Logo veio o BE dizer que é pouco . Na UE haverá, segundo os bloquistas, 70 milhões de pobres. O que Catarina Martins não disse é que a grande maioria desses pobres estão nos ex-países da ex-URSS , os últimos a entrar na UE. Já estão a crescer mais do que nós com os investimentos feitos com o dinheiro de Bruxelas mas é preciso tempo .
Tal como aconteceu com o nosso país foi nos anos 80 e 90, quando recebemos o grosso dos subsídios, que a economia teve um crescimento real que nos fez convergir com a Europa. É o que está a acontecer com os países de leste .
O BE só não diz como é que se tira mais rapidamente essas pessoas da miséria.
No comício, a coordenadora do BE afirmou que "anunciar reduzir 15 milhões de pobres na Europa, enquanto se esconde que se quer manter mais 70 milhões de pobres na Europa não é um avanço, é um retrocesso, é uma resignação".
"A igualdade não é, nem pode ser, um slogan vazio, uma referência abstrata num discurso de circunstância em qualquer cimeira".
São as empresas que criam emprego. São as centenas de milhar de PME que, em Portugal, representam 80% do emprego e 60% das exportações. É para elas que se voltam as esperanças de trabalhadores e dirigentes europeus que, hoje, se juntam numa cimeira com vista a tomar medidas de combate ao desemprego. Seis mil milhões de euros vão ser aplicados na criação e desenvolvimento de empresas e postos de trabalho. Bem como criar estágios profissionais para desempregados e para quem termine os seus estudos.
Acabada a "festa" dos estados, é a iniciativa privada, o investimento privado, que é chamado a resolver o problema do desemprego e da criação de riqueza. Isto é muito mal compreendido por largos sectores da sociedade. O exemplo também vem da França do socialista Hollande, onde as políticas de austeridade se mantêm, pese embora as promessas do socialista, que eu aliás apoiei.
Seguro tem agora muita dificuldade em explicar o que está a acontecer em França, ele que foi a correr para os braços do seu "bon ami", julgando que tudo mudaria. No essencial tudo está como no processo que Portugal também atravessa. Congelar a despesa pública, pagar a dívida, relançar a economia.