O CDS vai obrigar o PCP e o BE a votar o Programa de Estabilidade que segue para Bruxelas. O PCP já disse que votaria contra tal como o CDS e o PSD . Restam o PS e o BE que não fazem maioria.
No texto, que será votado na sexta-feira, no período regimental de votações, a proposta que vai a votos deixa de ter a recomendação de que o Governo "submeta o Programa de Estabilidade 2016-2020 e o Programa Nacional de Reformas a votação pelo Plenário da Assembleia da República", passando a ter uma formulação assertiva: "Que recusamos o Programa de Estabilidade 2016-2020 e o Programa Nacional de Reformas - e votaremos contra", atirou Nuno Magalhães.
Com esta iniciativa, BE, PCP e PEV vão ter mesmo que se pronunciar sobre as propostas do Governo socialista.
Se já não era fácil convencer Bruxelas com estes números, com eles reprovados pela Assembleia vai ser pior a não ser que PCP e BE dêem o dito por não dito. E, neste caso, o governo ficará mais frágil.
O CDS sobe praticamente o que o PSD desce. Como o PS não subiu estamos como já estávamos.
A última sondagem da Eurosondagem para o Expresso e SIC mostra que o Partido Socialista continua a liderar as intenções de voto apesar de confirmar a dificuldade dos socialistas para descolarem face aos dois partidos que formam a actual maioria de Governo.
Já nas presidenciais os preferidos são Rui Rio e Marcelo Rebelo de Sousa à direita e António Vitorino à esquerda.
Continuo a dizer que se a economia continuar a crescer e o emprego a aumentar os partidos do governo podem disputar mano a mano as legislativas. E é o governo que tens os trunfos na mão e que pode influenciar a economia e o emprego.
CDS é o que mais desce e PDR o que mais sobe. No resto é mais décima menos décima. Maioria absoluta é uma visão para o PS e para a actual maioria PSD/CDS. Vão ter que se entender pois é essa a sua obrigação primeira. Chama-se fazer política.
Portas aproveitou a mensagem de Ano Novo para dizer que está por inteiro interessado numa coligação pré-eleitoral com o PSD. Do lado deste erguem-se, cada vez mais insistentemente, vozes a incitar Passos Coelho a tomar a mesma decisão .
Deixa-se escapar que há sondagens que apontam para um resultado superior ao do PS se ambos os partidos concorrerem coligados. Há sinais de medidas populistas, devolvendo aos trabalhadores privados parte do que perderam, bem como a funcionários públicos e pensionistas.
A execução orçamental de 2014 é melhor do que se previa. Os juros baixos, o preço do petróleo em queda - o que relançará o crescimento da economia e o crescimento do emprego - e as medidas do BCE que se esperam a todo o momento, agitam os partidos da governação.
O PS aceitou o convite para reunir que lhe foi dirigido pelo PSD e CDS para tratar do IRS e da Energia Verde. Tal como já aconteceu com o IRC. À medida que a situação evolui e as medidas se tornam inevitáveis, os partidos que podem exercer o poder, iniciam a aproximação. Até porque por essa Europa fora há cada vez mais partidos e movimentos a pressionar.
Estes três anos mostraram muita coisa e, a mais importante, é que chegou a hora do investimento e do crescimento da economia. Depois do trabalho de casa que não dá largas à imaginação e a alternativas consistentes. Aliás, não apareceu nenhuma . Voltar para a situação em que o país esteve durante 900 anos e com moeda própria com os resultados conhecidos não é alternativa .
O BCE prepara-se para avançar com mais medidas para o crescimento. A Comissão Europeia já anunciou uma injecção de 300 mil milhões de Euros de investimento. A própria Alemanha assustada com a situação em casa vai relançar a economia com 10 mil milhões de Euros para estimular a procura interna o que é "música celestial" para as exportações dos países em dificuldades.
Ninguém pode perder o comboio que se está a formar. O PS já percebeu depois de andar todo este tempo a dar ares de indignação. E, paralelamente, inicia o movimento de afastamento em relação às viúvas socráticas com quem ninguém quer falar. Lá mais para diante haverá um movimento igual em relação a Passos Coelho. E o comportamento da economia e, muito principalmente, o comportamento do emprego vai determinar o resultado das eleições.
Sobem os três partidos pró- União Europeia. PS apesar da guerra interna ou por isso mesmo. PSD e CDS apesar da austeridade ou por isso mesmo. PCP e BE descem apesar de serem anti-União Europeia ou por isso mesmo.O MPT é conhecido por outro nome. Marinho Pinto. Como se vê a soma dos dois partidos do governo continua a dar-lhes total legitimidade até porque na oposição quanto a coligações é o que se sabe.
PS e PSD+CDS estão tecnicamente empatados na recente sondagem para as legslativas de 2015. PS com 36,2% e PSD+CDS com 36,8%. Inquérito feito no dia seguinte à maldade do DEO pelo que incorpora os descontentes. O nível de abstenção não deixa ainda margem para certezas muita coisa pode mudar até lá.
Tomei conhecimento, através de uma noticia publicada no jornal “Público” de 29 de Abril de 2014, de um pedido feito por Manuel Sampaio de clarificação politica do seu partido, o CDS.
