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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Mulheres, onde está a indignação ?

Um atrasado mental fez uma proposta inconstitucional, propondo a extirpação dos ovários às mulheres que abortem sem razão. A indignação foi geral .

Hoje soubemos que, naquela lista de espera da vergonha do SNS, há 100 000 mulheres que não foram sujeitas a rastreamento preventivo do cancro da mama. Para além das 400 000 consultas em atraso e das milhares de cirurgias que não se fizeram.

Por onde anda a indignação ? Não anda e depois querem que acreditemos que o que move a tal indignação é mesmo o bem estar das mulheres. Que não há nada de ideológico e partidário .

Tudo pelas mulheres, nada contra as listas de espera da vergonha, onde só cabe gente pobre e idosa.

O cancro da mama é outra coisa sem comparação com o aborto voluntário. E sem direito a excitações indignadas...

Médico oncologista e doente do cancro é a favor da eutanásia

Este médico sabe do que fala : Quando falo "no respeito pela vida dos nossos doentes, é a vida não entendida num sentido restrito, mas num sentido lato. A vida não é apenas um conceito biológico simples, uma vida humana é muito mais do que o livre arbítrio. É tudo o que a rodeia, é o prazer, os sentimentos, a alegria, a tristeza, as escolhas, a capacidade de relação. Uma vida é tudo isto, se nós queremos preservar a vida, é restrito ficarmos só na vida enquanto conceito biológico", justifica, acrescentando: "A possibilidade de alguém antecipar a sua morte em determinadas condições é apenas uma consequência de se estar vivo no sentido lato do termo." Não tem dúvidas de que os colegas "irão dizer o contrário, mas esta é a minha interpretação".

A eutanásia já é legal ?

Doentes oncológicos sem medicamentos começam a ser vistos como coisa que acontece e siga a marinha. Há listas de espera para consultas e cirurgias e começamos a perceber que também há listas de espera para medicamentos.

Acabou a austeridade não foi ?

Fernando é obrigado a tomar diariamente a medicação para sobreviver ao cancro. Mas o paciente acompanhado neste centro hospitalar desde junho de 2019 não tem alternativa terapêutica, e há quase um mês que não toma nada contra o cancro. "Não tomo a medicação desde 11 de janeiro" explicou ao CM. Na farmácia do hospital de Portimão disseram-lhe que não tinham a medicação, "e não sabiam quando iria chegar".

Não há dinheiro para comprar medicamentos essenciais contra o cancro

Medicamentos de primeira linha no combate contra o cancro a isto chegou a falência do Serviço Nacional de Saúde.

...recusar dar o visto à compra pois o Centro Hospitalar tem fundos negativos de 54,6 milhões de euros, estando impossibilitado, essas dívidas acumuladas, de cumprir a chamada Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso que impede os serviços públicos de avançarem com contratos se não tiverem verba disponível para os pagar em três meses.

Olha se o governo anterior não tem aumentado o investimento na saúde...

A paz dos cemitérios - os medicamentos inovadores

Esta notícia sobre os medicamentos inovadores contra o cancro nunca veria a luz do dia se o SNS fosse exclusivamente público. Como os doentes e os seus médicos ainda vão tendo liberdade de escolha, encaminham para os hospitais privados a solução destes esquemas que de outra forma morreriam na paz dos cemitérios.Tal como os doentes.

Bem nos lembramos do doente com hepatite C que entrou pela Assembleia da República e aí de forma pública e desassombrada deu a conhecer à sociedade que o SNS o deixava morrer embora o medicamento salvador já salvasse pessoas.

E a Matilde, a criança de meses com uma doença rara, teve acesso ao medicamento inovador porque os pais deram a conhecer à sociedade que a criança não tinha necessariamente de morrer

Lá do fundo dos gabinetes, das gavetas e dos laboratórios do Estado cego e que manda em tudo, nada sai se a sociedade não estiver atenta e não exigir ser tratada com dignidade.

...colégio de oncologia da Ordem dos Médicos lançou o alerta. Os especialistas acusam o Infarmed de negar o acesso a medicamentos com "efeito comprovado na diminuição ou recidiva" do cancro ou no aumento da probabilidade de sobrevivência...

O estado e os partidos totalitários negam o direito à liberdade de escolha. No meu tempo era proíbido dizer não.

O que seria do SNS sem os privados na saúde

Mais de 400 doentes que foram tratados ao cancro da mama há cinco anos esperam mais de seis meses para fazerem o exame radiológico de monitorização.

O presidente do IPO veio hoje anunciar  o recurso aos privados para rapidamente resolver o problema

"Estamos com seis meses de atraso para as mamografias das mulheres que tiveram o seu diagnóstico há mais de cinco anos. Estamos a tentar organizar as equipas para aumentar essa capacidade. E para resolver de forma mais rápida esse acumulado de atrasos, vamos temporariamente comprar serviços ao exterior e com isso reduzir de forma rápida esse atraso", afirmou Francisco Ramos aos jornalistas.

Preço dos medicamentos inovadores segundo o mérito

Tal como com as pessoas também os medicamentos devem ser pagos segundo os resultados. O medicamento cura, ou dá melhor qualidade de vida ou prolonga a vida então o preço deve ser estabelecido segundo o mérito. Não cura, não melhora a qualidade de vida e não prolonga a vida então o SNS não tem que pagar o medicamento.

De um lado as farmacêuticas que querem ganhar dinheiro do outro o SNS que quer tratar os doentes mas financeiramente sustentável.

