Com as pernas a tremer o grupo alemão VW já escolheu o centro de produção que concentrará a maior parte dos modelos eléctricos.
...fábrica de Zwickau, como esta unidade fabril na região da Saxónia será a que vai concentrar a maioria da produção dos novos eléctricos. Nas palavras de Herbert Diess: será convertida no “maior centro de mobilidade eléctrica de toda a Europa”.
...confirmou também aquilo que já se sabia – a assinatura de contratos com fornecedores, de modo a permitir à marca concretizar aquilo que ela própria classifica como “a maior ofensiva de produtos e de tecnologia da história”. Sendo expectável que os acordos assinados prevejam fornecimentos a larga escala, pois só com volume a marca germânica conseguirá praticar os preços acessíveis que promete para a sua nova gama de eléctricos.
Sabendo isto, Arménio Carlos veio exigir que o governo português negoceie com o governo alemão e com o Grupo VW enquanto empurra os trabalhadores para as greves .
Depois das tentativas frustradas de se impor como interlocutor previligiado da administração da fábrica e da histórica greve, a CGTP sabe que o resultado pode ser que a fábrica de Palmela nunca mais ganhe a produção de um novo modelo de viatura.
E como não sabe mais, agarra-se à solução habitual. O governo deve pressionar junto do Grupo VW em Berlim o envolvimento da AutoEuropa nos carros do futuro. Os eléctricos.
É que para produzir carros eléctricos vai ser necessário investir em novos equipamentos que Palmela não tem . E, como o Grupo investiu cerca de 700 milhões de euros na AutoEuropa para produzir o T - ROC actualmente em produção, o perigo é que esse investimento se mantenha para continuar a produzir os modelos antigos a gasóleo e a gasolina.
O medo é que a descontinuação dos modelos antigos seja feita à medida que se descontinua a AutoEuropa. Afinal que poder tem o governo e os sindicatos sobre os investimentos que serão feitos para inovar os modelos de carros, transformando-os em eléctricos ? Nenhum, percebeu agora o nosso homem que na semana passada dizia arrogantemente que não, a AutoEuropa não deslocalizaria os equipamentos existentes na fábrica de Palmela.
Acertou, o Grupo não precisa de deslocalizar nada basta não trazer os novos equipamentos para cá.
"No momento em que a Volkswagen já chegou a um acordo com o Governo alemão relativamente à substituição de uma parte da produção dos carros com motor a combustão por viaturas com motor eléctrico, assim como às condições de condicionamento da circulação dos primeiros e apoios à comercialização dos segundos, é altura de o Governo português assegurar as condições necessárias junto da multinacional para que a Autoeuropa seja parte integrante desta nova fase da estratégia produtiva da Volkswagen", opina Arménio Carlos."
Chegaram e o crescimento das vendas é inexorável. As soluções para tornarem sustentável a mobilidade eléctrica já estão no mercado.
Conseguirá a rede de postos de carregamento acompanhar o crescimento das vendas de veículos eletrificados que os analistas e peritos esperam? Não há razão para acreditar que a rede não crescerá à medida que as vendas o façam, até porque, identificada a oportunidade de negócio, é de esperar que surjam empresas interessadas em ocupar este espaço e operar postos de carregamento, tal como acontece já em Los Angeles, EUA, com a ChargePoint.
Para facilitar a necessária massificação dos postos de carregamento, a Urbitricity propõe uma ideia revolucionária e muito mais barata: utilizar os postes de iluminação para instalar tomadas que servirão para recarregar as baterias dos veículos. Recorrendo a um cabo especial, com um contador e um leitor de cartões, este sistema, que atualmente está a ser testado em algumas cidades europeias, permite contabilizar a energia utilizada e cobrá-la.
Com um custo estimado de 100 euros por cada tomada instalada, o sistema agora proposto pela empresa alemã – já está em fase de testes em cidades como Londres, Berlim e Amesterdão .
A tecnologia de armazenamento de energia em bateria é a questão chave não só para tornar os carros eléctricos mais baratos do que os carros movidos a combustível mas, também, para armazenar energia nos períodos em que não é possível descarregar a energia verde na rede de distribuição . Com estes dois sectores a moverem-se na mesma direcção a solução do problema não tardará.
O maior custo de um carro eléctrico é a bateria, responsável por quase metade do preço de um carro eléctrico de tamanho médio. Tirando isso, é muito mais barato produzir e manter carros eléctricos do que veículo de combustão interna. (É por isso que a Renault, a fabricante francesa de veículos, vende o seu popular Zoe sem bateria). Mas segundo o mesmo estudo, os preços vão cair cerca de 77% entre 2016 e 2030.
"Há duas curvas. Uma é a da redução dos custos de tecnologia de veículos eléctricos, por causa das novas descobertas e do maior volume de produção que fará com que os custos destes veículos desçam. A outra é a do aumento dos custos associados com veículos de tradicionais a gasolina, devido, principalmente, às regulações mais apertadas no que respeita às emissões de gases poluentes."
E adivinhem onde a tecnologia está na dianteira. Isso. Nos USA e na Europa.
A partir de 2030 não haverá em circulação carros com motores a gasóleo e a gasolina . E não havendo nestes países é fácil concluir que os restantes países não terão outro caminho.
Milhões de empregos ligados à exploração do petróleo e aos motores de combustão serão substituídos pela aposta na mobilidade eléctrica que abre uma janela de oportunidade para empresas produtoras de alumínio, fibra de carbono, lítio e outros materiais especiais utilizados no fabrico de baterias, células de iões de lítio, módulos electrónicos, entre outros.
