Acrescentece-lhe a redução do horário de 40 horas para 35 horas. Dá nisto :
"No meu caso, o planeamento é feito mês a mês, tenho 12 doentes com cancro que tiveram cirurgias adiadas por causa da greve dos enfermeiros de setembro e três delas voltam a ter operações canceladas por causa destas greves de outubro. Portanto, vão ter de esperar pelo menos dois meses." Esperas que furam os tempos máximos de resposta garantidos nesta área, que preveem que os doentes oncológicos muito prioritários têm de ter resposta em 15 dias, os prioritários em 45 dias e mesmo os casos normais têm de ser operados até 60 dias.
Milhares de doentes necessitados de cirurgia esperam muito para além do prazo considerado seguro. Entretanto os hospitais privados que podem fazer estas cirurgias estão com capacidade não utilizada. Importa a saúde dos doentes ? Não, o problema mesmo é que os hospitais privados possam ter lucro.
No CTHS estão cerca de 13 mil doentes em lista de espera para a primeira consulta, quatro mil que aguardam cirurgia e mais de 500 com processos pendentes. Também no Centro Hospitalar do Baixo Vouga foram detetados agendamentos falsos para contornar os prazos máximos impostos por lei.
Já existe a possibilidade de estes doentes serem transferidos para os privados ao abrigo do "cheque-cirurgia" mas nem assim. A ideologia fala mais alto que as necessidades e a saúde dos doentes. O estado único prestador de cuidados médicos dá nisto em que os únicos prejudicados são os doentes
Se o hospital não dispunha de recursos devia ter tentado mobilizá-los. Se o doente não podia ser deslocado, talvez a equipa de prevenção a outro hospital, público ou privado, o pudesse fazer, fosse ela de Lisboa ou do Porto: é para isso que existem helicópteros (do INEM, da Força Aérea). Se isso não fosse possível, havia que tentar contactar colegas. Quem trabalha nos hospitais sabe como isso se faz e sabe que funciona. Eu mesmo guardo a história de uma cirurgia assim que só foi feita porque quem a podia fazer foi contactado, in extremis, no aeroporto de Lisboa quando se preparava para embarcar. E desistiu do voo e voltou ao hospital para operar. Sim, podia acontecer que nada disto resultasse. Mas era legítimo esperar que tivesse sido, pelo menos, tentado. Em vez disso, esperou-se por segunda-feira.
Estes candidatos a presidente são tão fraquinhos...
Há princípios de sempre, que valem para ontem, para hoje e para amanhã. Não adoeçam! O secretário de estado, no fundo está a dizer-nos, não comecem a correr para os hospitais ao primeiro espirro, deixem passar três dias, se não passar ir ao médico de família e se o antibiótico não resolver então ir às urgências. E tem razão. Sessenta por cento das pessoas que ocorrem às urgências são falsas urgências, dinheiro deitado fora, análises e exames desnecessários, tempo perdido, paciência perdida...
Depois da revelação do Presidente do Hospital de S. João que 30 cirurgiões daquele hospital num ano não entraram uma só vez que fosse no Bloco Operatório, vem agora o ministro dizer " que a produtividade dos cirurgiões é muito baixa" dando assim a entender que o problema se estende a outros hospitais. "O presidente do conselho de administração do São João, António Ferreira , revelou esta segunda-feira, em entrevista à TVI, que o hospital tem 30 cirurgiões que, num espaço de um ano, nunca entraram no bloco operatório. O ministro da Saúde dá agora a entender que o problema da falta de produtividade também afecta outras unidades." Veja aqui mais sobre o mesmo assunto. Este país realmente não existe . Como é possível que se defenda um sistema fechado onde se movimentam corporações poderosas sem escrutínio popular e sem concorrência impedindo a transparência?
Depois da revelação do Presidente do Hospital de S. João que 30 cirurgiões daquele hospital num ano não entraram uma só vez que fosse no Bloco Operatório, vem agora o ministro dizer " que a produtividade dos cirurgiões é muito baixa" dando assim a entender que o problema se estende a outros hospitais. "O presidente do conselho de administração do São João, António Ferreira , revelou esta segunda-feira, em entrevista à TVI, que o hospital tem 30 cirurgiões que, num espaço de um ano, nunca entraram no bloco operatório. O ministro da Saúde dá agora a entender que o problema da falta de produtividade também afecta outras unidades." Veja aqui mais sobre o mesmo assunto. Este país realmente não existe . Como é possível que se defenda um sistema fechado onde se movimentam corporações poderosas sem escrutínio popular e sem concorrência impedindo a transparência?