Apesar de a razão desse pedido ser a atribuição da medalha de Mérito – Ouro – da Câmara Municipal de Lisboa à Associação 25 de Abril, não me iria importunar com essa atitude se, tal como vem transcrito na referida noticia, não existissem afirmações incorrectas e injuriosas em relação à Associação de que sou presidente da Direcção.
Não vou comentar a maioria das afirmações, que encaro como resultado dum exercício da Liberdade que, em boa hora, os militares de Abril recuperaram para Portugal e para os portugueses e que, felizmente, continua a vigorar. Apesar das ameaças constantes a que a mesma é sujeita, a menor das quais não é a tentativa de coarctarem o exercício da liberdade de expressão aos militares de Abril, com o argumento de que estes querem ser donos ou tutores disto e daquilo …
Sejamos claros: tal como qualquer cidadão é livre de expressar a sua opinião, o militar de Abril não abdica de exercer esse direito! Por muito incómoda que essa opinião possa ser, seja para quem for !
Diz Manuel Sampaio que “convém saber que CDS temos – se o CDS barricado no Palácio de Cristal (em Janeiro de 1975), que resistiu heroicamente contra as forças totalitárias da esquerda, ou o CDS que através de um deputado, na qualidade de vereador, condecorou uma associação constituída por homens que, por sua vontade, impediriam a existência do CDS”.
Não sei a idade do senhor Manuel Sampaio, não sei portanto se em 1975 já tinha idade para ter compreendido o que se passou, ou se seria já militante do CDS, ou sequer se já teria nascido
A referência que faz á memoria, na história e no ADN do CDS, pressupõe que sim, que terá pelo menos 60 anos…
Para além de lhe garantir que intervim pessoalmente, no sentido de resolver o problema do cerco ao Palácio de Cristal, feito por forças de extrema esquerda cujos elementos hoje estarão, em grande parte, nos partidos da direita, quem sabe se no próprio CDS, vou contar-lhe uma pequena estória passada em 1976:
Quando da campanha eleitoral para as eleições da Assembleia da República, realizadas em 25 de Abril de 1976, (as primeiras eleições feitas sob a égide da Constituição da República, aprovada em 2 de Abril de 1976), recebi em audiência, no meu gabinete de Comandante da Região Militar de Lisboa, o Dr. Basílio Horta, na sua qualidade de dirigente do CDS.
Nessa audiência, Basílio Horta apresentou-me o receio do seu partido de que ao comício previsto para o Campo Pequeno em Lisboa pudesse acontecer o mesmo que aconteceu no Palácio de Cristal no Porto.
Disse-lhe, então, que podia estar descansado, que podiam realizar o comício com toda a segurança, pois na região militar por mim comandada não permitiria quaisquer limitações às liberdades de um partido democrático.
Apesar de receoso, Basílio Horta agradeceu-me e o CDS organizou e realizou o comício com toda a segurança.
Ainda houve uma tentativa de boicote, por parte de alguns contra manifestantes, mas rapidamente o assunto foi resolvido, pelas forças por mim destacadas para o efeito.
Um ano e alguns meses depois tomou posse o governo PS/CDS.
Quando nessa sessão cumprimentei Basílio Horta, como um dos ministros que acabara de tomar posse, tivemos o seguinte diálogo:
- Quem diria, senhor general, que estive no seu gabinete a pedir-lhe protecção para poder realizar um comício em segurança e que, passado pouco mais de um ano, o senhor me está a felicitar pela minha tomada de posse, como ministro do governo de Portugal!
- Quem diria, quem diria, senhor ministro! Mau sinal, dos tempos que correm! Mas, acima de tudo, desejo-lhe felicidades!
- Obrigado, senhor general, obrigado!
Passados todos estes anos, afirmo-lhe duas coisas: não me arrependi das minhas atitudes e continuo a ser o mesmo… com a mesma atitude democrática, que a generalidade dos militares de Abril – seja a grande maioria que está na A25A, sejam os poucos que não pertencem à mesma – continua a assumir.
Espero ter contribuído para ajudar o senhor Manuel Sampaio ou a refrescar-lhe a memória da história e do ADN do seu partido, o CDS, ou a fornecer-lhe elementos para melhor a compreender.
Com os melhores cumprimentos
Vasco Correia Lourenço
PS. Informo que darei conhecimento desta carta às personalidades no endereço, bem como aos associados da A25A.
Uma plataforma de entendimento entre os três partidos, PS, PSD e CDS tira-nos da crise já em 2014/15. É este o desafio ao sentido de responsabilidade de quem tem fortes culpas da situação em que nos encontramos. Nenhum deles faz nada de mais, face à intervenção governamental que têm tido no Portugal democrático.
Esse consenso gerado à volta do Orçamento para 2014 ( negociado entre eles) levará o Tribunal Constitucional a perceber que a sua interpretação das normas constitucionais não pode esquecer a opinião comum do Presidente da República, Assembleia da República e instituições comunitárias que nos têm ajudado.
O Presidente do TC, em visita a um dos países de leste, disse expressamente que os juízes não podiam ignorar as consequências das suas decisões. Pois bem, estamos entre um país que pode continuar a sua trajectória de pobreza e um país que pode desde já consolidar o crescimento económico e a criação de postos de trabalho.
Dar emprego a quem precisa, no meio desta tempestade, é o objectivo mais nobre de quem governa. Têm a palavra PS, PSD e CDS. Chega de fazer de conta e de políticas ridículas e frases bombásticas que não acrescentam nada .É só isto o que o país espera dos políticos!