Esta pretensão está em linha com as intenções já anunciadas por alguns países da Europa, e fora dela, de acabar com as vendas de veículos de propulsão “convencional” a curto prazo. É o caso da Noruega e da Holanda, sendo que até a Índia já se está a preparar para vir a ser o primeiro grande mercado mundial a disponibilizar só e apenas automóveis eléctricos a partir de 2035.
Muita gente achou um disparate a previsão de um economista americano que dá oito anos para os carros a gasolina e a gasóleo desaparecerem substituídos por energia eléctrica.
Chega agora a notícia que já foi feito um primeiro teste em que um carro transforma a energia gerada pelo movimento do carro em energia eléctrica. Numa dimensão muito maior o principio é carregar as baterias com o movimento do carro tal como já se faz hoje .
Nós vemos o carregamento dinâmico como uma das soluções para melhorar e facilitar a utilização dos veículos elétricos”, afirma Eric Feunteun, Diretor do Programa de Veículos Elétricos do Grupo Renault. “Nós somos inventores e por isso queremos carregar os veículos elétricos sem necessitar de fios. Esta demonstração de carregamento dinâmico é a incarnação desta ideia”, explica Steve Pazol, vice-presidente e diretor geral da Wireless Charging, Qualcomm Incorporated.
O Projeto FABRIC teve início em janeiro de 2014 e terminará em dezembro de 2017. Congrega 25 parceiros, de nove países europeus, onde se incluem construtores de automóveis, fornecedores de equipamentos, fornecedores de serviços e organismos de pesquisa sobre as infraestruturas automóveis, estradas e energia. Tem como principal objetivo proceder à análise da fiabilidade do carregamento dinâmico de veículos elétricos como meio para aumentar a difusão destes veículos
Vejam lá se os oito anos previstos são um excesso e como tal um disparate
É uma revolução como foram as máquinas digitais de fotografar em relação às máquinas analógicas de fotografar.
A previsão de Tony Seba está apenas à distância de oito anos, o que pode parecer um período curto. Mas o especialista defende que, já sendo rápido, o ritmo da inovação nesta área só tende a acelerar. De tal modo que, em poucos anos, além de os carros serem movidos a eletricidade, pouca gente será dona de um carro próprio. Optar por carros elétricos, com condução autónoma, pode ser muito mais racional do ponto de vista económico: os automóveis do futuro podem ser 10 vezes mais baratos, calcula Tony Seba. São carros que podem ter, facilmente, uma vida útil de um milhão e meio de quilómetros, assinala o estudo.
"Estamos à beira de uma das maiores revoluções mais bruscas, profundas e abrangentes que algum dia houve na indústria dos transportes. Os motores de combustão vão entrar num círculo vicioso de custos cada vez maiores”.
Quem o afirma é um professor de uma universidade americana. "Computadores sobre rodas" é o que vem aí e puxados a energia eléctrica. Não esteja surpreendido na Alemanha já há quem pense assim
O petróleo cairá para os 20 dólares o barril o que colocará os produtores em muitos maus lençóis. São milhões de postos de trabalho que serão reconvertidos . A nova indústria está a ser desenvolvida pela Apple e pela Google e não nas marcas tradicionais de automóveis .
Com energia limpa tudo vai mudar ao nível do ambiente e as grandes cidades vão ser mais limpas e menos barulhentas. Desde a AutoEuropa que não conseguimos atrair um investimento estrutural com uma grande criação de postos de trabalho e a formação de um cluster.
Nós cá em Portugal temos lítio, sol e gente capaz, o grande objectivo era conseguir trazer para o país a gigafábrica de produção de baterias .
O escândalo da golpada nos automóveis de várias marcas vai provocar uma revolução no sector automóvel .O rombo na confiança dos utilizadores é de tal ordem que vai acelerar de forma violenta a produção em massa de carros eléctricos, com a inerente necessidade de descobrir novos processos e técnicas inovadoras . E está a esvaziar a prepotência do povo alemão com um banho de humildade. Escusam de olhar com sobranceria os povos do sul da Europa porque como cá se diz " no melhor pano cai a nódoa"
O golpe baixo cometido contra a concorrência vai levar a Alemanha a começar quase do zero como todos os outros, investindo na investigação de novas tecnologias. Já há carros que se movem à custa de motores a energia eléctrica dentro das cidades e de motores a gasolina fora das cidades. Ainda não têm capacidade de armazenamento de energia eléctrica suficiente para os carros terem uma autonomia aceitável. Mas com este escândalo esse e outros problemas técnicos terão resolução rápida.
Não há problemas técnicos, há problemas sociais e de mercado .
A poupança na importação em petróleo pode ser da ordem dos 40% e ganhamos todos em saúde. Está dependente das estruturas de apoio de reabastecimento das baterias que por enquanto são limitadas. Mas tudo pode ser muito mais rápido se tivermos carros a energia eléctrica dentro das cidades e a gasóleo fora delas. O que já é uma realidade. O mesmo carro com as duas motorizações.
A análise pressupõe a existência de mais de seis milhões de veículos eléctricos em 2030. Duas décadas depois, o indicador deverá ascender aos 23 milhões de viaturas.
Com as perspectivas de redução até 47% nas emissões de dióxido de carbono, motivada por esta opção de mobilidade. Para quem estiver interessado estão aqui os preços.
Aqui está uma boa política a que o estado pode deitar mãos incentivando e subsidiando a compra deste tipo de veículos que inclui os de duas rodas.