A Venezuela de Chavez - os grandes negócios do estado
A Venezuela de Chavez é isto bem como o Portugal de Sócrates. Grandes negócios com os " donos disto tudo" à sombra do poder e do dinheiro do Estado.
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A Venezuela de Chavez é isto bem como o Portugal de Sócrates. Grandes negócios com os " donos disto tudo" à sombra do poder e do dinheiro do Estado.
O Ministério da Economia respondeu ao Juiz do Processo Marquez que após aturadas buscas havia concluído que as actas dos negócios de Sócrates com Chavez desapareceram. Assim sem mais.
Um negócio de 2 000 casas pré-fabricadas atribuídas ao Grupo LENA. Como é que um ministério perde documentos com esta importância ainda para mais estando no cerne da investigação? E como podemos nós pobres contribuintes confiar neste ministério ? Como diria a ministra da Cultura sobre os quadros desaparecidos estarão em lugar pouco conhecido. Ora bem...
O estado para além dos negócios também faz desaparecer a documentação impedindo a investigação da seriedade dos termos negociados. É como ter a raposa dentro do galinheiro.E não há responsáveis? Desde o ministro aos funcionários ninguém se acusa? Mais uma vez a culpa a morrer solteira.
E é melhor tirarmos o cavalinho da chuva porque ninguém tem coragem de mexer nesta administração pública.
Eles comem tudo e não deixam nada.
A esquerda que agora tão ansiosa se sente com a eleição de Bolsonaro continua a apoiar o regime iniciado por Chavez . Os democratas não devem apoiar nem um nem outro.
Deixem-me começar com um exemplo que todos vocês conhecem bem: na Venezuela, Hugo Chávez era um político “outsider” que usava a raiva que crescia na sociedade contra uma elite corrupta para se afirmar como um “antibiótico”. Chávez foi eleito Presidente em 1998, democraticamente. E até morrer em 2013 não foi antibiótico contra a raiva, foi um político que fomentou o ódio para aumentar o seu poder.
Chávez fez da Venezuela a sua ditadura: usou as Forças Armadas, prendeu opositores, tomou controlo dos media, mudou a constituição, cortou as liberdades, empobreceu o país. A Venezuela, hoje, está como está: mostrado como uma democracia pode morrer não só pelas mãos dos generais, mas também pelas mãos dos líderes eleitos.
A revolução não se pode fazer contra o povo . Nem pode depender de um só homem por melhor que seja. Porque o melhor que faz é rodear-se de gente medíocre que o idolatra em vez de o criticar . Depois sobra gente como Maduro.
Chavez não foi capaz de desenvolver uma sociedade democrática nem criar uma classe social independente do estado e da sua única fonte de rendimentos, o petróleo. Ao primeiro abalo no preço do petróleo o socialismo transformou-se numa ditadura.
E não foi capaz de desenvolver uma economia social de mercado para quebrar o ciclo de pobreza, projectando-a para outro patamar capaz de sustentar um estado social e aproximar desigualdades sociais .
Como se viu ontem Maduro deu o passo que faltava de uma ditadura. A baixíssima percentagem de votantes não deixa dúvidas que passou a governar contra a maioria do seu povo.
E governar contra a maioria do seu povo não é socialismo é uma ditadura. O PCP já veio publicamente apoiar a revolução contra o povo venezuelano.
Perdidas as eleições por números esmagadores e humilhantes apesar de todas as ameaças, o ainda presidente muda as regras. E lá como cá também há cerco ao Parlamento numa intimidação para que os deputados eleitos não tomem posse. E a violência é muita.
Entretanto Maduro retira poderes sobre o banco central à Assembleia Nacional e transfere-os para a presidência . O centro de Caracas acordou tomado pelos militares, que criaram cinco anéis de segurança em torno do edifício da Assembleia Nacional, que pela primeira vez em muito tempo não exibia uma fotografia gigante de Hugo Chávez.
Não há um único caso em que o que começou por ser "o caminho para o socialismo" não tenha acabado numa ditadura e de miséria para o povo. Esse caminho virtuoso, segundo alguns, também foi tentado por cá e continua escrito na Constituição. E também já tivemos cerco à Assembleia da República. Valeu-nos a situação geográfica e a proximidade de democracias maduras que ajudaram Portugal a furtar-se à ditadura.
O 9º maior produtor mundial de petróleo afunda-se no "Chavismo" sem Chavez. Na miséria, na falta de bens essenciais, na falta de liberdade e nos assassinatos de jovens manifestantes. Os que olhavam para o "Chavismo" como um milagre de justiça, progresso e paz apressam-se agora a classificar a hecatombe como resultado da contra revolução e de infiltrados.
