal sobre o trabalho e sobre o capital. Como é evidente, só será possível descer os impostos se o poder político, o que está em funções e o que estará a partir de Outubro de 2015, for capaz de cortar na despesa pública.

Portugal sobe 15 lugares no ranking da competitividade

Portugal estava em 51º passou agora para 36º no ranking da competitividade. Boas reformas que começam a dar frutos. Inverteu-se assim a tendência de descida que vinha de 2006. O relatório hoje publicado mostra quais são os factores mais problemáticos para fazer negócios em Portugal. Em primeiro lugar está a ineficiência gerada pela burocracia na administração pública. Em segundo lugar, surge a carga fiscal. Apenas em terceiro aparece o acesso ao financiamento, logo seguido da instabilidade das políticas. A Suiça lidera o ranking.

O mais importante que podemos inferir desta notícia é que os factores de ineficiência são quase todos endógenos, dependem quase todos da nossa vontade. Por enquanto o factor financiamento está dependente da vontade de mercados com centros de decisão fora do país mas, dá mostras de se estar a libertar gradualmente. Amanhã é um dia importante com a reunião do Eurogrupo onde se espera que o BCE mantenha a vontade de estimular a economia da Zona Euro.