Centro direita e centro esquerda dominam sondagem para as europeias
Passaram o papões da extrema direita e da extrema esquerda e o centro direita e centro esquerda dominam o parlamento europeu.
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Passaram o papões da extrema direita e da extrema esquerda e o centro direita e centro esquerda dominam o parlamento europeu.
Vai ser já em Julho nas legislativas. Macron, presidente eleito, porque precisa de uma força política organizada que o apoie na Assembleia Nacional, Le Pen porque já percebeu que não chegou o movimento que fez em direcção ao centro. Já conseguiu mais votos que seu pai suavizando propostas e moderando posições . Vai ter que transformar a Frente Nacional num partido que possa preencher uma parte do centro direita.
Macron vai à conquista do centro esquerda ocupando a posição dos partidos social democratas e socialistas democráticos que, em grande parte, ficaram pelo caminho.
Precisam de respostas novas para velhos problemas que ficaram definitivamente formulados durante a crise que a Europa está a deixar para trás. Um desses problemas é que quer a extrema esquerda quer a extrema direita não apresentam soluções viáveis no quadro democrático e europeu. Chamados ao poder as suas propostas foram rapidamente abandonadas . Embateram num muro político e técnico que a realidade ergueu à sua frente.
Iniciar a mutualização da dívida como forma de baixar juros e consolidar prazos, flexibilizar o Tratado Orçamental, crescer na economia e criar emprego .
E, politicamente, reforçar o estado de direito e o estado social e todos os princípios democráticos que possibilitaram que nunca tantos gozaram esta qualidade de vida durante tanto tempo.
63% dos portugueses querem permanecer na União Europeia. 70% dos espanhóis querem permanecer na União Europeia. Portugueses e Espanhóis querem voltar à estabilidade e ao centro político.
Segundo as sondagens, apesar de 70% da população preferir que Rajoy renunciasse à liderança, 73% dos votantes do PSOE apoiam a abstenção do seu partido a fim de viabilizar um governo do PP; o mesmo se passa com os votantes de Ciudadanos e até com 50% de Podemos, que preferem um governo de Rajoy do que repetir uma vez mais as eleições. Depois deste interregno, a estabilidade e o recentramento das políticas têm neste momento a aceitação da grande maioria da população.
A Coligação de centro direita acabou com o final do governo PSD/CDS. É agora necessário o PSD preencher um vazio ao centro, resultado da sua politica de austeridade e da coligação do PS ( que inflectiu à esquerda) com PCP/BE.
O PSD não pode fazer este movimento ao centro atrelado ao CDS e com Passos Coelho a líder. E se for necessário a curto prazo apresentar-se a eleições mais depressa terá que desfazer-se deles. É injusto ? É, mas em politica não pode haver estados de alma e não há moral, como bem disse José Sócrates em recente entrevista.
Rui Rio já farejou a oportunidade e já marcou terreno. "É mais fácil haver esse entendimento se forem duas outras pessoas, diferentes das que se guerrearam, que foram adversários, que continuam adversários e que continuarão adversários", reflecte Rui Rio, considerando que novas lideranças facilitariam entendimentos entre os dois maiores partidos."
É, claro, que Rui Rio está pensar em si mesmo e em António Costa, deram-se bem enquanto presidentes das câmaras municipais do Porto e Lisboa, respectivamente.
Mas, também é verdade, que Passos Coelho consegue manter o PSD nas sondagens ao nível do PS, tendo mesmo sido o partido mais votado nas recentes eleições legislativas. Vantagem que não pode ser desperdiçada sem contrapartidas.
O xadrez da política já começou a posicionar as peças para os jogos que se anunciam. Mostra bem que o governo de António Costa não vai ter nenhum estado graça.