Vale mais tarde do que nunca. O BE perante a dimensão do problema já deixou a trincheira da " a saúde não é um negócio" para reclamar que toda a oferta instalada na saúde seja utilizada incluindo a privada.
Como não pode deixar de ser face às necessidades do povo e dos doentes. E não é só agora é também quando o SNS soçobra com as gripes que enchem as urgências e as listas de espera onde morrem doentes sem tratamento.
"A primeira é o reforço da saúde e da capacidade de resposta dos cuidados de saúde, nomeadamente através do aproveitamento de toda a capacidade instalada no país e através da integração do setor privado sob gestão do SNS e sob planeamento do SNS, se necessário for requisitando equipamentos, profissionais e instalações que sejam necessárias para isso.
Vai dizendo que não se trata da propriedade mas tão só a coordenação e a gestão.
Ou se está do lado do doente ou do lado da ideologia. Estar ao lado doente é dar solução aos seus problemas de saúde com a maior qualidade e no mais curto espaço de tempo. O resto é treta seja pública ou privada.
A medida abrange 99 mil doentes para a primeira consulta de especialidades hospitalares e 21 mil com indicação cirúrgica. Estes números correspondem a uma parte reduzida do total de inscritos em lista de espera - equivalem a 15% dos que aguardam atendimento e 8,8% operação.
Está ainda prevista a autorização para os hospitais avançarem com "o reforço da atividade assistencial com recurso a produção adicional". Significa isto que podem avançar com o pagamento suplementar às equipas que deem resposta aos 120 mil doentes identificados.
Mas os actos médicos devem ser executados o mais próximo possível : "Vai ser muito difícil conseguir recuperar as listas de espera sem que o setor público seja reforçado, por exemplo em recursos humanos", afirmou. Este dirigente explicou que as pessoas na lista de espera têm poucos recursos e as viagens longas não são atraentes. "Tivemos uma experiência para transferir doentes que estavam em espera no Hospital de Vila Real para o Porto e a maioria não quis porque não tinha como pagar as viagens."
Se o hospital é público ou privado não é problema para os doentes.