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BandaLarga

as autoestradas da informação

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PS e PSD à conquista do centro

É ao centro que se ganham eleições . Para isso PS tem que se afastar da extrema esquerda e o PSD da extrema direita. É o que ambos estão a fazer.

Neste momento, o que ambos os líderes estão a fazer é política, cálculos, a desenhar cenários e a tentar fazer crescer os respetivos campos. O PS comanda à esquerda. O PSD tem o mesmo poder à direita. Resta ver como, neste jogo de sombras e habilidade, conseguem dividir o centro. É nisso que estão, porque não se descortina nenhuma terceira via. Só mais à frente, nas urnas, se saberá quem ganhou e perdeu.

 

A oferta em bandeja de ouro ao PS do centro político

É o que acontecerá se o PSD for empurrado para a direita e disputar o eleitorado natural do CDS. E é esta a razão primeira da guerra que Rio comprou dentro do seu próprio partido.

Voltemos às razões estruturais para a contestação interna a Rui Rio. A primeira tem que ver com a máquina partidária. Há demasiada gente instalada e que vive basicamente à custa do partido (seja por poder exercer influência, seja por empregos diretos, seja por outra razão qualquer) que se sente ameaçada pela previsível mudança. Por outro lado, a máquina está alinhada, o que é normal, com a estratégia de posicionamento do partido dos passistas. Mudar a máquina de alto a baixo é muito difícil, se não impossível. Mais uma vez, Rio terá de ganhar o partido de fora para dentro. Ou seja, há uma parte da máquina que terá de ser mudada, mas há outra parte que será convencida se o presidente do partido mostrar que pode ganhar eleições com um novo posicionamento político.

E é aqui que entra a segunda parte da razão da contestação a Rui Rio. Há um conjunto de pessoas que acredita que o PSD deve ser claramente de direita - os deputados rebeldes dividem-se entre os que já perceberam que vão perder o lugar, os aparelhistas e os que defendem a viragem à direita.

Vice primeiro ministro : voltar ao centro e à social democracia

O populismo e o extremismo andam à solta pondo em causa os princípios básicos da democracia, do estado social, da economia social de mercado e do bem estar da sociedade.

É preciso voltar ao centro e à social democracia e isso faz-se participando numa Europa de valores que têm valido 70 anos de paz . O que se vê hoje é muito parecido com o que se viu nos anos de 1920 e 30 e que resultou em duas guerras com milhões de mortos.

Para ser bem entendido, chamarei a este quadro institucional a democracia liberal e social: uma combinação virtuosa de liberalismo político, economia de mercado, política pública redistributiva e sociedade de bem-estar. Em função da sua visão do mundo, cada um/a de nós tende a interpretá-lo e a dizê-lo a seu modo. Sem esse pluralismo, ele não seria, aliás, viável. Contudo, ele define uma larga agenda comum para todos quantos quiserem assumir a responsabilidade de combater o mal que corrói a nossa cidadania, opondo-lhe uma ação firme em favor dos valores, das instituições e da cultura democrática.

A incapacidade de voltar às soluções apresentadas pelo centro político( PS e PSD) é o maior perigo para a paz, o progresso e a melhoria das condições de vida . Quando o governo assenta em dois partidos que colocam em causa a União Europeia e o Euro, o país paga com a incapacidade de crescer economicamente, suportando taxas de juro que não param de crescer e que estão cada vez mais próximas dos fatais 4% , uma dívida pública monstruosa e que cresce todos os dias e uma dificuldade em aceder aos mercados que se acentua em cada operação de colocação de dívida.

Tocam os alarmes dentro do maior partido da governação e quando é o vice primeiro ministro a manifestá-los publicamente envolve todo o governo .