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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A vacina europeia contra o covid -19

Há uma coligação de alguns países europeus que garante financiamento à investigação e produção de uma vacina. Coligação aberta a outros países europeus.

Já era conhecida esta parceria entre os quatro países e a empresa, que garantiu que não seria exclusiva e estava aberta a outras entradas, mas agora foi divulgado o valor do montante total.

Para além dos 300 milhões de doses, os países têm opção de adquirir mais 100 milhões no futuro. Para já, sabe-se que Itália vai pagar 185 milhões de euros por 75 milhões de doses da vacina, que está a ser administrada pela AstraZeneca e desenvolvida pela Universidade de Oxford. 

O anúncio deste acordo foi feito pelo governo holandês, no passado sábado, que revelou que o plano inclui também a Alemanha, França e Itália e poderá ser extensível aos outros países da União Europeia.

A AstraZeneca também anunciou o acordo, revelando que as primeiras doses devem ser entregues aos países europeus no final do ano e que a companhia não terá qualquer lucro com o negócio durante a pandemia, com os custos de produção a serem financiados pelos países.

PS pede ao PSD para não fazer "coligações negativas"

As "coligações virtuosas" com PCP e BE passaram agora a "coligações negativas."

O PS veio pedir ao PSD “para que não façam coligações negativas que viabilizem propostas que o Governo considera inviáveis do ponto de vista orçamental”.

Ou seja, acordos com o PCP e Bloco de Esquerda são agora “coligações negativas”? Mas só neste ponto, dado que desde outubro de 2015 que o governo do PS vive amparado na “geringonça”, negociando tudo com os dois partidos de extrema-esquerda no Parlamento.

Claro que todo o discurso, falso e propagandístico, de “fim da austeridade” só poderia conduzir a este resultado. Se a “austeridade” acabou, então o que esperar senão um avolumar das revindicações de todos os grupos de interesses? Os professores, os polícias ou qualquer outro grupo está apenas a fazer o que lhes compete: defender os seus interesses. Já do lado do Governo é que fica a dúvida se estão a fazer o que lhes compete: defender o interesse de Portugal, e não apenas uma estratégia partidária de poder.

Aqui chegados, percebemos bem o que a “geringonça” representa: um acordo (im)possível, visando apenas o poder. À custa de tudo: à custa da normalidade democrática que durante 40 anos fez com que o partido mais votado, mesmo sem maioria absoluta, governasse (76-78; 85-87; 95-99 com António Guterres; 2009-2011 com Sócrates). À custa da responsabilidade orçamental. E à custa do interesse nacional.

"“Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.” Maquiavel

Há uma coligação PS/BE na forja

O BE rendeu-se ao poder. O recente estudo sobre a dívida mostra-o à evidência .O PCP continua a pugnar por uma renegociação de ruptura e o seu isolamento está cada vez mais próximo . A geringonça tem dias difíceis pela frente .

Este relatório sobre a sustentabilidade da dívida pública assinala um ponto de viragem. Receava-se, quando António Costa formou governo sob apoio parlamentar da extrema-esquerda, que esta arrastasse o PS consigo para o radicalismo eurocéptico. E discutia-se a possibilidade de, às custas dos socialistas, o Bloco de Esquerda crescer e ocupar mais espaço eleitoral. Em ambos os cenários, aconteceu o contrário. O que, de certo modo, é uma boa notícia: é sempre positivo para o sistema político quando um partido de protesto, como até agora foi o Bloco de Esquerda, sobrepõe o pragmatismo à ideologia e suja as mãos com os dilemas concretos da governação. Há uma coligação PS-BE na forja. E isso, no actual contexto político, implica deixar progressivamente o PCP de fora. Pode até faltar ainda muito tempo para eleições legislativas, mas já está uma guerra prestes a rebentar na geringonça.

Provável ruptura na coligação é ameaça

A Fitch ( agência de notação financeira) teme que a coligação (PS+PCP+BE) atinja o ponto de ruptura ainda em 2016. Essa é uma das razões que levou a agência a baixar o "outlook" sobre Portugal de positivo para estável. As outras razões são as já conhecidas acerca da credibilidade do orçamento.

Estamos perante mais uma pazada de terra sobre a evolução da situação do país a juntar-se a tantas outras. E  “atingir um equilíbrio entre o cumprimento das regras orçamentais europeias e as exigências do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista está a mostrar-se uma tarefa difícil, o que cria riscos políticos significativos no curto prazo”.

Nada que não se soubesse desde que entramos na aventura

 

PSD quer preencher o centro político

Coligação de centro direita acabou com o final do governo PSD/CDS. É agora necessário o PSD preencher um vazio ao centro, resultado da sua politica de austeridade e da coligação do PS ( que inflectiu à esquerda) com PCP/BE.

O PSD não pode fazer este movimento ao centro atrelado ao CDS e com Passos Coelho a líder. E se for necessário a curto prazo apresentar-se a eleições mais depressa terá que desfazer-se deles. É injusto ? É, mas em politica não pode haver estados de alma e não há moral, como bem disse José Sócrates em recente entrevista.

