Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Bater com a cabeça no chão nos hospitais públicos não é coisa que preocupe o BE

O escarcéu que se levantou quando se soube que num hospital com gestão privada os doentes repousavam em camas instaladas no refeitório, não teve correspondência nas anunciadas mortes de doentes em hospitais públicos por caírem da cama e fazerem traumatismos cranianos.

O facto de tal drama ter acontecido a um conhecido dirigente do PCP trouxe a questão para as primeiras páginas dos jornais, sabendo-se agora que há muitas dezenas de tais quedas por ano. O BE nunca se interessou em denunciar tais factos. Compreende-se, acontecem em hospitais públicos.

É claro, que o que está na origem de tais dramas é a enorme procura de cuidados hospitalares muito acima da oferta instalada. Quem deita a primeira pedra aos profissionais que todos os dias têm que enfrentar situações que estão muito para lá da sua capacidade ?

Mas o BE ( e também o PCP) estão muito preocupados em reduzir a oferta privada assim aumentando a pressão sobre hospitais onde morre gente que cai das camas .É que há 1,8 milhões de pessoas com seguros de saúde que recorrem aos hospitais privados, centenas de milhar de consultas e outras centenas de milhar de actos cirúrgicos executados. Há maior ajuda a um SNS subfinanciado e subutilizado na sua capacidade instalada?

Mas resolver estes problemas sistémicos que mexem com interesses instalados e proteger os mais débeis da equação é coisa difícil de fazer.

Falar em ideologias idiotas é fácil .

Esconder os doentes que procuram as urgências

Vem aí o primeiro ministro ou o ministro da saúde e os hospitais escondem os doentes que jazem nos corredores das urgências como se os outros utentes não vissem .

Os hospitais chegam a dar alta a doentes acamados para libertar camas e assim retirar doentes das urgências. Mas alguém engana todos o tempo todo ?

É certo que o dinheiro não estica, mas o ministério da Saúde teve, segundo as palavras do bastonário, um dos orçamentos mais baixos dos últimos anos.

Cerca de 700 médicos com a especialidade tiveram de esperar mais de um ano para entrar no Serviço Nacional de Saúde, pois o governo carecia de verbas para os “empregar”.

A muitos deles não restou outra alternativa que não fosse irem para o privado ou emigrarem. O dinheiro que o Estado gastou com a sua formação não terá sido em vão, mas os mais desprotegidos da sociedade nunca poderão usufruir dos seus serviços. E, como tal, as urgências ficam cada vez mais próximas do caos absoluto.

Está melhor não está ? Valeu a pena comprar os votos dos funcionários públicos e dos pensionistas degradando a saúde ( e não só) desta forma ?

Por onde anda a indignação do PCP e do BE ?

Em Lisboa só precisamos de dois grandes hospitais

Anda muita gente a protestar contra o encerramento da MAC quando o que há a fazer é fechar todos os hospitais de Lisboa com excepção do Santa Maria e construir o Hospital de Todos-os-Santos. Calcule-se a poupança . Acabar com duplicação de Serviços, onde há gente a mais, equipamentos a mais e camas a mais. O número de camas, tendo em vista o tipo de cirurgias que agora se pratica pode diminuir em mil.

Com esta reestruturação será ainda possível controlar o custo dos medicamentos, racionalizar a utilização dos blocos operatórios e o horário de médicos e outro pessoal, reduzindo horas extras e implementar a exclusividade.

Milhões que se poupam e melhoria considerável na qualidade dos serviços prestados.