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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um exemplo para a TAP

A transportadora aérea de Chipre cessou as operações. Tal como a TAP perdeu o "timing" para fazer o que tinha que ser feito . Operar num ambiente de concorrência externa não deixa margem para ajudas estatais nem para prejuízos acumulados. A TAP deve ser privatizada se é que alguém ainda a quer.

Segundo a Comissão Europeia, a Cyprus Airways “não tem uma perspetiva realista de viabilização sem subsídios estatais continuados”. A comissão destacou ainda que estas ajudas dão uma vantagem indevida sobre as suas concorrentes, em violação das normas comunitárias sobre ajudas estatais. “Desgraçadamente, em vez de uma privatização rápida, quando houve a oportunidade, escolheu-se a via das ajudas ilegais”, afirmou o ministro, aludindo às ajudas atribuídas pelo anterior governo, em 2012.

Chipre não salva a economia com as condições impostas

Chipre não está no bom caminho.

"[A] economia está a ser conduzida para uma profunda recessão, o que leva a um crescente desemprego e uma consolidação fiscal cada mais difícil", escreve Anastasiades, na missiva enviada aos chefes das três instituições da UE e do Fundo Monetário Internacional. "Exorto-vos a rever as hipóteses de forma a dar a Chipre e ao seu povo uma perspectiva viável para o futuro."

Anastasiades pediu aos líderes da UE para flexibilizarem as exigências feitas em relação à reestruturação e fusão parcial dos seus dois maiores bancos, que representam 80% do sector bancário nacional, apoiado por mais empréstimos da zona do euro.

Lá como cá!

A Alemanha tenta controlar os estragos

Isto de deitar a mão aos depósitos abre um precedente perigoso. Os responsáveis afadigam-se em declarações para acalmar os depositantes, mas a fuga do dinheiro dos países mais frágeis para os países do centro e do norte da Europa é mais que certo. Nestes países o perigo de bancarrota dos bancos é bem menor.

Que os bancos têm que ser responsabilizados pelo que fazem é inevitável, não podem enriquecer com os lucros e nacionalizar os prejuízos. Mas a medida devia aplicar-se aos accionistas e aos gestores e não aos depositantes.

O programa negociado como contrapartida para Nicósia receber um pacote financeiro de dez mil milhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional rompe com o modelo de salvamento dos bancos até aqui utilizado na zona euro, passando a envolver no resgate os accionistas, os detentores de obrigações e os grandes depositantes das instituições financeiras resgatadas.

Chipre deve sair do Euro já, diz Krugman

Chipre vive do sistema financeiro e do Turismo. Um deles acabou agora por desaparecer. Tem que sair do Euro e apostar no reforço do turismo e no sector da exportação mas tudo isto leva muitos anos a montar.

Sair do euro permitirá acelerar a reconstrução” económica de Chipre, defende Krugman, explicando que o caminho mais acertado neste momento é apostar num “boom do sector turístico, enquanto se fomenta o crescimento de outras exportações”, dando o exemplo da agricultura. 

Os países têm que manter os sectores primário e secundário. O terciário é demasiado volúvel.

Retirar aos bancos o monopólio de financiar a economia

Parece que os governantes estão fartos de ser "paus mandados" dos banqueiros e mercados financeiros . Estão a tomar uma série de medidas que mostram que, tal como todos nós,  perderam o "respeitinho" aos gordurosos senhores do dinheiro. É uma boa notíca. O que se está a passar em Chipre, em que os accionistas e depositantes milionários são chamados a pagar o que resulta dos riscos que quiseram correr, mostra que aprenderam alguma coisa. Agora andam a preparar formas diversas de financiar a economia retirando esse monopólios aos bancos.

(...)discute então a possibilidade de se adoptar um sistema mais diversificado. Uma das soluções passará pelos bancos de desenvolvimento. Estes bancos, criados por um país ou organização multilateral, disponibilizam financiamento para o desenvolvimento económico.

Os investidores institucionais, como as seguradoras de vida ou fundos de pensões, são outras opções para o financiamento a longo prazo e que detêm cerca de 13,8 biliões (milhão de milhões) de euros (mais de 100% do PIB europeu) em activos e o seu modelo de negócio assenta sobre períodos mais longos.

O mercado de obrigações, apesar de ter aumentado nos últimos anos, corresponde a apenas 15% da dívida das empresas, em comparação com outras economias. Medidas para melhorar o funcionamento do mercado de obrigações passará por reduzir a fragmentação do mercado por nações, desenvolver mercados de securitização e promover a criação de um mercado único europeu para obrigações.

