Marcelo e Costa foram à AutoEuropa e em plena pandemia e enormes dificuldades sanitárias e económicas o Primeiro Ministro lança o Presidente da República para novo mandato. Surpreendido ?
Não esteja, olhe que o truque é velho como o mundo. A ideia é afastar os verdadeiros problemas do centro das preocupações. Logo Marcelo se colocou ao lado de Costa na questão do Novo Banco, nos tais 850 milhões que foram injectados ao abrigo do contrato assinado por aqueles americanos que compraram o banco por tuta e meia.
E, de corrida, quem foi o verdadeiro malandro foi o Ministro das Finanças, Costa até estava contra a entrega do dinheiro que consta do Orçamento. Mas isso interessa para quê ? O PM não sabia, se estava no orçamento e no acordo assinado e não interessa nada.
Como o argumento é fracote, o António não esteve com meias pôs o Marcelo do lado dele. E arranjou candidato presidencial para o PS, sabendo que PCP e BE não vão apoiar Marcelo. Isto é, oportunisticamente, juntou-se ao candidato vencedor, afastou o Ronaldo das finanças que agora já não é necessário face à calamidade que aí vem nas contas públicas e a culpa é de todos menos dele.
Já estamos habituados, a culpa nunca é do António embora seja ministro há vinte anos. Surpreendido ? Olhe que anda distraído.
É mesmo muito grave que António Costa tenha pressionado a TVI a despedir a jornalista Ana Leal.
A TVI está a mudar de mãos vai ser comprada pela Cofina proprietária de jornais e revistas. Uma das consequências da concentração é a redução de pessoal. Sim, vão ser despedidos jornalistas. Ana Leal vai na leva, já sabe, e está a antecipar-se? Pode ser mas que os socialistas são useiros no controlo da comunicação social também é verdade.
No meio disto chega-nos a Ana Gomes a lançar gasolina para a fogueira. Os camaradas não gostam um do outro. "Costa nunca permitirá a minha candidatura a Presidente da República" disse Ana Gomes quando a carta foi batida em cima da mesa.
António Costa pouco à vontade não fala sobre presidenciais. Os problemas apertam e o primeiro ministro não quer "estar de mal com Marcelo por amor ao PC e BE" ou de mal com PCP e BE por amor a Marcelo" .
O PS de braço dado com comunistas e a extrema esquerda numa europa predominantemente social democrata e democrata cristã é uma má solução para o país. Neste quadro é limitativa da capacidade de decisão nas reformas de fundo. E é exactamente por isso que o actual governo ainda não fez nenhuma reforma de fundo.
Santana Lopes durante o seu discurso fez várias referências críticas a Rui Rio, mas não só. António Costa, primeiro-ministro, e a solução governativa também mereceram reprovação. "São uma frente de esquerda, com comunistas e extrema-esquerda, de que o PS se aproveita para governar com um programa que não é seu." Santana Lopes considera que esta solução "é má para o país" e que o PSD tem "de preparar a alternativa"."Há que mostrar aos portugueses que há melhor e bem melhor". E ainda que admita "pactos de regime", garante que será "intransigente" com o que considera fundamental.