Há dezenas de novas moléculas inovadoras para o cancro já aprovadas noutros países da Europa mas não  em Portugal . Claro que grandes países com dezenas de milhões de pessoas têm uma capacidade negocial que o nosso país não tem. Uma hipótese era os países da União Europeia juntarem-se e comprarem em conjunto. Um mercado de quinhentos milhões de pessoas garante às farmacêuticas programas de compras que baixam drasticamente os custos de investigação e produção. Veja-se o preço dos genéricos, o segredo é a produção em massa e a padronização das embalagens.

Recentemente a introdução de uma nova molécula para a Hepatite C mostrou-se eficaz a 97%. Há já milhares de pessoas curadas no nosso país. A negociação entre o Ministério da Saúde e as farmacêuticas assentou numa partilha de risco. Cura, paga-se. Não cura não se paga.

Mas não esquecer que o processo administrativo tem que ser célere e o acesso ao medicamento por parte do doente terapêuticamente optimizado.

Uma mulher coragem

Também, enquanto familiar, já lutei ao lado de uma mulher coragem. Com cancro e sem cabelo. Usava, (nem sempre), um lenço com o que ocultava parte da calvície mas que não evitava os olhares estranhos. Uns de comiseração outros de curiosidade. Quem já passou por isto sabe que no meio de tanta dor não há lugar para a vaidade . E no caso de Laura Ferreira não há lugar para a caça aos votos.

Para certa gente ( de esquerda e de direita) há lugar ao vale tudo na luta política. Desde logo porque os que pensam da mesma forma são "bonzinhos", andam preocupados com as pessoas, ao contrário de quem pensa de maneira diferente que tem como razão de vida roubar os pobres.

Frequentemente cai-lhes a máscara, como foi agora o caso de gente de "esquerda" acerca da mulher do primeiro ministro. Caçar votos, dizem, entre dois whiskies e um arroto de estupidez e de cegueira ideológica. Em 74/75 a voz rouca do Marechal Costa Gomes levava os revolucionários a dizer :  "cancro cumpre a tua missão". Como se vê não é de agora.

"“Parece um gesto muito simples, mas é corajoso e pode ajudar muita gente. Pode levar outros a pensar que qualquer pessoa pode ter cancro e pode continuar a ter uma vida.”

laura ferreira.jpg

 

 

Homeopatia é só ciência diluída ?

Esta carta aberta do Prof Paulo Varela Gomes ao seu colega Prof Carlos Fiolhais dá que pensar. Fala do que sabe mais do que ninguém. Um cancro que a medicina tradicional considerou letal e que lhe prognosticou seis meses de vida. Foi há dois anos e meio, está feliz e trabalha todos os dias. O segredo é a Homeopatia.

Tenho um amigo médico que é Homeopata. Está ligado a uma Associação Científica Internacional que produz os seus próprios medicamentos homeopatas e tem ligação com hospitais para onde envia os seus doentes quando a cirurgia e os exames complementares são inevitáveis. Perde doentes como todos os outros médicos mas tem casos extraordinários. Desde logo porque são doentes a quem a medicina tradicional já aplicou todo o seu arsenal terapêutico sem êxito. Isto é, trata os casos desesperados, em que mais um dia de vida é uma vitória e a morte muito mais provável do que a vida.

Tenho um amigo de infância que, levianamente, não quis ser operado há dez anos atrás quando o seu cancro da próstata era operável e curável como são hoje . Depois das quimioterapias e das radiologias de intervenção, usou os medicamentos inovadores e caríssimos que no princípio do tratamento lhe concederam umas tréguas temporárias.

Agora anda na homeoterapia, com altos e baixos, e continua a trabalhar . É verdade que é uma força da natureza e sempre que lhe pergunto como vai, diz-me que "vai melhor". Um amigo comum, médico, nem quer ouvir falar nisto quando lhe conto a situação do Manuel.

Não sei mais do que isto mas a verdade é que há cada vez mais médicos e cientistas a utilizarem os princípios da homeoterapia e a aceitá-los. E lembro-me sempre da minha avó que dividia uma sardinha por cinco e nenhum de nós "caiu tuberculoso" nem foi apanhado pela "espanhola".

 

 

 

A falta de alternativa ao SNS é amiga do cancro

Da capacidade instalada nos blocos operatórios nos hospitais do SNS apenas 40% é utilizada. Daqui podemos inferir qual será o nível de utilização dos equipamentos que, tal como os blocos operatórios , exigem equipas multidisciplinares. Esta é uma abordagem micro mas se abordarmos o problema pela visão macro, isto é , a nível regional ou nacional, a questão é ainda mais gritante.

Já contei que a mãe de um amigo meu procurou saber onde podia ser operada às varizes. Em Lisboa, demorava seis meses. Nos hospitais do centro do país umas semanas. No norte do país uns dias. Ora, isto indica, claramente, que não há uma visão de conjunto que permita a utilização óptima das instalações e equipamentos instalados.

Este caso, que agora veio a público, não indicia falta de dinheiro, como alguns pretendem. Na verdade, qualquer organização hospitalar com visão estratégica, nunca deixaria que um doente oncológico esperasse dois anos para fazer um exame. Melhor do que ninguém, a direcção do hospital sabe que esse prazo ultrapassa em muito o prazo terapêutico comummente aceite. Estamos perante um dos muitos casos em que o doente, não tendo alternativa, fica à mercê da falta de organização, ou do demérito do hospital que lhe caiu na rifa.

O direito à escolha por parte dos cidadãos é fundamental para que estes crimes, mesmo que não intencionados, terminem. Não só na Saúde, mas também na Educação e nos outros serviços públicos.