Mas mesmo que fossem cabia ao estado regular e investigar por forma a defender a qualidade do ensino administrado. Não se podem fechar bons colégios mesmo com maus dirigentes porque os prejudicados são os alunos e esses não têm culpas.
E, como diz a acusação, os prejudicados foram os colégios ..."Os cinco arguidos administradores, através do financiamento dos colégios e da circularização das verbas assim obtidas pelas empresas do grupo, desviaram, entre 2005 e 2013, “avultadas quantias monetárias, em prejuízo das escolas beneficiárias de contratos de associação e do Estado”.
Foi o que pensei logo que o ministério avançou com esta guerra inútil para os alunos mas incontornável como cumprimento das exigências do PCP. Manter as turmas cujo financiamento foi cortado pelo estado e entre proprietários, pais, economia local e poder local encontrarem uma solução. Pois bem ela aí está.
Não só as turmas são criadas como ultrapassam a questão avançada pela secretária de Estado que tem as duas filhas no Colégio Alemão. Não há limite de habitação. Quer isto dizer o que é óbvio e que é a única reivindicação das famílias. Somos nós que escolhemos a escola que queremos que os nossos filhos frequentem.
Esta posição é de uma enorme importância no reforço da sociedade civil face à prepotência do estado sindical-comunista. Se as famílias não reagirem um dia destes, temos os sindicatos comunistas da Educação a exigirem o monopólio do sistema de ensino, público e privado, acabando com este último. Já o tentaram na Banca, nas Telecomunicações, na Saúde e nada os impedirá de avançarem sobre o ensino.
Como tantas vezes, na comunicação social, na organização sindical, o povo reage agora nas escolas defendendo a liberdade de escolha.
Na sua sanha persecutória contra os colégios privados em associação o Ministério da Educação não se coíbe de tentar afastar juízes. Inventando mesmo razões que tribunais superiores desmascaram.
Como o ministério tem como objectivo político agradar ao sindicato que controla a Educação não olha a meios para atingir o fim em vista. Agora, sentindo a terra a fugir-lhe debaixo dos pés com as decisões judiciais a darem razão aos colégios, o ministério acha que a sua função é desprestigiar a Justiça. Como se coubesse ao Estado dirimir contra um dos seus poderes mais importantes. O Poder judicial.
Esta iniciativa do ministério da Educação se não é inédita é muito rara, ainda para mais evocando razões familiares do juiz que não se provaram. Na verdade nenhuma das seis filhas do juiz frequentou a escola privada que colocou a acção judicial contra o despacho da secretária de estado que tem as filhas no elitista Colégio Alemão.
A situação se não é inédita, não será comum, garante Dantas Rodrigues, advogado especializado em Direito Administrativo, que diz não se recordar de alguma vez o Estado pedir o afastamento de um juiz por questões de parcialidade. “Isto não é normal e desvaloriza a Justiça. É uma posição de demasiada força do Estado, que está a tomar uma posição cega neste processo dos contratos de associação dos colégios”, critica. E acrescenta: “O papel do Estado não é o de levantar incidentes de suspeição contra um juiz”.
É no que dão os extremismos ideológicos. O ministério não só prejudica os alunos fechando boas escolas como agora para o fazer despretegia a Justiça.
Um Ministério cego, surdo e prejudicial às famílias e ao próprio Estado de que faz parte.