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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um país de pobres

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E é claro que enquanto não houver pelo menos dez anos de crescimento do PIB a condição de vida dos portugueses não melhora. E não se paga a dívida e não se melhoram os serviços públicos. O resto é conversa à António Costa.

Vai aumentar o salário mínimo em 14 euros e as pensões mais baixas em 10 euros. Trata-se de uma esmola. E não há aumentos para a função pública nem acabam as listas de espera da vergonha do SNS.

Isto a pesar dos repetidos anúncios de vitórias.

E, no entanto, a solução que não é simples, mas é conhecida, está nas mãos do governo. Captar investimento externo privado ( uns 3/4 grupos económicos tipo AutoEuropa), baixar impostos e reduzir a burocracia de um Estado cada vez mais gordo e ineficaz.

Este modelo de governação está esgotado e os seus resultados são medíocres. O PS está no governo há 17 anos nos últimos 25 anos não vale a pena procurar culpados.

O último aumento consistente de crescimento da economia deu-se entre 1985/1995 e o nível de vida dos portugueses fez sentir em todos os níveis sociais. É verdade, não foi por acaso que Cavaco Silva teve 4 ( quatro) vitórias absolutas.

A via é a da social democracia.

Cavaco Silva abre os olhos a Marcelo

Foi preciso Cavaco Silva vir dizer que Portugal caminha para a cauda da Europa para Marcelo abrir os olhos. Mais vale tarde do que nunca ? Não, no caso é tarde.

Cavaco tem esta capacidade de agitar as águas sempre que intervém no espaço público. Normalmente para dizer mais ou menos o óbvio. Um país cuja economia cresce poucochinho, vergado à maior carga fiscal de sempre e com um investimento irrisório não pode ter outro resultado que não seja apontar aos últimos.

Mas Marcelo entre duas selfies foi abonando o governo com intervenções do jeito " agarra-me...". É óbvio que tem a obrigação de fazer mais, de pressionar o governo a tomar as medidas e as reformas necessárias . Difíceis e impopulares mas sem as quais não saímos desta cepa torta.

Ultrapassados pelos mais pobrezinhos e com quem devemos ser comparados . Marcelo foge aos problemas. Marcelo sentiu o puxar de orelhas .

Cavaco Silva : Vamos acabar na cauda da Europa

Porque crescem os outros países que foram sujeitos a programas de austeridade mais do que nós ?

Cavaco pergunta porque é que países sujeitos a programas de ajustamento (Espanha, Grécia, Chipre e Irlanda) estão a crescer mais do que Portugal. E estamos a ser ultrapassados pelos países de Leste que pertenceram ao Bloco Soviético.

"Opções erradas no domínio fiscal, opções erradas no domínio da despesa pública, baixa produtividade, falta de investimento que está ainda muito aquém da trajetória de antes de 2011..."

Cavaco junta-se assim à multidão que se faz ouvir. Mas a ideologia não deixa ouvir.

PS, PCP e BE degradaram o Serviço Nacional de Saúde

Governar é definir prioridades e o actual governo deu prioridade à descida do IVA na restauração e à redução do horário no SNS das 40 horas para as 35 horas. Paralelamento foram enganando o povo que tais medidas não teriam influência na qualidade dos serviços públicos prestados.

António Costa já explicou aos professores e aos enfermeiros que o dinheiro não dá para tudo . Tem razão.

"Não posso deixar de ligar a perda de receita com a descida do IVA da restauração com a acentuada degradação da qualidade do Serviço Nacional de Saúde. Isto é, o benefício concedido ao setor da restauração está a ser pago pelos utentes do SNS sob a forma da degradação da qualidade dos serviços que são prestados aos utentes que não dispõem de rendimentos para recorrer aos hospitais privados: longas listas de espera nas cirurgias, nas consultas, nos exames de diagnóstico".

"A esta profunda injustiça", prosseguiu Cavaco, "está também associada uma outra opção do governo errada com incidência na Saúde: a reversão do horário de trabalho semanal da função pública de 40 para 35 horas, discriminando negativamente os trabalhadores do privado."

Portugal beneficia de uma componente externa rara

Mas nem assim o país consegue realizar as reformas inevitáveis e cresce bem menos que os outros países que estiveram sob programa de austeridade.

Aníbal Cavaco Silva compara o crescimento de Portugal "com o dos outros países que também foram objecto de programas de ajustamento e que tiveram uma saída limpa". "É o caso da Irlanda, que iniciou o seu programa em Dezembro de 2010, a Espanha que começou o seu programa voltado para reestruturação do sistema bancário, em Novembro de 2012, e de Chipre, que começou em Março de 2013. Quando os países passam por esses programas, o que se espera é que a seguir tenham uma taxa de crescimento elevada. Portugal está numa trajectória de crescimento desde 2013, mas está aquém de todos estes países que referi", refere o antigo Presidente da República. 
 
