A secretária geral da CGTP começou o seu discurso na Alameda dizendo que " quiseram-nos calar" mas que " não nos calamos". Era a explicação para a convicção ganhadora de não cumprirem a Lei a que todos os outros estão sujeitos.
A Alameda fica aqui a 500 metros da minha casa, estive em todas as manifestações do 1 de Maio que aqui se cumpriram. Uma tarde bem passada, convivendo com as pessoas, bebendo uns copos de vinho nas diversas tascas regionais e comendo belos petiscos. Tudo directamente do produtor. Nada tenho contra.
Este ano assistimos a uma prova de força do PCP através da CGTP que quis mostrar que não se sujeita aos ditames da Lei. "Uns são mais iguais do que outros" e não é por ser uma instituição que ofende a maioria que cumpre, é porque pode.
Já a Igreja Católica dá uma lição de humildade. Proteger é a palavra de ordem. Proteger é uma lição de amor. Como nada tem a mostrar incita os crentes a fazer " peregrinações espirituais". Só os fortes se comportam desta forma humilde.
“O Governo não autorizou celebrações religiosas em geral até ao fim deste mês; e o Santo Padre pediu para todos nós a graça da prudência e da obediência às orientações oficiais, para que a pandemia não regresse”, escreveu, este domingo, D. Manuel Clemente.
Na verdade as máscaras começaram a cair. De um lado está quem quer mostrar o seu poder do outro está a humildade .
A Católica reviu em alta o PIB para 2017 . De 1,7% passou para 2,4% . A verdade é que seria fantástico para o país tal crescimento e vindo da Católica há razões para acreditar .
O Banco de Portugal e o INE prevêem à volta de 1,7% e o próprio governo 1,8% .
A nova previsão para o crescimento do PIB este ano compara com a anterior estimativa de 1,7% e coloca a Católica com a estimativa mais optimista entre todas as instituições que analisam a economia portuguesa. Inclusive mais do que o Governo português, que sinalizou recentemente que deverá rever a sua previsão para valores em redor de 2% este ano. No mês passado o Banco de Portugal reviu em alta a sua projecção para o PIB deste ano para 1,8% e o Conselho de Finanças Públicas melhorou para 1,7%.
Claro que a Católica apresenta razões para este forte crescimento :
- "os efeitos desfasados da política orçamental de 2016 e o desempenho fraco da economia no primeiro semestre" do ano passado, "que favorece, através do efeito de base, o crescimento em 2017". ( como se compara a partir do poucochinho...)
-E assinala que "apesar do forte crescimento" do investimento no quarto trimestre (+5,3% em cadeia), esta componente "está ainda cerca de 25% abaixo dos níveis observados em 2010, pelo que será necessário observar uma série longa de crescimentos robustos para confiar na solidez da recuperação em curso".
Para 2018 a Católica, tal como o próprio governo, já espera um crescimento mais reduzido ( como a comparação se faz numa base mais alta...)
Tudo somado, é melhor e ainda bem, mas mesmo vindo da Católica não é milagre nenhum .
Agora é a Universidade católica que revê em baixa o crescimento da economia para 0,9% e um défice superior a 3%. Há dois dias foi o Barclays que reviu o PIB para menos de 1% e um défice a rondar os 4%. Entretanto o governo mantem no orçamento um crescimento de 1,8% e um défice de 2,8% e diz que vai tudo bem. Quem duvidar de António Costa é reaccionário.
"Os riscos para a economia são agora predominantemente descendentes, destacando-se uma forte preocupação com a evolução do investimento que voltou a recuar no início do ano, sugerindo que o processo de recuperação da economia portuguesa sofreu uma interrupção."
A Católica esmaga as previsões para a economia portuguesa. A economia portuguesa vai crescer 1,3% este ano e 1,7% no próximo, de acordo com as novas estimativas da Católica Lisbon Forecasting Lab – NECEP, reveladas nesta quarta-feira, 13 de Abril.
