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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Gastar na máquina do Estado ou reduzir impostos ?

São dois cenários claros que os portugueses têm nas próximas eleições legislativas .

Esse é o ponto central da nossa análise económica - as nossas medidas são desenhadas para aumentar a competitividade da economia portuguesa. Elas são baseadas em três drivers fundamentais: aumento do investimento, por um lado público, mas sobretudo privado; aumento das exportações; poupança. Recalculámos o cenário-base do Conselho de Finanças Públicas e chegámos a taxas de crescimento que vão em crescendo, mas que, face àquilo que é o Programa de Estabilidade do governo, tem uma diferença do ponto de vista nominal de cerca de 0,5%.

O PSD entende que as empresas são o ponto central para a criação de riqueza e para a criação de emprego. Só a criação de riqueza é que permite depois aumentar os salários por um lado e, por outro lado, cobrar impostos que depois permitam políticas redistributivas, seja em sede de IRS seja em sede das prestações sociais em dinheiro e em espécie ou seja, o Serviço Nacional de Saúde, o sistema de educação, etc. As empresas estão no centro dessa opção de política económica. Mas isto não invalida que não haja de facto um problema de salários baixos.

Eu acho que isto é um exercício de transparência para os portugueses, penso que a mensagem não podia ser mais simples e mais clara, se houver crescimento económico nos próximos quatro anos, há duas opções completamente diferentes: o Governo quer gastar na máquina do Estado, nós queremos reduzir impostos. Portanto a escolha dos portugueses é muito simples e eu acho que o debate político só ganha em ter mensagens simples e que possam permitir escolhas às pessoas. Tal como disse antes, o Governo prevê o crescimento nominal de 3,5%, nós prevemos de 4%, não há uma diferença tão significativa, a composição será seguramente diferente daquilo que nós queremos fazer com esse dividendo orçamental que é dado pelo crescimento nominal. O que o Governo fez nos últimos quatro anos, e pretende fazer nos próximos quatro atendendo à informação que temos, que o programa do PS ainda não foi revelado, é continuar a aumentar a despesa corrente primária, o que nós defendemos é que essa margem deve ser sobretudo canalizada para a redução e impostos e também para a recuperação de infraestruturas.

Centeno não vê dificuldade em alcançar 2,7% de aumento do PIB proposto por Rio

Continuamos a ser um país poucochinho a crescer abaixo das necessidades de um país pobre e desigual. Há muito que não crescemos porque apostamos no crescimento da despesa pública em detrimento do investimento e da elevada carga fiscal.

A alternativa, a alternativa que vale a pena, é fazer crescer a riqueza produzida pela iniciativa privada e isso faz-se incentivando o investimento e tornando o país competitivo fiscalmente.

Tudo mantendo as contas públicas equilibradas. Estes últimos quatro anos foram neste contexto uma oportunidade perdida. Aliás, o programa eleitoral apresentado pelo PS com Centeno a coordenar também propôs o PIB a crescer. Só que os parceiros da geringonça obrigaram a dirigir as políticas para os "avanços" com o resultado poucochinho que está à vista.

Quando a economia cresce no seu todo cresce para todos embora cresça mais para uns do que para outros. Não há outro forma de combater a pobreza.Tirar à classe média para dar a alguns grupos que dependem do estado não é justo e não termina com o desagrado como se vê pelas greves.

Os cenários que cercam Sócrates

Cenários possíveis para explicar o surto de manifestações de vergonha pelo caso Sócrates vindas nas últimas horas de conceituados desavergonhados:

Cenário Tragam pipocas: estão em vias de ser conhecidos novos e graves desenvolvimentos; as manifestações de vergonha são uma forma atabalhoada de tentar uma desvinculação do lamaçal.

Cenário Chefe, isto fugiu-nos das mãos: a vergonha era apenas dirigida aos comportamentos do Pinho, com o objectivo de controlar danos; mas até mentes rotinadas na distorção de factos têm dificuldade em negar o que se viu; o discurso não sai fluido; os jornalistas dão uma ajuda, transmitindo mais do que os novos envergonhados disseram; uma queimada destinada a eliminar matéria combustível fica descontrolada e provoca um incêndio; para além de Pinho, também Sócrates fica queimado; perante a situação, o próprio Chefe vem a público prestar declarações para parecer que tudo está alinhado.

Cenário Isto está dominado: promove-se uma ignição pública criando uma frente de fogo controlada mas nos bastidores está garantido que o incêndio não danificará bens essenciais (prisão, perda de fundos, etc); assegurado o objectivo, a crítica a Sócrates visa despistar qualquer associação do PS actual a movimentações necessárias para o conseguir.

Cenário Incêndio circunscrito: escutas e provas comprometedoras inexistentes/eliminadas, podendo deixar-se cair Sócrates sem risco de arrastamento da actual nomenclatura.

Cenário Lama no sistema de ventilação: com o aproximar das decisões fundamentais, Sócrates deu sinais de que não se afundará sozinho; a manifestação de vergonha tem como objectivo descredibilizar tudo o que venha a dizer sobre o assunto.