A Comissão Europeia investigará também em que medida é que a cobrança de impostos afecta o investimento a longo prazo, tal como os princípios de contabilidade em vigor.
 




 

Plano de resgate a Chipre é o que foi possível

É o que se conseguiu após muitas lutas e esquecendo o que eram, até agora princípios fundamentais da actividade bancária. Mas há que prosseguir na regulação de uma actividade que os governos deixaram à rédea solta com os resultados que estão aí.

O vice-presidente da Comissão Europeia e responsável dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse que o acordo foi “absolutamente essencial”, pois irá permitir reconstruir a economia cipriota, e afirmou que Bruxelas vai fazer “tudo para atenuar as consequências sociais do programa e proteger os mais vulneráveis” a este “choque económico, “que o país vai sofrer com o resgate. Olli Rehn reconheceu que, "dada a profundidade da crise financeira, o futuro próximo dos cipriotas será muito difícil".

Espero que o desemprego não seja infeliz como o português.

Tal como Portugal. Chipre de cócoras

Com a bancarrota pela frente o Presidente de Chipre já aceitou as condições da Troika. Fala-se em 40%, a taxa que recairá sobre os depósitos acima dos 100 000 euros. Países com dívida acima de 60% do PIB perdem parte da soberania e levam 30 anos a pagá-la. É o lindo enterro que os governantes fizeram aos países. Mas há países bem governados que não caíram na armadilha.

 

Afinal no Chipre não há taxas

Não há taxas a incidirem sobre os depósitos bancários . Não haverá qualquer taxa sobre os depósitos", afirmou um diplomata europeu às primeiras horas de segunda-feira, referindo-se ao acordo concluído com os cipriotas.

Apesar do abandono da taxa, os depositantes com contas acima dos 100.000 nos dois maiores bancos – o Banco de Chipre e o Banco Popular (Laiki) – vão sofrer na mesma uma perda dos seus bens.

Estas perdas serão infligidas no quadro do processo de liquidação do Laiki que resultará na transferência dos seus activos "sãos" para o Banco de Chipre. Com este processo, o Laiki ficará apenas  com os activos duvidosos, ficando assim transformado num "mau banco".

Igreja Ortodoxa de Chipre responsabiliza presidente comunista

O chefe da Igreja Ortodoxa diz que o culpado da situação de Chipre é o antigo Presidente da ilha o comunista Demetris Christofias mais o seu amadorismo. Lembra o que a ilha foi obrigada para entrar no Euro e que os "chefões" de Bruxelas são uns incompetentes.“Com tal comportamento, o euro não se pode manter. Não estou a dizer que vai colapsar amanhã, mas com os cérebros que estão em Bruxelas, é certo que a longo termo não se manterá. O melhor é reflectir sobre os meios para sair”, afirmou o arcebispo ao jornal Realnews. O religioso disse que não é fácil, mas também é preciso lembrar como se processou a entrada do Chipre na zona euro e quanto tempo foi gasto para tal.

Não há cérebros em Bruxelas nem políticos nos países que estão sujeitos a programa. Há quem não esteja sujeito a programa de ajustamento. Esta diferença diz tudo sobre os políticos causadores do desastre!

Em Chipre o memorando da Troika foi assinado

Chipre já aceitou uma série de medidas impostas pela Troika. A realidade acaba sempre por se impor. Estamos a falar da vida das pessoas, do dia a dia, não há romantismos que se aguentem. Como na Grécia, as manifestações, as eleições...

Os responsáveis políticos do país parecem ter optado, assim, depois de um dia repleto de ultimatos por vários líderes europeus, pela aprovação de várias medidas que, em conjunto, conseguem atingir os 5800 milhões de euros de receita exigidos pela troika, para que esta empreste os mais 10.000 milhões de euros necessários para salvar os bancos de Chipre. E ao mesmo tempo, de forma inédita na zona euro, criar os instrumentos que permitam ao país limitar uma fuga de capitais em larga escala do sistema bancário, assim que as instituições financeiras do país voltarem a abrir, algo que está previsto para a próxima terça feira.
De acordo com a agência Reuters, se todas as medidas forem aprovadas, incluindo a taxa sobre os depósitos, o presidente de Chipre irá a Bruxelas no Domingo apresentar os resultados aos seus parceiros europeus, numa reunião extraordinária do Eurogrupo.
Já depois da meia noite em Nicosia, o Parlamento aprovou nove diplomas. Criou o fundo de solidariedade, que inclui a utilização de fundos de pensões de várias instituições públicas e semi-públicas, sendo dada em troca aos beneficiários a aquisição de títulos do tesouro.