Há coisas do caraças e a situação da CAIXA é uma delas. Com a venda a privados de títulos que se podem transformar em capital - caso de necessidade por acumulação de prejuízos que é uma coisa do caraças mas habitual na CAIXA .
A Caixa Geral de Depósitos revelou quase dois mil milhões de perdas. Em grande medida, o prejuízo resulta de empréstimos irrecuperáveis, feitos durante os consulados de Sócrates como primeiro-ministro. As notícias dizem que o PS desvaloriza as perdas. O contribuinte que as pague. O banco do Estado tem sido o banco da oligarquia política.
Em Bruxelas é que isto não passou despercebido e vá de se lembrarem de mais uma coisa do caraças . Se a CAIXA não se portar bem os privados da CAIXA vão ter que defender o seu dinheiro e isso vai dar um escarcéu do caraças.
Sim, porque é que Bruxelas exigiu a participação de dinheiro privado na recapitalização da CGD se não para segurar a mão invisível e sôfrega do estado ?
No Parlamento os partidos não se entendem. O governo não toma decisões. A antiga administração força a saída. A nova administração faz tudo para não tomar posse. O que será que se esconde na Caixa ?
A nova administração quer cinco mil milhões, Passos Coelho diz que a Caixa não precisa nem de metade. O estado não tem dinheiro mas a extrema esquerda não quer abrir mão da sua qualidade de único accionista. Abrir o capital accionista aos privados em bolsa mantendo o estado a maioria do capital. Ou conforme proposta da antiga administração converter os Coco's em capital e vender património e activos. Nada serve mas não nos dizem do que estão à espera. Como no BANIF.
E as empresas já se queixam por não terem interlocutores , é que a vida continua para quem tem que produzir, vender e pagar salários e impostos.
No que me diz respeito estou à espera desde Setembro do ano passado. Vendi uma casa a um emigrante que quer gozar a reforma em Portugal. Traz a pensão mas nem assim a Caixa se desembrulha. Já tem a documentação toda há cinco meses para proceder à assinatura do contrato mas na Caixa a velocidade é devagar ou parado.
Quem enriqueceu com o capitalismo de estado no Brasil foi o PT e os seus dirigentes muito mais que o povo brasileiro. Mais um exemplo.
Os anos do PT no governo demonstram como o “capitalismo de Estado” beneficia muito mais quem está no poder do que a população e os cidadãos. Foi o que aconteceu no Brasil. O poder do PT não se limitava a regular a economia. Intervinha, controlava e decidia quem seriam os famosos “campeões nacionais” do mercado brasileiro. Como se nota, esse imenso poder traz vantagens financeiras.
Entrada directa do estado no capital do banco tal como aconteceu no BANIF onde o estado ainda é o maior accionista. Recurso ao dinheiro da Troika ainda disponível como empréstimo. E subscrição privada no próximo aumento de capital. A entrada de dinheiro público será a última hipótese, só avançará se for de todo necessário para acelerar a operação. O empréstimo com dinheiro da Troika custará ao banco cerca de 10% de juros.
O valor do BES está a cair aos trambolhões diários, qual deles o maior, é preciso parar com a hemorragia o mais depressa possível. A entrada de dinheiro público para repor os equilíbrios obrigatórios é o que oferece maior rapidez. Uma espécie de nacionalização parcial que deverá ser revertida no mais curto espaço de tempo. O Banco de Portugal está a trabalhar para apresentar o plano na próxima 2ª feira :O i confirmou que a solução da capitalização do banco pelo fundo da troika é neste momento a mais forte, apesar de não estar totalmente fechada". O que andaram a fazer os reguladores públicos e os revisores de contas privados durante todo este tempo? Sem cúmplices estas ilegalidades não são simplesmente varridas para debaixo do tapete.