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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Com a Europa na frente científica

Uma das razões mais fortes para Portugal integrar a União Europeia é poder participar nas investigações cientificas que exigem enormes montantes de dinheiro e redes de cientistas e do conhecimento que nenhum país sozinho consegue ter .

Onde ficaria Portugal na ciência, no desenvolvimento tecnológico, na investigação, na inovação se não fizesse parte da comunidade europeia ? E tudo isto tem que ver com a capacidade da nossa economia, com as nossas universidades, as nossas empresas exportadoras, os nossos produtos. Novamente remetidos para o isolamento internacional, o regresso ao "orgulhosamente sós", ao atraso e à miséria é a alternativa .

E é este isolamento que BE e PCP exigem contra toda a evidência subordinando tudo à ideologia que defendem.

Portugal lidera consórcio de 20 países europeus para investigar as ondas gravitacionais

O português Vítor Cardoso, investigador e professor do Centro Multidisciplinar de Astrofísica do Instituto Superior Técnico (IST), vai liderar o consórcio de mais de 20 países e 100 cientistas europeus que pretende estudar nos próximos cinco anos todos os aspetos teóricos dos buracos negros e das ondas gravitacionais geradas pela sua colisão. Esta investigação vai revolucionar o nosso conhecimento sobre a origem e a evolução do Universo.

O consórcio foi formado no âmbito do programa europeu de apoio à ciência e inovação Horizonte 2020 e em Portugal, além de uma equipa do IST, envolve também uma equipa de cientistas da Universidade de Aveiro, liderada pelo professor e investigador Carlos Herdeiro.

Os mais de 100 cientistas europeus vão desenvolver o projeto GWVERSE (Gravitational Waves of the Universe),

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Bolsas de demagogia

Há mais uma hecatombe em Portugal segundo os que sempre viveram à mesa do orçamento. Não é verdade como se mostra aqui:  Em termos globais, o investimento em Ciência em percentagem do PIB atingiu um máximo de 1,64% em 2009 e em 2012 regressara aos valores de 2008, ou seja, a 1,50%. Estes valores não ficam longe da média europeia de 2,07% e colocam Portugal à frente de todos os outros países do Sul da Europa, incluindo a Espanha e a Itália. Mais: quando olhamos para o detalhe das estatísticas, verificamos que dos 0,14% perdidos entes 2009 e 2012, 0,10% foram perdidos pelo sector privado, o que significa que a quebra no sector público foi de apenas 0,04% (Pordata). Estes indicadores são coerentes com os números fornecidos pela FCT para o nível de investimento público (Orçamento e fundos comunitários): depois de um pico de 452 milhões em 2009, o investimento caiu para 412 milhões em 2011 e recuperou para 424 milhões em 2013 (números provisórios), um valor semelhante ao de 2008 (427 milhões).

Trabalhar em rede na ciência dá resultados extraordinários

Vários grupos de cientistas em países diferentes trabalham em rede potenciando a descoberta de novas técnicas para combater o cancro. Nos últimos cinquenta anos a ciência progrediu mais do que nos últimos quinhentos anos. É este sistema social-económico e político que dá margem para que cada vez mais cientistas reúnam as condições para investigar.

No outro dia um amigo meu médico que estudou nos Estados Unidos e em Cuba dizia-me que um país pobre não pode ter nem uma saúde pública boa nem uma investigação cientifica capaz. A nossa sociedade também na ciência vai na frente.

PS : antecipando aos comentários é, claro, que Cuba pode ter e tem, bolsas de excelência. Mas não um SNS de qualidade.