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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Temido e de trivela

Dois dias depois da saída começaram a aparecer carros de grande cilindrada. Competições de mota e de carros em grande velocidade. As gentes do bairro a indicar baixinho, olha aquele saiu agora.

Não tardou a polícia redobrou a sua permanência, carros da polícia de choque, sirenes, INEM de manhã à tarde e à noite. Uma farturinha.

As pessoas que toda a vida vivem paredes meias, que os conhecem há gerações são os mais indignados. Gente que faz parte daqueles 2 milhões de pobres que têm de rendimento o máximo de 450 euros e os que trabalham e ganham o salário mínimo. Mesmo trabalhando toda a vida nunca conseguiram dar uma vida decente à família.

As raparigas, mal espigam, é vê-las com uma criança no carrinho e outra na barriga. É para o rendimento mínimo.

Quem enche o partido da extrema direita é este povo que trabalhou toda a vida e vê o que vê. Não se queixem.

Eu entro pela quota dos pretos tu entras pela quota dos ciganos

A esquerda precisa dos pretos e dos ciganos e, como brancos, falar por eles, assim os menorizando e os enterrando nos guetos de onde não conseguem sair.

Este novo paternalismo branco limitou-se a reciclar o do tempo colonial. Agora já não é o dever moral dos brancos «civilizar e cristianizar os pretos» mas proteger os ditos cujos, mais os ciganos, da «discriminação». As raças inferiores, essas, continuam no quintal, no recreio, infantilizadas.

Não me sinto obrigado a respeitar brancos que usurpam sentimentos, identidades, representatividades de terceiros. Não por uma birra qualquer, mas porque usurpar identidades alheias é profundamente imoral. A representatividade social existe para ser tomada a sério. Os homens não representam as mulheres; os idosos não representam os jovens; os ricos não representam os pobres; logo, os brancos não representam negros, ciganos ou quaisquer outros.

A esquerda branca cujos rostos andam pelas universidades e pela comunicação social – Rui Pena Pires, Boaventura Sousa Santos, Manuel Carvalho, Ferreira Fernandes, Daniel Oliveira, Fernanda Câncio, Isabel Moreira, Alexandra Lucas Coelho, entre tantos outros – transformou a pobreza material das minorias, por tradição circunstancial, em miséria moral que torna a pobreza endémica. Estamos perante um grupo de indivíduos com rostos e nomes concretos (fora os internacionais) que mais tem produzido pobreza, instabilidade social, violência, desintegração social entre as minorias. Sujeitos moralmente patológicos.

E o que pensam os trabalhadores pobres sobre os subsídios aos ciganos ?

Devo já dizer que vivo aqui nas Olaias há mais de 40 anos e sempre me dei com ciganos. Com gente capaz e outra menos capaz. Tal como os portugueses. E há aqui africanos, indianos, ucranianos...

Mas a verdade é que há algo que mal dispõe muito quem trabalha. Os ciganos, na sua maioria, vivem dos rendimentos sociais e isto é muito mal visto por quem trabalha e, que, mesmo trabalhando, não sai da miséria. Não fechemos os olhos a esta realidade.

A maioria desta gente trabalhadora não tem nada de xenófoba, nem sabe o que isso é, vive paredes meias com a etnia cigana a maior parte do tempo sem azedume ou violência.

Mas na altura do mês em que a etnia cigana se alarga um bocado mais em despesas é ouvir " olha, receberam o subsídio" e não o dizem com alegria. Eu e outros tentamos mostrar que o rendimento social ajuda à integração, previne outros males, mas a vulgarização dos subsídios está muito interiorizada na população, principalmente entre quem vive com dificuldades.

A realidade é esta não vale a pena fazer de conta que não ou chamar-lhe nomes feios. E sim, a maioria das famílias ciganas aqui na Olaias vive dos rendimentos sociais. Pelos vistos também em Loures.

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Lello o cigano

Lello perdeu (há muito) a vergonha! "Interessa lá a ADSE se os funcionários públicos votam no PS?

"A maioria dos funcionários públicos são eleitores do PS.Todavia,o PS andava ciumento do PSD e nostálgico por não apresentar propostas fraturantes e não ter personalidades assim tão radicais como o SE Moedas a polarizarem as atenções dos media.Ainda que fosse por razões menos boas.Talvez por isso,mau grado o ataque sem regras nem decoro a que o PSD tem sujeito os funcionários públicos,o PS veio agora defender a extinção do serviço de saúde para o qual os ditos funcionários descontam mensalmente,o ADSE.Se o PSD malhava nos funcionários públicos,o PS também teria aí de molhar a sopa.Se eles tinham um Moedas,o PS aspiraria a ter,pelo menos,uns moedinhas!"