Não se devem construir barragens porque a água evapora como se não evaporasse no mar, nos rios e nas albufeiras. (Catarina Martins)
Correia de Campos contou em entrevista que quando era ministro tomou a decisão de pagar serviços de dentista em vez de investir em milhares de médicos e auxiliares bem como em equipamentos. E assim nasceu num período curto de tempo cuidados médicos para grávidas e crianças. É o chamado cheque dentista. Aproveitar os investimentos já feitos, a oferta instalada no mercado.
A Catarina Martins faz agora a proposta para o governo romper com o défice e dessa forma fazer investimentos no SNS para combater o coronovírus. Não pode ser pouca coisa . Investimentos desta dimensão ( que rompem o défice) só podem ser investimentos de milhões e a sua operacionalização ( tratar doentes) só seria efectiva daqui a uns largos meses.
Nessa altura já o vírus se foi embora ( a não ser que o BE também seja capaz de convencer o vírus). Ora o que os doentes e os suspeitos de infecção precisam é de ter os cuidados já, agora, neste momento. Essa oferta existe nos hospitais privados e sociais é só contratualizar e os nossos doentes serão bem tratados já, agora, neste momento e não quando a Catarina quer.
Chama-se a isto " racionalidade económica" um conceito muito em voga nos países com qualidade de vida. Chama-se a isto pensar nos doentes e não em ideologias ocas, estúpidas e ridículas.
Fumam-se coisas estranhas ali para os lados do BE..
“Se não existissem barragens, a água que nelas é armazenada seguiria o seu curso em direcção ao mar, ‘perdendo-se’ tanto quanto se ‘perde’ a água que se evapora, pois toda ela reentra de novo no ciclo atrás descrito, embora em pontos diferentes. Esta noção de ‘perda’ tem apenas a ver com a perda de oportunidade de utilizar essa água para os diversos fins tão caros à humanidade, e que as albufeiras criadas pelas barragens proporcionam: produzir energia limpa, fornecer água de qualidade às populações, regar para produzir alimentos, fornecer água à indústria, e por aí fora”.
Catarina Martins pergunta pelos donativos e António Costa responde que o melhor mesmo é perguntar à RTP empresa pública.
A bloquista já faz aqui uma derivação. Os privados ainda não fizeram a distribuição dos donativos mas o estado já fez. Mas ninguém sabe dos donativos e as populações ainda não receberam nada. Há razões para esta narrativa ?
Há uma péssima razão acima de todas as outras, para o desconhecimento sobre a gestão destas verbas, públicas e privadas, como ficou claro do dia de ontem. Pedrógão Grande passou ao esquecimento, deixou de ser uma prioridade política do governo, agora entretido em negociações palacianas à Esquerda por causa do Orçamento de 2018.
Só isto pode explicar que até Marcelo Rebelo de Sousa tenha tido que dizer em público que “quem de direito” – leia-se o governo – tem a obrigação de esclarecer publicamente o que está a ser feito com os donativos privados. António Costa, afoito, lembrou-se de sacudir a água para cima da RTP, por sinal uma empresa pública. Ironias. A RTP que explique onde estão os seus donativos, disse. Ficamos, portanto, à espera.