Rui Rocha

Zona Euro intacta - cenário com 75% de possibilidades

Sem Le Pen em França, com Schultz na Alemanha ,  com a Grécia a cumprir o terceiro resgate e a Itália a resolver os seus problemas bancários a manutenção do Euro tem 75% de possibilidades e, neste cenário, é bem possível que outros países se juntem, incluindo uma reaproximação do Reino Unido .

- a Alemanha ressuscita o seu apoio às obrigações europeias - dívida emitida em conjunto pelos países da Zona Euro

- A Alemanha dá ínicio a um período de expansão orçamental aumentando a procura interna puxando pelas outras economias pelas importações 

- Uma União Orçamental incipiente começa a tomar forma com a Alemanha a concordar em compensar em determinadas circunstâncias os gastos dos países dos países do sul

- Criação de um ministério das finanças da Zona Euro

- Concretização da União Bancária e sistema comum de garantia de depósitos

E Trump com os seus radicalismos move uma guerra comercial à Alemanha com vista a diminuir o excedente externo entre os dois países. Putin força a pressão nas fronteiras da União Europeia levando os países europeus a fortalecer a coesão .

Nada está adquirido, o processo é original, nunca foi tentado antes, não será nunca linear mas é um pilar essencial para o a paz no mundo, para o desenvolvimento e para mais igualdade

 

Mau demais para Costa fingir que não se passa nada

Todos os dias o cenário é mais pessimista. António Costa faz de conta que não se passa nada.

Resumindo: sem exportações e à falta de investimento nem sequer será o consumo privado a puxar pela economia. É mau demais para continuar a fingir que não se passa nada.

Com a economia a crescer abaixo dos 2%, a criação de emprego arrisca-se a ser residual. Um crescimento de 1,5% (ou próximo, como concordam BP e FMI e a própria CE) significa que não há nenhuma aceleração da economia face ao ano passado. Não chega para alimentar a expectativa de um reforço das receitas fiscais, nem pela via dos impostos directos nem indirectos. Faz temer pelo défice, mas muito pior é não permitir virar a página da austeridade. Frustradas as expectativas não haverá segunda hipótese de retoma da confiança.

Acabe-se com o INE que, mesmo descontada a sazonalidade, aponta para o desemprego a saltar duas décimas para 12,3% em Fevereiro. Como se isto não bastasse, nos primeiros dois meses são destruídos 20 mil empregos, acima do reforço do desemprego, e mostrando que o ciclo da emigração/ inactividade está para durar.

Um cenário de pesadelo

Nem 2,4%, nem 2,1%, nem 1,9%. A economia vai crescer 1,4% abaixo dos 1,5% de 2015. Para 2017 espera-se 1,3%. Não há cenário que resista a uma hecatombe destas.

E consumo, exportações e investimento ficam muito abaixo do que diz o governo. Os juros podem disparar, Portugal está seguro por arames com uma só agência de ratio a manter o país fora do lixo.

O relatório da Troika arrasa a proposta de Centeno e Costa. As finanças já reagiram dizendo que a Troika não considerou os efeitos das negociações com Bruxelas que, pelos vistos, e ao contrário do que dizem PCP e BE, favorecem o resultado. Chamam-lhes "chantagem" mas servem como argumento.

Estamos em plena aceleração contra a parede.

 

O verdadeiro milagre - em ambos os cenários a economia cresce

Comparar cenários é uma forma boa de se aquilatar da bondade das propostas. O que se vê nestes gráficos é que os cenários não são assim tão diferentes, embora não apareçam por acaso alguns "picos" em momentos chave ( ai, eleições)

Há um milagre no crescimento da economia no cenário do PS que chega a 3.4% coisa que não se vê por cá há mais de trinta anos. Cumprido o sonho volta para os 2,2% tal como todos prevêem. Fica por saber como é que se chega lá. Milagre negado

O desemprego desce rapidamente e muito para 7,4% acompanhando o milagre do crescimento. Com estes dois resultados está o milagre completo embora dando cabo das contas externas e das importações. Milagre negado

As exportações, que segundo os profetas da desgraça estariam a cair desde há seis meses, afinal crescem 5,7%, tanto quanto o governo prevê. Este é um milagre anunciado.

E o déficite, como a luz intensa que irradia de uma azinheira, mais branca que o sol, fica resolvido. Milagre anunciado. Num cenário com mais despesa e mais receita noutro, com menos despesa e mais receita.

Parece que o verdadeiro milagre passou despercebido. As condições para que a economia cresça estão reunidas.

 

 

 

 

Esperemos uma 5ª f santa

Na próxima 5ª f há uma reunião em Bruxelas que vai jogar com o nosso futuro. Se correr bem, os juros baixam e os prazos de pagamento da dívida aumentam.

"No seu habitual comentário de domingo na TVI, o professor de Direito considerou que o Governo tem pela frente duas etapas. A primeira é até à reunião da próxima quinta-feira com o Eurogrupo, em que Portugal e a Irlanda vão pedir um alargamento dos prazos para pagar os empréstimos. A segunda etapa começa a seguir e terá dois cenários possíveis: “Se correr bem, o que é o mais provável, não há aumento de impostos e vai haver redução de despesa”, afirma Rebelo de Sousa. Neste caso, terá de haver um “consenso nacional”, com um reforço do papel do Presidente da República e a criação de “pontes” com o PS."

Se correr mal vamos ter um segundo resgate que será muito doloroso.