Cavaco Silva destacou ainda que Portugal "está a beneficiar de uma envolvente externa extraordinariamente favorável: taxas de juro extremamente baixas, perto de zero, durante um período longo, como nunca se viu na história monetária portuguesa; deslocação de turistas de outros destinos para Portugal; crescimento económico da União Europeia que há muito tempo não ocorria, com destaque para a Espanha, nosso principal cliente, para onde exportamos cerca de 27% do total; e preço do petróleo muito baixo. Tudo isto são factores que raramente se repetem na sua conjugação de forma tão favorável".
 
"Neste quadro de benesses externas, tenho algum receio de que não se esteja a aproveitar o momento para corrigir alguns dos nossos desequilíbrios estruturais em ordem a preparar o futuro", realça. Entre esses desequilíbrios, Cavaco Silva destaca "o enorme endividamento do país, a insustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e do sistema de Segurança Social, a baixíssima taxa de poupança das famílias - que está a um nível historicamente baixo - , a falta de capital, o inverno demográfico, a baixa produtividade, a reforma do Estado".   
 
 
 

A brutal limitação da Lei da Greve na Grécia

Um social-democrata tem que repudiar a brutal limitação da Lei da greve imposta por Tsipras de quem agora se diz que não há ninguém a aplicar medidas mais de direita do que ele.

Os que o aplaudiram em 2015 estão agora a esquecer o homem que merece uma certa consideração por se ter transformado num social-democrata de direita.

Mas se olharmos para a Europa quase todos os países governam ao centro. A esquerda está acantonada em pequenos partidos, principalmente no que diz respeito a parte económica.

 

Regressado Silva

Depois de Cavaco Silva tivemos o Acabado Silva que ainda ganhou quatro maiorias absolutas e agora temos o Regressado Silva que já pôs governo, extrema esquerda e oposição a falar atabalhoadamente uns, a destilar ódio outros.

Mas o importante é que Regressado Silva também colocou no centro da discussão política o que deve estar no centro da discussão política.

O vazio de uma solução governativa que se limita a si mesma e não deixa a governação enfrentar os verdadeiros problemas do país. Um governo pró-europeu sustentado por apoios contra a União Europeia.

A curto prazo, distribuindo o que não tem, ainda vai enganando muitos mas, a longo prazo, nada do que apresenta é mesa de Deus.

"Por isso, quando hoje Cavaco Silva denuncia na Universidade de Verão do PSD a irresponsabilidade deste governo, com uma deriva ideológica sem sentido, e a verborreia fácil de Marcelo, que fala de tudo menos do que interessa, é manifesto que o país o ouvirá. Por isso se viu tanta gente nos últimos tempos, incluindo o próprio Marcelo, a atacar furiosamente Cavaco. Mas quem o atacou nunca lhe chegará aos calcanhares. Em 50 minutos Cavaco ensinou aos alunos da Universidade de Verão três lições essenciais: como se faz oposição, o que deve fazer um governo e o que se espera de um presidente. Aprendam."

Crises : Cavaco e Costa

CRISES | CAVACO E COSTA
Sendo personalidades políticas tão distintas, eis primeiros-ministros de cognome comum: como D. Manuel I foi o nosso rei Venturoso, ao gerir e colher os frutos do trabalho do seu antecessor (D. João II), Cavaco Silva e António Costa foram governantes venturosos. Os seus antecessores, Mário Soares e Passos Coelho, respetivamente, herdaram terríveis crises financeiras do país e tiveram de chefiar governos de salvação nacional e de decretar brutais medidas impopulares. Como cirurgiões rigorosos, com os seus ministros das Finanças, usaram o bisturi da austeridade, fizeram cortes que doem, para tratar a doença da bancarrota e preparar o doente para melhores e mais saudáveis tempos. Sujeitaram-se a demagogias baratas e a todas as mentiras das oposições, a ódios de cidadãos em revolta e a designações injustas e ofensivas das suas pessoas e das suas intenções. Fizeram o que tinham de fazer, nas circunstâncias. E salvaram o país, foram patriotas apenas tendo por rumo os interesses do país. Fizeram o «trabalho sujo», limparam o lixo que outros lhes deixaram e, como é habitual, foram penalizados nas eleições seguintes. Os que vieram depois - Cavaco em 1986 e Costa em 2015 - colheram os frutos do trabalho duro e difícil dos que os antecederam, chamando a si os louros e a popularidade. A política e a memória das pessoas são isto. Florestas de enganos, teatros de faz de conta. O poder e a sua embriaguez, poderosos atores.

Há quem esconda as consequências de uma saída do euro

Quem fala da saída do euro esconde as consequências . Trinta a quarenta por cento de desvalorização da nova moeda . As taxas de juro sem a almofada do BCE aumentariam de forma insustentável .

Esta operação não seria possível fazer em sigilo total pelo que as fugas de capitais para o estrangeiro nos dias (semanas) anteriores seriam catastróficas . A corrida aos bancos dos médios e pequenos depositantes (já que os grandes colocariam o dinheiro em off shores) obrigaria ao seu fecho .

Uma forma certeira de por uma país em pé-de-guerra e os portugueses ainda mais pobres.

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"Eu acho que não se vai desmoronar a zona do euro, porque qualquer governo com o mínimo de bom senso que à sexta-feira pense em tirar o seu país do euro, no domingo entra em pânico sobre aquilo que acontece na segunda-feira”.