Há quatro anos estive na América do Sul em vários países. Nas conversas que fui tendo tentei inteirar-me do que pensavam de Chavez. "Um demagogo, mais um palhaço que humilha a América do Sul aos olhos do mundo. Tudo isto vai acabar numa guerra civil ou num ditadura militar como tantas vezes aconteceu." Quando cá cheguei diziam-me os meus amigos. "Não esqueças que falavas com gente em hotéis, restaurantes, não falaste com o povo das barracas." Tinham razão mas era preocupante aquela unanimidade em vários países.
O que se está a ver na Venezuela já se viu muitas vezes noutros lugares. Os subsídios do estado, mesmo com todo o petróleo do mundo, não conseguem tirar o povo da miséria. Compare-se com a Noruega, também produtor de petróleo que o usou para criar uma indústria sólida, incrementar a investigação e criar postos de trabalho .
Há alguns anos que se sabia da fortuna do ex- Presidente. Em países onde a democracia e a separação de poderes não funciona, o estado de direito não é capaz de impedir as negociatas que o poder proporciona. Portugal é um bom exemplo. Eu a partir de uma certa altura da minha vida fiquei com a convicção que a Justiça não funciona porque convém aos que mais podem. Não é por incompetência, longe disso!
A fortuna de Hugo Chávez foi avaliada em cerca de 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,533 milhões de euros), num rol de dinheiro e bens onde estão incluídas desde grandes propriedades a jóias e carros de luxo.
Na Europa a direita acusa Chavez de ser um Presidente que pisou o risco da Democracia a esquerda, louva-o, porque tirou milhões de venezuelanos da pobreza. Têm ambos razão, mas pecam pela mesma medida. Olham-no como europeus. Não se pode comparar o incomparável. Portugal que é o país mais pobre e mais desigual da UE é, muitas vezes, mais equilibrado socialmente do que a Venezuela. E com uma qualidade de vida muito superior.
Na Venezuela e na generalidade dos países sul- americanos há muitos milhões de pobres a par com fortunas impensáveis. E não há classe média, começou a nascer há vinte anos, se tanto. Foi, por exemplo, o que aconteceu com Fernando Henrique Cardoso e Lula no Brasil.
Chavez era muito mal visto pelas classes médias e ricas nos países sul- americanos como, aliás, Lula.
Mas o que convém perceber é que, pese todos os problemas e injustiças sociais de que a UE padece, nada se compara à extrema pobreza que ainda hoje se encontra naquela parte do globo.
Não há austeridade nem erros políticos que nos remetam para sociedades tão pobres e tão desiguais. Apesar das imensas riquesas, como o petróleo, os minerais, a madeira, a fruta, a carne...
Falta a educação, a investigação, a inovação...o que demora muitas décadas a alcançar. O que é bom já lá estava!
Aquando da morte de Jaime Neves, a esquerda radical não prestou a devida homenagem republicana ao ter votado contra o voto de pesar aprovado pela maioria mas também pelo PS.
Hoje o Parlamento aprovou quatro votos de pesar pela morte de Hugo Chavez. Ao contrário do que sucedeu com um dirigente que lutou contra o comunismo, a esquerda radical não teve dificuldades em homenagear um comunista.
A falta de ética e sentido republicano por parte do PCP e BE é gritante e demonstra bem que estes dois partidos não respeitam as regras democráticas.
A Direita tem de ensinar a Esquerda a fazer política e mostrar sentido de Estado e estatura.
Enquanto que a Direita alinha pela cordialidade, respeito independentemente da cor política, a Esquerda continua ligada a um passado que ainda deixa marcas. Marcas que são reflectidas nas atitudes tomadas e nem num simples gesto de pesar conseguem separar as ideologias.
É por estas atitudes que tanto PCP como BE nunca irão ter votações relevantes e muito menos serão soluções governativas. Enquanto o primeiro se arrasta há 30 anos com o mesmo discurso, o segundo está perdido numa liderança bicéfala que nem os fundadores aceitam.
Porquanto se fala muito em liberalismo, capitalismo selvagem e outros itens, são estas pequenas tomadas de posição que descredibilizam uns mas credibilizam outros.
por Francisco Castelo Branco.
Há preocupação por parte dos empresários Portugueses. Os negócios em perspectiva montam a dois mil milhões e as nossas exportações estavam a crescer em flecha. Agora, para já, tudo ficará para depois das eleições que se realizarão dentro de 30 dias.
Sem Chavez o que acontecerá ao "chavismo" ? A criatura sobreviverá ao criador ? Tudo indica que a emoção vai prevalecer nos resultados das eleições e que o colaborador indicado por Chavez vencerá. Se assim for as mudanças nos primeiros tempos sem Chavez não serão muitas, mas a longo prazo muita coisa será diferente.