Ouvido por um jornalista da RTP um brasileiro dizia " queremos uma proposta política como existe em Portugal e na Alemanha" . Assim mesmo . Pouco conhecedor do que se passa na União Europeia, o nosso irmão brasileiro quer é uma proposta de paz, progresso, justiça e liberdade . Tudo o que não tem e que é atacado pelos extremismos aqui e lá no Brasil.
Há umas semanas atrás o ex-presidente do Urugaio, José Mujica, dizia mais ou menos o mesmo : quem me dera ter na América do Sul a União Europeia " . A mesma UE que a extrema esquerda e a extrema direita querem destruir.
Para o eurodeputado do PSD, outro dos problemas foi a falta de uma “alternativa moderada central”. “As pessoas de uma ala mais moderada não souberam encontrar uma resposta. Agora estão neste dilema e correm o risco de que um candidato com um programa extremamente preocupante, que é Bolsonaro, ganhe as eleições. E há uma probabilidade muito alta de isso acontecer”, defende Paulo Rangel.
Mas não é apenas o candidato do Partido Social Liberal (PSL) que preocupa Paulo Rangel. A reputação do Partido Trabalhista (PT), representado nestas eleições por Fernando Haddad - escolhido para substituir Lula da Silva, depois do antigo presidente ter sido preso por corrupção -, também merece atenção. “O PT está intrinsecamente ligado a uma rede de corrupção que envolveu os nomes mais relevantes do partido”, lembra.
A união monetária da Europa continua ameaçada de colapso e hoje ainda mais do quando a crise principiou há oito anos.
A razão para tal reside numa contradição fundamental na constituição do euro: os 19 países participantes partilham uma moeda, mas gerem separadamente os seus orçamentos nacionais e cada um segue a respetiva política económica nacional. Além disso, o Banco Central Europeu não serve automaticamente de «crédito ou emprestador de último recurso», que mantém a liquidez do orçamento de Estado em caso de crise, como é habitual em todo o mundo. Como consequência disso, não existe ainda um orçamento comum nem um governo comum democraticamente eleito da zona euro. A UE carece assim da instituição absolutamente necessária para representar o bem comum da união monetária como um todo e traçar uma política que seja partilhada pelos cidadãos de todos os países-membros.
Os orçamentos públicos dos Estados Unidos estão no vermelho a 105 por cento dos resultados económicos anuais. É muito, e no entanto ninguém teme que o governo norte-americano não honre sequer uma única das obrigações emitidas. Não apenas dispõe da soberania fiscal para gerar os rendimentos necessários, como a Reserva Federal garante igualmente todos os pagamentos.
Isto faz das obrigações dos EUA o epítome de um investimento seguro.
Acima de tudo, a «cláusula de não-resgate de ajuda» destinava-se a tranquilizar o eleitorado conservador alemão.