Ceder a Bruxelas foi o que a direita fez, diz Catarina Martins a António Costa. Eu lembrei-me logo do Syriza da Grécia que sendo de esquerda ( dizem os entendidos embora haja quem duvide) foi para Bruxelas determinado a mudar tudo e veio de lá com um 3º resgate e com o programa de austeridade mais exigente.
Assim, avisou a líder bloquista, “nada aconselha a que o governo tente fazer o que a direita fez”. O que António Costa tem de fazer, defendeu Catarina Martins, é mostrar “determinação” e “mostrar porque é diferente de (…) Pedro Passos Coelho”. Até porque para que o Orçamento de Estado seja aprovado pelos bloquistas é preciso que o compromisso assumido entre os dois partidos seja “cumprido (…) por todas as partes”, lembrou.
Esta Catarina é tão fraquinha e tão demagógica que tenho a certeza que um dia destes vai perceber que é fácil enganar muitas pessoas durante algum tempo, e que dentro de poucas semanas vai perceber que não é possível enganar Bruxelas durante o tempo todo.
Jerónimo de Sousa ameaça. Cedências podem por fim ao acordo com o governo. António Costa pode aproveitar para se libertar do abraço de urso que ele próprio preparou. Começa por dizer não à troika, a situação torna-se insustentável, avança para eleições antecipadas ou para um referendo à grega. Lembram-se do filme ? Passou há pouco tempo na Grécia.
""Ninguém entenderá que o Governo ceda em questões fundamentais", protegidas pela Constituição Portuguesa, referiu Jerónimo de Sousa, admitindo: "Se existir uma destruição desses conteúdos de posição conjunta [firmado entre PCP e PS] naturalmente teremos um problema."
Claro que a interpretação que é válida da Constituição é a do PCP e como tal teremos sempre não um mas vários problemas. Nem o Tribunal Constitucional nos vale. A não ser que não deixemos a troika entrar. Longe da União Europeia, do Euro e dos credores tal como o programa do PCP impõe.
O PCP tinha a chave para abrir a porta do paraíso mas não tinha o porteiro. Agora com Costa a fazer de S. Pedro, a porta está entreaberta.
Não há uma Grécia sem um Portugal nem um Syriza sem um PCP. O segundo resgate vem a caminho