Rui Rio já farejou a oportunidade e já marcou terreno. "É mais fácil haver esse entendimento se forem duas outras pessoas, diferentes das que se guerrearam, que foram adversários, que continuam adversários e que continuarão adversários", reflecte Rui Rio, considerando que novas lideranças facilitariam entendimentos entre os dois maiores partidos."

É, claro, que Rui Rio está pensar em si mesmo e em António Costa, deram-se bem enquanto presidentes das câmaras municipais do Porto e Lisboa, respectivamente.

Mas, também é verdade, que Passos Coelho consegue manter o PSD nas sondagens ao nível do PS, tendo mesmo sido o partido mais votado nas recentes eleições legislativas. Vantagem que não pode ser desperdiçada sem contrapartidas.

O xadrez da política já começou a posicionar as peças para os jogos que se anunciam. Mostra bem que o governo de António Costa não vai ter nenhum estado graça.

Novas eleições no primeiro domingo em que seja possível

Com as duas coligações a votos, só assim será possível clarificar a situação com uma maioria absoluta de uma delas.

E nessa coligação à esquerda todos dirão ao que vão sem subterfúgios. Querem ou não sair do Euro ? Assim o povo saberá no que vota . Alguém tem dúvidas que nessas condições a votação será muito diferente ?

“O Presidente da República respeitou os eleitores e o regime. Fez o que tinha de fazer. Indigitou o lider do partido mais votado como primeiro-ministro. E rejeitou em absoluto um Governo que seja apoiado por partidos não europeístas. Não é de direita ou esquerda que aqui se trata. A nossa escolha é entre estar ou não no euro”.

“O compromisso inequívoco quanto aos pilares do projeto europeu é crucial em qualquer solução de Governo”

As convicções firmes de um estadista

"Coligação não se coloca" dizia António Costa em plena campanha eleitoral.

"Coligação não se coloca", garantiu ontem António Costa em declarações ao Observador. O candidato socialista revelou, por outro lado, que se vencer as eleições de domingo sem maioria absoluta vai, tal como fez António Guterres, procurar estabilidade parlamentar através de acordos pontuais tanto à esquerda como à direita.

A posição do candidato socialista tem vindo a suavizar-se na recta final da campanha, durante a qual António Costa chegou a admitir inviabilizar um possível orçamento da coligação PSD/PP, caso esta vencesse as eleições com maioria relativa.

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PCP e BE votaram contra todos os orçamentos dos governos PS

É bastante curioso e significativo que o PS ache que um governo com estes dois partidos "amigos" consiga um governo estável. Mesmo que tivesse ganho as eleições esta solução não é credível . Quando o país mais precisar de estabilidade PCP e BE farão o que faz o escorpião. Está na sua natureza e nas ideias que professam.

Mas o mais perigoso deste jogo de sombras é o que está a ser jogado pelo PS. Mudar as regras a meio do jogo ele que tantas vezes governou nas condições que agora nega ao vencedor das eleições . É a própria democracia que está em jogo.

Uma pequena reflexão mostra que o PS não sairia do governo a não ser que a Coligação tivesse maioria absoluta .O PS que sempre se apresentou como "dono disto tudo" e natural proprietário da administração do estado perdeu a vergonha e quer passar essa deriva anti democrática ao papel. Contra a vontade da maioria dos portugueses expressa nas urnas. 

Cavaco Silva tem a oportunidade de prestar um último serviço ao país. Empossar Passos Coelho como Primeiro ministro . Na oposição PS, PCP e BE farão o que se espera deles. Derrubam o governo e o país vai para eleições antecipadas já com o PS coligado com o PCP e o BE.

Não mintam, não disfarcem, não ensaiem golpes palacianos .

Cavaco está à espera de quê para nomear Passos Coelho ?

Que comece a cheirar a Syriza e à Grécia ? Que os mercados comecem a reagir e a subir os juros ? Quanto mais tempo o presidente der a Costa mais barafunda iremos ter. Porque já todos perceberam que Cavaco Silva nunca dará posse a um governo com PCP e BE perdedores.

Mas para quem joga no "quanto pior, melhor", Costa para salvar a pele, PCP e BE para impedirem a Coligação de  centro direita governar , o tempo é um aliado. Embora seja mau para o país . É , pois, necessário que a Democracia funcione conforme a Constituição  e o processo democrático habitual . Governa quem ganha as eleições. Já tivemos cinco governos minoritários. O último foi o de Sócrates de 2009 .

É preciso que Cavaco Silva dê posse ao governo da Coligação liderado por Passos Coelho . O jogo democrático prossegue na Assembleia da República . Passam o programa do governo e o orçamento ou não passam ? É aí o lugar legítimo para Costa colocar as questões aos outros partidos . A decisão é sua, derruba ou não o governo ? Se sim vamos para eleições antecipadas onde o PS se pode apresentar coligado com o PCP e o BE.

Se ganhar pode formar governo mesmo com maioria relativa. Simples. Sempre foi assim.