O Presidente do Conselho de Administração do S. João. considerado este ano o melhor hospital aponta o dedo! Veja aqui as imagens. António Ferreira apresentou os seguintes números: "Nós, serviço nacional de saúde, fizemos em Portugal, em 2010, 196 675 cirurgias, em todas as especialidades. Temos em Portugal cirurgiões especialistas, não estou a falar dos internos de especialidade, que também trabalham nos hospitais, 3854. Se considerarmos um ano de 46 semanas isto dá um indicador que é que cada cirurgião especialista, das várias especialidades, faz em média uma cirurgia por semana, convencional". "E isto é pouco?", questionou Judite de Sousa. E o administrador respondeu: "Claro que é pouco, é muito, muito pouco. Mas isso são números globais". "E em vez de uma deviam ser quantas?", prossegue a jornalista. "Como digo, depende das especialidades", respondeu o responsável, dando o exemplo do seu próprio hospital. "O cirurgião que faz maior número de cirurgias no Hospital fez 543, fez 12 por semana. O cirurgião com menor número de cirurgias no Hospital de São João, que fez cirurgias, fez duas num ano. E não estou a contar com cerca de 30 que nunca foram ao BO. " Sistemas fechados, com um só prestador, sem concorrência não são transparentes. O que aqui está escrito é conhecido há dezenas de anos, sem nunca ninguém ter tido a coragem de denunciar e pôr fim à vergonha. Com a entrada de gestores de outras actividades e com a concorrência dos privados estes desperdícios que matam o SNS começam a ser do conhecimento público e a serem pressionados para a mudança.
O Presidente do Conselho de Administração do S. João. considerado este ano o melhor hospital aponta o dedo! Veja aqui as imagens. António Ferreira apresentou os seguintes números: "Nós, serviço nacional de saúde, fizemos em Portugal, em 2010, 196 675 cirurgias, em todas as especialidades. Temos em Portugal cirurgiões especialistas, não estou a falar dos internos de especialidade, que também trabalham nos hospitais, 3854. Se considerarmos um ano de 46 semanas isto dá um indicador que é que cada cirurgião especialista, das várias especialidades, faz em média uma cirurgia por semana, convencional". "E isto é pouco?", questionou Judite de Sousa. E o administrador respondeu: "Claro que é pouco, é muito, muito pouco. Mas isso são números globais". "E em vez de uma deviam ser quantas?", prossegue a jornalista. "Como digo, depende das especialidades", respondeu o responsável, dando o exemplo do seu próprio hospital. "O cirurgião que faz maior número de cirurgias no Hospital fez 543, fez 12 por semana. O cirurgião com menor número de cirurgias no Hospital de São João, que fez cirurgias, fez duas num ano. E não estou a contar com cerca de 30 que nunca foram ao BO. " Sistemas fechados, com um só prestador, sem concorrência não são transparentes. O que aqui está escrito é conhecido há dezenas de anos, sem nunca ninguém ter tido a coragem de denunciar e pôr fim à vergonha. Com a entrada de gestores de outras actividades e com a concorrência dos privados estes desperdícios que matam o SNS começam a ser do conhecimento público e a serem pressionados para a mudança.
O SNS tem que ter prioridades. Não podemos ter 200 000 cirúrgias à espera de serem feitas e depois descobrimos que houve tempo e dinheiro para aumentar as mamas desta menina. Mesmo que as mamas sejam nossas não parece valerem o sacrifício e o que se gastou com elas... Parece que namora um médico o que remete para aquele tique muito português da cunha..
O SNS tem que ter prioridades. Não podemos ter 200 000 cirúrgias à espera de serem feitas e depois descobrimos que houve tempo e dinheiro para aumentar as mamas desta menina. Mesmo que as mamas sejam nossas não parece valerem o sacrifício e o que se gastou com elas... Parece que namora um médico o que remete para aquele tique muito português da cunha..