As perspectivas mais sombrias para a economia portuguesa reflectem-se já nas estimativas para o primeiro trimestre deste ano. A Católica estima que o PIB de Portugal vai crescer apenas 0,1% nos primeiros três meses do ano, face ao trimestre anterior, enquanto na comparação homóloga a variação prevista é de 0,8%.
"A economia portuguesa encontra-se num compasso de espera que se manifesta num adiamento da recuperação do investimento", refere a Católica, assinalando que "as exportações também apresentam um menor fulgor como resultado de uma ligeira deterioração das perspectivas em torno da economia mundial e, porventura, da apreciação do euro registada neste início de 2016".
E o desemprego esse desígnio nacional ? O BE e o PCP não se manifestam ?
Há cada vez mais instituições a falar em confiança. Ou melhor na falta dela. Agora é a Católica que coloca em causa o crescimento que ela própria havia previsto (2%) . O orçamento aponta para 2,4%.
O cenário macroeconómico do PS, apresentado em Abril, apontava para que, fruto das suas medidas, o crescimento acelerasse para 2,4% em 2016, acima dos 2% previstos pelo anterior governo e dos 1,8% então estimados pela Comissão Europeia que, em Novembro último, baixou a sua previsão para 1,7%.
Se uma política orçamental expansionista poderia, em condições normais, ser favorável ao crescimento económico no curto prazo, o elevado nível de endividamento público pode dissipar este efeito caso a desconfiança dos investidores vier a aumentar os custos de financiamento da economia portuguesa", alertam os economistas da Católica. Ora o que se sabe, para já, é que a dívida pública vai crescer 11 mil milhões
O preço do petróleo e a almofada do BCE suavizam os perigos mas há óbvias dificuldades na preparação do orçamento com as pressões internas do PCP e do BE e as externas a começar por Bruxelas.
Esta sondagem é da Católica e é a primeira que a RTP vai apresentar diariamente . Claro que os resultados diários e a sua tendência é que darão indicações preciosas sobre as intenções dos eleitores mas, para já, temos a Coligação com 7 pontos à frente do PS. 41% para a coligação. 34% para o PS. Sete pontos separam a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) dos socialistas na primeira sondagem diária da RTP, da responsabilidade da Universidade Católica. A outra surpresa deste estudo sobre as intenções de voto dos portugueses é o resultado do Bloco de Esquerda, que aparece como terceira força política, com 8%, enquanto CDU apenas soma 7%. O estudo revela ainda, contudo, uma enorme percentagem de indecisos: 32%.
A sondagem da Católica para a RTP faz ainda uma redistribuição de votos já incluindo os indecisos, as respostas dos inquiridos dão 25% à Coligação, 17% ao PS e 4% para Bloco e CDU. A sondagem envolveu 647 inquéritos e a margem de erro é muito alta: 3,9%.
A sondagem divulgada hoje pela televisão pública é a primeira de uma série que a RTP vai divulgar diariamente até ao final da campanha. O objectivo da série (trackingpoll) é de observar as tendências de subida e descida de cada partido e a tendência dos indecisos,mais do que a medição da percentagem de intenções de voto de cada um.
As previsões para a economia são todas no sentido do crescimento à roda de 2,0%. A Católica prevê 2,2% e uma das razões é a possibilidade do 1º trimestre ter sido robusto. A anterior projecção apontava para 1,9%. O NECEP justifica esta revisão em alta com a possibilidade de primeiro trimestre forte e a "inexistência de consequências óbvias da crise do BES no andamento da economia".
Se for assim, há margem orçamental para aliviar as empresas e as famílias. As maiores dúvidas mantêm-se à volta de dois pilares : investimento e desemprego que poderão ainda não estar ao nível desejado.
Portugal hoje colocou dívida a juros historicamente baixos e o preço do petróleo subiu para perto de 60 dólares o barril, bem abaixo do estimado no orçamento para 2015, 97 dólares.